O tsunami prateado no Brasil

Casal descansa no banco de uma praça na Alemanha. Aqui, como lá, a população idosa deve ser vista como um ativo e não como um passivo que atravanca a sociedade. Foto Michael Reichel/DPA via AFP

População com mais de 60 anos vai decuplicar no Brasil, passando dos 4% registrados em 1950 para 40% em 2100

Por José Eustáquio Diniz Alves | ArtigoODS 11 • Publicada em 5 de agosto de 2024 - 08:16 • Atualizada em 12 de agosto de 2024 - 09:59

Casal descansa no banco de uma praça na Alemanha. Aqui, como lá, a população idosa deve ser vista como um ativo e não como um passivo que atravanca a sociedade. Foto Michael Reichel/DPA via AFP

O Brasil e o mundo estão passando por uma revolução demográfica. A população, que crescia a taxas elevadas em meados do século passado, começou a desacelerar a partir de 1970, aprofundou a transição para um regime de menor crescimento na virada do milênio e deve iniciar uma fase inédita de decrescimento populacional na segunda metade do século XXI. Este processo já está em curso e tem afetado a dinâmica social, econômica e política dos países e regiões do mundo, modificando os paradigmas que sustentam a arquitetura demográfica das sociedades.

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Indubitavelmente, a transição demográfica (redução das taxas de mortalidade e de fecundidade) é o fenômeno de mudança de comportamento de massa mais importante da história. Se a vida é um princípio primordial estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a extensão do tempo de vida é uma conquista essencial. O aumento da expetativa de vida é um direito individual e uma condição necessária para o aumento da produtividade e da criatividade das sucessivas gerações.

A luta pela conquista da autodeterminação reprodutiva foi imprescindível para a tomada de decisão, para a liberdade de iniciativa dos indivíduos e para superação dos preconceitos, da ignorância e dos fatalismos. A transição demográfica é um fenômeno por excelência da modernidade e é sincrônica ao processo de desenvolvimento e ao avanço da urbanização, uma vez que existe um processo de retroalimentação positiva entre estes dois fenômenos.

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Na configuração demográfica pré-transicional, a estrutura etária era muito rejuvenescida, com uma alta proporção de crianças e jovens na população e uma baixa proporção de pessoas em idade produtiva. As mulheres não tinham autonomia e nem grandes perspectivas profissionais, pois, além da alta mortalidade materna, tinham baixa extensão do tempo de sobrevivência e passavam a maior parte da vida dedicadas à maternidade, ao cuidado dos filhos e ao trabalho doméstico familiar.

O fato é que nenhum país do mundo avançou, em termos econômicos e sociais, com a prevalência de altas taxas de mortalidade e de fecundidade. Nenhuma sociedade moderna e com elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) se sustenta em famílias tradicionais e extensas. A diversidade, a pluralidade familiar e o menor número de filhos são a base da mobilidade social ascendente na contemporaneidade. Desta forma, a transição demográfica pode ser considerada uma conquista civilizatória.

A transição demográfica é acompanhada, necessariamente, pela mudança da estrutura etária. Com a redução do número de filhos por mulher, diminui a proporção de crianças e adolescentes na sociedade, criando as condições para a melhoria da educação e da saúde das novas gerações.

O segundo efeito da mudança da estrutura etária é aumentar a proporção de adultos em idade de trabalhar, criando uma janela de oportunidade para o desenvolvimento humano. Esta fase, também conhecida como 1º bônus demográfico, é essencial para o aumento do bem-estar social. Todo país rico do mundo (com alto IDH) experimentou e capitalizou este dividendo demográfico. Perder a janela de oportunidade é perder o trem histórico da prosperidade social e ambiental.

