ODS 1
LGBT+60: a nova vida de Márcio Guerra após se tornar pai na terceira idade
Terceiro episódio da websérie mostra a história de amor e coragem de dois pais mineiros em busca de um filho.
“É tempo ainda de viver”. A frase dita por Márcio Guerra no terceiro episódio da websérie “LGBT+60: Corpos que Resistem” faz ainda mais sentido quando conhecemos a história por trás. O jornalista de 63 anos, nascido e criado em Juiz de Fora, se juntou ao companheiro de mais de três décadas, Flávio Galone, em uma jornada para ampliar a família. Um longo processo que fez Márcio se tornar pai na terceira idade. Há dois anos, o casal adotou Phellipe, hoje com 14 anos.
Uma história que vem servindo de inspiração para outros casais: “Muita gente tem falado comigo assim: ‘Márcio, o exemplo de vocês está me motivando a repensar uma coisa que eu deixei lá pra trás por achar que eu não tinha mais idade’”. Além da adoção tardia, Márcio reflete sobre as novas descobertas com a paternidade: “Hoje eu posso te dizer com tranquilidade que eu renasci, eu sou uma outra pessoa”. Assista ao episódio do Márcio Guerra completo acima.
A série
A premiada websérie do #Colabora “LGBT+60: Corpos que Resistem”, que já soma mais de 2 milhões de views nas plataformas digitais, retorna em sua terceira temporada com cinco novos episódios repletos de histórias inspiradoras que revelam a trajetória de vida e celebrações de brasileiros LGBT+, que vivem a terceira idade em sua plenitude. Os episódios – dirigidos e roteirizados por Yuri Alves Fernandes – contam as nuances e conquistas por trás da vida da ativista Denise Taynáh Leite, de 74 anos; do jornalista Márcio Guerra, de 63 anos; da influenciadora Ana Apocalypse, de 65 anos; da drag queen Luiza Gasparelly, de 60 anos; e do aposentado Seu Franco, de 67 anos. A produção é da Vintepoucos e coprodução da RioFilme. Os episódios já estão disponíveis no nosso canal do YouTube e nas redes sociais.
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Veja o que já enviamosConheça os outros episódios de ‘LGBT+60’
Episódio 1: Ana Carolina Apocalypse
Verdadeiro fenômeno na internet, a paulistana Ana Carolina tem mais de 100 mil seguidores e comemora seu aniversário de 65 anos. Ela relata aspectos da sua transição de gênero, realizada a partir dos 59 anos, quando assistiu a novela “A Força do Querer”, que trouxe pela primeira vez à teledramaturgia brasileira um processo de transição. Ana aborda ainda a relação com a filha, o sonho realizado em colocar silicone e sobre o preconceito que sofre no ambiente virtual. “Nunca é tarde para ser feliz”, celebra.
Episódio 2: Denise Taynáh
A protagonista do segundo episódio é Denise Taynáh Leite, de 74 anos, mulher trans negra e carioca. Ativista, trabalha como Secretária dos Direitos LGBT+ na SEDSODH – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, e conta no episódio sobre a violência familiar; a relação com o carnaval, arte e seus sete filhos; e sobre o emocionante momento em que se entendeu mulher.
Episódio 4: Seu Franco
Seu Franco é um homem trans negro, de 67 anos, nascido em Porto Alegre, que saiu de casa aos 13 para morar nas ruas por não se sentir aceito. Aos 17, foi tomando consciência da sua identidade de gênero, mas somente anos depois se entendeu e se aceitou como uma pessoa transmasculina ao assistir uma entrevista com João Nery (convidado da primeira temporada de LGBT+60) na televisão. No quarto episódio, ele revela os bastidores da tão sonhada mastectomia masculinizadora, realizada aos 66: “Às vezes eu nem acredito, agora eu posso dizer que estou completo”.
Episódio 5: Luiza Gasparelly
No último episódio, a drag queen carioca Luiza Gasparelly, de 60 anos, relembra como se entendeu como um homem gay e artista e suas vivências fora do país. Além disso, revela a perseguição e o preconceito contra as travestis e drag queens na ditadura, apresentações icônicas, a descoberta do HIV e conquistas tanto afetivas quanto profissionais de uma carreira nos palcos que ultrapassa quatro décadas. “Eu não tinha uma missão. Eu tinha a minha vida”.
A terceira temporada da série ‘LGBT+60+ Corpos que Resistem’ é resultado do programa de Fomento do Audiovisual Carioca 2022, gerido pela RioFilme, órgão vinculado à Secretaria de Governo e Integridade Pública (Segovi) da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
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Yuri Alves Fernandes
Jornalista e roteirista do #Colabora especializado em pautas sobre Diversidade. Autor da série “LGBT+60: Corpos que Resistem”, vencedora do Prêmio Longevidade Bradesco e do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+. Fez parte da equipe ganhadora do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, com a série “Sem direitos: o rosto da exclusão social no Brasil”. É coordenador de jornalismo do Canal Reload e diretor do podcast "DáUmReload", da Amazon Music. Já passou pelas redações do EGO, Bom Dia Brasil e do Fantástico. Por meio da comunicação humanizada, busca ecoar vozes de minorias sociais, sobretudo, da comunidade LGBT+.