Sônia Guajajara e Uruba Pataxó: lute como uma mulher indígena

O #Colabora esteve na 18ª edição do Acampamento Terra Livre e conversou com duas importantes lideranças na luta pelos direitos das mulheres indígenas e por uma política com maior representatividade

Por Fernanda Pierucci e Ramon Vellasco | ODS 5 • Publicada em 19 de abril de 2022 - 15:31 • Atualizada em 3 de maio de 2022 - 09:18

Sônia Guajajara e Uruba Pataxó: dois nomes importantes na luta pelos direitos das mulheres indígenas.

O #Colabora esteve na 18ª edição do Acampamento Terra Livre, que reuniu mais de sete mil indígenas de 200 povos originários em Brasília entre os dias 4 e 14 de abril. Com o tema “Retomando o Brasil: demarcar territórios e aldear a política”, mulheres indígenas se destacaram no evento organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). No vídeo abaixo, você confere depoimentos de Uruba Pataxó e Sônia Guajajara.

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Sônia Guajajara é coordenadora executiva da Apib e co-fundadora da Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade). Para ela, cada vez mais, mulheres indígenas vêm conquistando seu espaço, mas ainda falta representatividade na política.

Hoje, nós temos muitas mulheres que estão saindo do chão da aldeia para o chão do mundo. E assumindo vários espaços. No ano de 2022, em especial, estamos pautando também a política partidária. O Acampamento Terra Livre veio com esse tema de aldear a política porque queremos mais mulheres indígenas ocupando a política institucional”. 

Já Uruba Pataxó é vice-cacica da Aldeia Barra e professora indígena. Ela diz que a luta contra o machismo, dentro e fora dos territórios, é grande.

“Estamos nos empoderando desse espaço e mostrando para os homens que nós, mulheres, temos um grande potencial para estar à frente de qualquer movimento e articulações”. 

O Acampamento Terra Livre teve como objetivo marchar contra uma série de medidas que vão de encontro ao que foi estabelecido na Constituição Federal de 1988, como o PL 191, que libera o garimpo em terras indígenas, e o Marco Temporal, que limita o reconhecimento de novas terras tradicionalmente habitadas por povos nativos.

Veja os depoimentos na íntegra no vídeo acima. 

Fernanda Pierucci e Ramon Vellasco

Graduanda em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Fernanda Pierucci atua como fotojornalista desde 2020, começando a carreira durante a campanha eleitoral. Em 2021, iniciou pesquisa voltada para os povos originários do Brasil, com foco em identidade, gênero e ancestralidade. Ramon Vellasco trabalha como fotojornalista e repórter freelancer, desenvolvendo temas de questão urbana, cultura popular, arte, democracia, cidadania, periferia e favela

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