O terceiro efeito da mudança da estrutura etária é o alargamento do topo da pirâmide de sexo e idade e a aceleração do processo de envelhecimento populacional. Nas sociedades tradicionais a proporção de crianças e adolescentes é enorme e a proporção de idosos é pequena. Mas nas sociedades modernas e com alto nível de renda e conhecimento a relação intergeracional é invertida e os idosos passam a ter um peso cada vez maior na configuração social, econômica e política. O envelhecimento populacional é inexorável e será a principal tendência demográfica do século XXI, o primeiro século na história humana que terá maior proporção de pessoas acima de 65 anos do que jovens com menos de 15 anos de idade.

Casal de idosos passeia na Praça do Relógio, na USP: População com mais de 60 anos vai decuplicar no Brasil, passando dos 4% registrados em 1950 para 40% em 2100 (Marcos Santos / USP Imagens)
Casal de idosos passeia na Praça do Relógio, na USP: População com mais de 60 anos vai decuplicar no Brasil, passando dos 4% registrados em 1950 para 40% em 2100 (Marcos Santos / USP Imagens)

O Brasil é um caso exemplar da transição demográfica. Antes de 1970, a taxa de fecundidade era de mais de 6 filhos por mulher e a expectativa de vida ao nascer estava abaixo dos 60 anos. Atualmente, a taxa de fecundidade está abaixo de 2 filhos por mulher (portanto, abaixo do nível de reposição) e a expectativa de vida está acima de 75 anos.

O gráfico abaixo, com dados da projeção média da Divisão de População da ONU (Revisão 2024), mostra o aumento da população brasileira de homens e mulheres a cada 5 anos entre 1950 e 2100. A população brasileira, em 1950, era de 53,4 milhões de habitantes, sendo 26,9 milhões de homens e 26,5 milhões de mulheres. Até a década de 1950 os homens eram maioria da população brasileira.

No ano 2000, a população brasileira passou para 174 milhões de habitantes, sendo 86,5 milhões de homens (49,7%) e 87,6 milhões de mulheres (50,3%). Em 2022, ano dos 200 anos da Independência do Brasil e da realização do censo demográfico, a população era de 210,3 milhões de habitantes, sendo 103,5 milhões de homens (49,2%) e 106,8 milhões de mulheres (50,8%), portanto, com maioria feminina.

A população brasileira vai continuar crescendo até 2041, quando atingirá o pico populacional de 219,3 milhões de habitantes, sendo 107,3 milhões de homens (48,9%) e 112 milhões de mulheres (51,1%). A partir de 2042 a população brasileira começará a decrescer, devendo atingir 163,4 milhões de habitantes em 2100, sendo 107,3 milhões de homens (48,9%) e 112,3 milhões de mulheres (51,1%).

Durante o século XXI a proporção de crianças e adolescentes (0-14 anos) diminuirá continuamente. A proporção de adultos em idade de trabalhar (15-59 anos) crescerá até 2031 e depois diminuirá no restante do século. Mas a proporção de idosos crescerá exponencialmente, gerando um “tsunami prateado”, com enorme aumento da população da 3ª idade.

O gráfico abaixo, também com dados da Divisão de População da ONU (Revisão 2024), mostra o número absoluto da população idosa de 60 anos e mais de idade, por sexo, a cada 5 anos entre 1950 e 2100. A população idosa brasileira, em 1950, era de 2,1 milhões de pessoas, sendo 1,02 milhão de homens e 1,1 milhão de mulheres. Estes números deram um salto para 29,7 milhões de idosos em 2020, sendo 13,4 milhões de homens e 16,3 milhões de mulheres.

O número absoluto de idosos de 60 anos e mais de idade deve continuar aumentando até 2072, quando atingirá 72,2 milhões de pessoas, sendo 33,5 milhões de homens e 38,7 milhões de mulheres. A partir de 2072 o número absoluto de idosos de 60 anos e mais de idade começará a diminuir e deve chegar em 2100 ao montante 65,1 milhões de pessoas, sendo 31 milhões de homens e 34,1 milhões de mulheres. O envelhecimento parece uma taça brindando a bem-vinda longevidade.

O gráfico abaixo mostra a percentagem da população idosa de 60 anos e mais de idade, por sexo, a cada 5 anos entre 1950 e 2100. Nota-se que ao contrário dos números absolutos, a proporção de idosos vai continuar crescendo durante todo o século XXI.

