Champions LiGay: as chuteiras, finalmente, fora do armário

Integrantes do Futebol Magia, do RS, se concentram antes de partida

No Rio, primeiro campeonato brasileiro de futebol gay une times de diversos estados em prol do fim do preconceito no esporte mais popular do país

Por Yuri Alves Fernandes | ODS 5 • Publicada em 27 de novembro de 2017 - 03:45 • Atualizada em 30 de novembro de 2017 - 12:47

Integrantes do Futebol Magia, do RS, se concentram antes de partida

Carlos Pujo, drag queen, e Gabriel Fernandes, estudante de Cinema, têm em comum o amor pelo futebol. O primeiro, de Porto Alegre, deixou de lado o esporte na adolescência ao se descobrir gay e sentir na pele o preconceito existente na modalidade. O outro, de Niterói, se cansou das piadas machistas e homofóbicas tão presentes dentro e fora dos gramados. Mas Carlos e Gabriel, assim como vários outros amantes das famosas ‘peladas’, encontraram nos times gays a solução para unir paixão e respeito. Representando o “Futebol Magia” e o “BeesCats”, respectivamente, os dois se juntaram, na Champions LiGay, a mais seis equipes de diferentes partes do Brasil: Unicorns – SP; Futeboys – SP; Bharbixas – MG; Bravus – Brasília; Sereyos Futebol Clube – SC e Alligaytors – RJ.

O primeiro Campeonato de Futebol Gay do Brasil aconteceu no Rio de Janeiro no dia 25 de novembro. “A maioria dos jogadores sempre falam que não jogavam bola porque se sentiam constrangidos de alguma forma em jogar em times tradicionais porque os xingamentos são todos com conotação homossexual. Você acaba se sentindo agredido”, diz Jonatas Xavier, um dos organizadores do evento em prol da tolerância.

Yuri Alves Fernandes

Jornalista e roteirista do #Colabora especializado em pautas sobre Diversidade. Autor da série “LGBT+60: Corpos que Resistem”, vencedora do Prêmio Longevidade Bradesco e do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+. Fez parte da equipe ganhadora do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, com a série “Sem direitos: o rosto da exclusão social no Brasil”. É coordenador de jornalismo do Canal Reload e diretor do podcast "DáUmReload", da Amazon Music. Já passou pelas redações do EGO, Bom Dia Brasil e do Fantástico. Por meio da comunicação humanizada, busca ecoar vozes de minorias sociais, sobretudo, da comunidade LGBT+.

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