O destino de Champinha, 20 anos depois do brutal assassinato de Liana e Felipe
No primeiro dia de novembro de 2003, os namorados adolescentes Liana Friedenbach, 16 anos, e Felipe Caffé, 19, foram sequestrados quando acampavam na mata em Embu-Guaçu, na Região Metropolitana de São Paulo. Felipe foi executado com um tiro na nuca; Liana morreu com 15 facadas e uma pancada na cabeça após cinco dias sendo torturada e estuprada. O também adolescente Champinha (Roberto Alves Cardoso, 16 anos) confessou os crimes e indicou seus cúmplices, todos condenados a longas penas de prisão. Menor de idade, Champinha foi cumprir medida socioeducativa na Febem e devia sair, no máximo, ao completar 21 anos. Pouco antes disso, entretanto, foi diagnosticado com Transtorno Psicossocial, considerado perigoso para si mesmo e para outros, interditado pela Justiça e internado numa Unidade Experimental de Saúde, numa "gambiarra jurídica", como define o próprio pai de Liana, o advogado Ari Friedenbach. A UES - nem hospital psiquiátrico nem prisão - foi considerada seguidamente irregular e terá que ser fechada por decisão da própria Justiça que agora precisa decidir um novo destino para Champinha, trancado lá, sem sentença, desde 2007.
Champinha vai ser solto?