A percentagem de idosos de 60 anos e mais de idade sobre o total da população brasileira, em 1950, era de 4% considerando ambos os sexos, sendo 1,9% de homens e 2,1% de mulheres. No ano 2000, a percentagem de idosos passou para 7,8%, sendo 3,4% de homens e 4,4% de mulheres. Para 2050, estima-se 29,3% do total de idosos, sendo 13,3% de homens e 16% de mulheres. Para o ano 2100, estima-se quase 40% de idosos brasileiros de 60 anos e mais de idade, sendo 19% de homens e 20,9% de mulheres. Outro dado marcante é a feminilização do envelhecimento, pois a proporção de mulheres é sempre maior e aumenta de forma mais significativa do que a proporção de homens.

Portanto, o processo de envelhecimento no Brasil será rápido e profundo. O percentual de idosos de 60 anos e mais de idade era de 4% em 1950 e deve passar para 40% em 2100, decuplicando no período. Em 1950 havia 1 idoso de 60 anos ou mais de idade para cada 10 jovens de 0-14 anos. Em 2029, os dois grupos etários devem se igualar com cerca de 39 milhões de pessoas. Mas em 2100, o número de idosos será de 65,1 milhões de pessoas, um montante 3,2 vezes maior do que os 20,2 milhões de crianças e adolescentes de 0-14 anos.

Adicionalmente, a mudança da estrutura etária brasileira tem mais uma característica marcante que é o envelhecimento do envelhecimento. Ou seja, dentro do grupo de idosos, aqueles com 80 anos e mais de idade estão crescendo em ritmo muito mais rápido do que os idosos de 60 anos e mais de idade.

O gráfico abaixo mostra o número absoluto da população idosa de 80 anos e mais de idade, por sexo, a cada 5 anos entre 1950 e 2100. Esta parte da população idosa brasileira, a chamada 4ª idade, era de 184 mil pessoas em 1950, sendo 73 mil homens e 111 mil mulheres. Estes números deram um salto para 1,2 milhões de idosos de 80 anos e mais de idade no ano 2000, sendo 477 mil homens e 721 mil mulheres.

Para 2050, estima-se 13,2 milhões de idosos, sendo 5,3 milhões de homens e 7,8 milhões de mulheres. Para 2100, a estimativa é de 23,8 milhões de idosos de 80 anos e mais de idade, sendo 10,6 milhões de mulheres e 13,2 milhões de mulheres. A população de 80 anos e mais de idade deve aumentar, impressionantemente, em 131 vezes entre 1950 e 2100.

O gráfico abaixo mostra a percentagem da população idosa de 80 anos e mais de idade, por sexo, a cada 5 anos entre 1950 e 2100. Nota-se que a proporção dos idosos mais idosos vai continuar crescendo durante todo o século XXI. E, também, vai continuar aumentando a proporção das mulheres entre a população idosa, especialmente na parte mais alta do topo da pirâmide etária.

A percentagem de idosos de 80 anos e mais de idade sobre o total da população brasileira, em 1950, era de 0,3% considerando ambos os sexos, sendo 0,1% de homens e 0,2% de mulheres. No ano 2000, a percentagem de idosos passou para 0,7%, sendo 0,3% de homens e 0,4% de mulheres. Para 2050, estima-se 6,1% do total de idosos, sendo 2,5% de homens e 3,6% de mulheres. Para o ano 2100, estima-se 14,6% de idosos brasileiros de 80 anos e mais de idade, sendo 6,5% de homens e 8,1% de mulheres.

Os dados apresentados acima são da projeção média da Divisão de População da ONU. Mas também existem outras projeções com hipóteses de fecundidade mais alta ou mais baixa. Isto significa que os números do envelhecimento podem ser um pouco diferentes no futuro, com maior ou menor proporção de idosos. Evidentemente, o futuro é incerto e sempre sujeito à novidades. Porém, uma coisa é certa, inquestionavelmente, o envelhecimento populacional, em maior ou menor dimensão, será a principal característica demográfica do século XXI.

Todavia, há correntes ideológicas à direita e à esquerda do espectro político que consideram o envelhecimento populacional e o decrescimento demográfico como se fossem um “suicídio populacional” ou “inverno demográfico”. Mas, na realidade factual, existem muitos países que apresentam grande crescimento populacional e uma estrutura etária rejuvenescida, mas estão presos na “armadilha da pobreza”, enquanto existem diversos outros países que já apresentam redução da população, em um cenário de estrutura etária envelhecida, mas continuam avançando com o bem-estar social, concomitantemente, ao investimento na restauração ecológica.

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Segundo O’Sullivan (2020) o envelhecimento populacional não deve ser visto como um entrave social: “Uma sociedade madura não é apenas uma sociedade para os idosos. Num mundo pós-transição com uma população estacionária ou em declínio, as crianças podem receber melhor apoio para desenvolverem o seu potencial. Os jovens adultos têm maior probabilidade de aceder a empregos seguros nos quais a sua contribuição é valorizada e o capital humano é nutrido. Poderia ser oferecida aos trabalhadores mais velhos maior flexibilidade para permanecerem na força de trabalho na medida que eles escolherem. As famílias têm maior probabilidade de conseguir habitação acessível e se beneficiar da herança. Menos desigualdade de rendimentos e mais voluntariado por parte do nosso exército de reformados capazes contribuirão para a coesão social” (p. 37).

Inegavelmente, não há crescimento infinito e não existem países ricos com estrutura etária jovem. Enriquecer e envelhecer são fenômenos sincrônicos. A população idosa deve ser vista como um ativo e não como um passivo que atravanca a sociedade. Cabe ao esforço coletivo aproveitar o 2º bônus demográfico (bônus da produtividade) e o 3º bônus demográfico (bônus da longevidade ou da geração prateada). A população da 3ª idade pode contribuir muito com a produtividade e a criatividade do sistema de geração de bens e serviços.

Garantir um envelhecimento populacional saudável e sustentável é um desafio multidimensional e intersetorial que requer ações integradas em várias áreas. Aqui estão algumas ações essenciais que podem ser implementadas nas comunidades locais, municípios, países e no mundo:

  1. Saúde e Bem-Estar
  • Promoção de Saúde Preventiva: Campanhas de conscientização sobre a importância de um estilo de vida saudável, incluindo alimentação balanceada, atividade física regular e cessação do tabagismo.
  • Acesso a Cuidados de Saúde de Qualidade: Garantir que os idosos tenham acesso a serviços de saúde abrangentes, incluindo cuidados primários, secundários e terciários.
  • Gestão de Doenças Crônicas: Implementar programas para a gestão eficaz de doenças crônicas, que são mais comuns entre os idosos, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.
  1. Inclusão Social
  • Combate à Solidão e ao Isolamento: Promover atividades comunitárias e redes de apoio social para evitar o isolamento social, que pode afetar negativamente a saúde mental e física dos idosos.
  • Participação Ativa na Comunidade: Incentivar a participação dos idosos em atividades sociais, culturais e educacionais para manter a sua integração na sociedade.
  1. Ambiente Construído
  • Acessibilidade e Mobilidade: Adaptar os espaços públicos e privados para serem acessíveis a todos, incluindo rampas, elevadores e transporte público adequado.
  • Habitação Adaptada: Promover a construção e adaptação de habitações que atendam às necessidades dos idosos, facilitando a sua independência.
  1. Educação e Formação
  • Educação Continuada: Oferecer oportunidades de aprendizado ao longo da vida para que os idosos possam continuar a se desenvolver pessoal e profissionalmente.
  • Preparação para a Aposentadoria: Programas educacionais que ajudem as pessoas a se prepararem financeiramente e emocionalmente para a aposentadoria.
  1. Economia e Trabalho
  • Apoio ao Trabalho na Terceira Idade: Incentivar políticas que permitam aos idosos continuar trabalhando, se assim desejarem, por meio de empregos flexíveis e adequados.
  • Segurança Financeira: Garantir sistemas de aposentadoria e previdência social robustos para proporcionar segurança econômica aos idosos.
  1. Diversidade etária nas empresas e na sociedade
  • A diversidade etária facilita a transferência de conhecimento e habilidades entre gerações. Mentoria e programas de treinamento intergeracionais podem ajudar a preservar e transmitir valiosos conhecimentos institucionais.
  • Ambientes de trabalho que valorizam a diversidade etária tendem a ser mais inclusivos e colaborativos, o que pode melhorar a moral dos funcionários e reduzir conflitos geracionais.
  1. Combate ao etarismo
  • O etarismo, ou discriminação por idade, é um problema social que afeta pessoas de diferentes faixas etárias, mas é mais comumente dirigido contra idosos. Combater o etarismo requer esforços em várias frentes.
  • Promover representações positivas e diversificadas de pessoas idosas na mídia pode ajudar a desafiar estereótipos negativos. Campanhas públicas podem ajudar a desafiar estereótipos negativos sobre a idade e promover uma visão mais inclusiva e respeitosa.
  • Encorajar uma cultura que valorize a experiência e o conhecimento dos mais velhos pode contribuir para uma maior inclusão social.
  1. Tecnologia e Inovação
  • Inclusão Digital: Promover a alfabetização digital entre os idosos para que possam se beneficiar das tecnologias modernas, que podem facilitar a vida diária e a comunicação.
  • Inovação em Cuidados de Saúde: Investir em tecnologias de saúde, como telemedicina e dispositivos de monitoramento, para melhorar o cuidado e a qualidade de vida dos idosos.
  1. Garantir a resiliência financeira
  • Garantir a resiliência financeira dos idosos é crucial para assegurar que eles possam viver com dignidade e segurança durante todo o ciclo de vida.
  • Garantir que os sistemas de segurança social e previdência pública sejam fiscalmente sustentáveis e adequados para cobrir as necessidades básicas dos idosos.
  • Estabelecer redes de suporte comunitário e familiar para oferecer assistência prática e emocional aos idosos. Incentivar programas de voluntariado onde idosos possam contribuir e, ao mesmo tempo, receber apoio da comunidade.
  1. Políticas Públicas e Governança
  • Políticas Integradas: Desenvolver políticas públicas que abordem o envelhecimento de forma holística, envolvendo saúde, habitação, transporte, e inclusão social.
  • Participação dos Idosos: Garantir que os idosos tenham voz nas decisões políticas e sociais que afetam suas vidas e a vida social dos países.

Essas ações, quando implementadas de forma integrada e contínua, podem contribuir significativamente para um envelhecimento populacional saudável e sustentável, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos e de seus descendentes.

Inegavelmente, não existe crescimento infinito e não existem países ricos com estrutura etária jovem. Enriquecer e envelhecer são fenômenos sincrônicos. Uma população idosa empreendedora confronta o estereótipo de indivíduos inativos e que atravancam a sociedade. Desta forma, cabe ao esforço coletivo de todas as gerações transformar o “inverno demográfico” em primavera social e ambiental.

Referências:

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI (com a colaboração de GALIZA, F), ENS, maio de 2022

https://prdapi.ens.edu.br/media/downloads/Livro_Demografia_e_Economia_digital_2.pdf

O’Sullivan, J.N. Silver tsunami or silver lining? Why we should not fear an ageing population. Discussion paper, Sustainable Population Australia. 2020.

https://population.org.au/discussion-papers/ageing/

José Eustáquio Diniz Alves

José Eustáquio Diniz Alves é sociólogo, mestre em economia, doutor em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG), pesquisador aposentado do IBGE, colaborador do Projeto #Colabora e autor do livro "ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século" (com a colaboração de F. Galiza), editado pela Escola de Negócios e Seguro, Rio de Janeiro, 2022.

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