Banco Mundial: desigualdade de gêneros limita crescimento global

No Brasil, Dieese aponta que rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho é 21% menor do que o dos homens

Por Liliana Peixinho | ODS 10 • Publicada em 13 de junho de 2023 - 07:53 • Atualizada em 25 de novembro de 2023 - 10:44

Arte Claudio Duarte

Almagul Kabilbekova nasceu no Cazaquistão, país da Ásia Central com uma cultura bastante diversa. É uma das antigas repúblicas soviéticas, regido atualmente por um governo autoritário. Aos 27 anos, Almagul decidiu que mudaria radicalmente de vida. Abandonou o emprego e estudou para ser mecânica de automóveis, profissão que sempre a atraiu. Assim que terminou os estudos ela conseguiu ocupação, mas durou pouco tempo. O ano era 2019 e, naquela época, as mulheres cazaques eram proibidas de exercer a profissão de mecânica.

Almagul teve que mudar de país para prosseguir em seu objetivo de ser uma mecânica de automóveis. Felizmente para as mulheres cazaques, no entanto, o presidente eleito do Kazaquistão, Kassim-Jomart Tokayev, assinou uma emenda constitucional em 2021 revogando a proibição.

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A situação de Almagul é apenas um exemplo de tantos outros que caracterizam a situação ainda subjugada das mulheres no mundo.  O Banco Mundial lançou, no mês passado, um relatório dando conta de que em 126 países, elas são proibidas de trabalharem no mesmo setor industrial do que os homens. Um cenário que afeta cerca de 2,4 bilhões de mulheres em idade produtiva.

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A América Latina não está entre as regiões mais afetadas, segundo o relatório. No Brasil, porém, a desigualdade de gêneros no mercado de trabalho foi apontada por um estudo recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese): o rendimento médio mensal das mulheres nas empresas é 21% menor do que o dos homens.

“Mulheres, Empresas e o Direito -2023”, é o relatório do Banco Mundial, que avaliou as leis e regulamentos de 190 países em oito áreas relacionadas à participação econômica das mulheres: Mobilidade, Trabalho, Remuneração, Casamento, Parentalidade, empreendedorismo, Ativos e Pensão. Os dados, atualizados até 1º de outubro de 2022, são referência para os desafios globais sobre a igualdade legal de gênero.

É a nona vez que o Banco Mundial realiza um estudo com esse foco. Nesta edição, dois mil especialistas conseguiram revelar que a desigualdade de gêneros impacta o potencial do crescimento econômico no mundo todo:

“A igualdade de gênero é essencial para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada”, diz o relatório.

Das 2,4 bilhões de mulheres afetadas pela desigualdade de gêneros no mundo, mais da metade vive no Leste Asiático e Pacífico (710 milhões) e Sul da Ásia (610 milhões), seguido pela África Subsaariana (330 milhões), países de alta renda da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a (260 milhões). América Latina e Caribe (210 milhões), Oriente Médio e Norte da África (150 milhões) e Europa e Ásia Central (140 milhões).

Vera Lúcia (Verinha) saiu de SP e voltou para o Nordeste, depois de 30 anos, casada, pra cuidar da terra. Foto Liliana Peixinho
Vera Lúcia (Verinha) saiu de SP e voltou para o Nordeste, depois de 30 anos, casada, pra cuidar da terra. Foto Liliana Peixinho

“Em 20 anos, estamos vivendo a situação mais crítica com relação a reformas que possam integrar as mulheres economicamente no mundo. Se continuarmos neste caminho, só vamos conseguir alcançar a igualdade de gêneros legal daqui a 50 anos. Isto quer dizer que uma mulher jovem que comece a trabalhar hoje, não veria seus direitos serem observados quando se aposentar”, disse Tea Trumbic na live de lançamento do relatório. Trumbic é a executiva do Banco Mundial que coordenou a pesquisa.

A dedução é que países não podem avançar economicamente se a população feminina não consegue acompanhar o avanço. É importante ressaltar que, segundo o último estudo publicado pela ONU em 2021, a proporção de gênero globalmente naquele ano era de 101,68 homens para cada 100 mulheres. Ou seja: pode-se pensar que as restrições às mulheres estão afetando quase metade da população mundial.

“Se as leis de um país não permitem que as mulheres possam participar economicamente, não se pode esperar que aquela economia cresça com todo o seu potencial”, deduz Tea Trumbic.

Os pesquisadores concluíram ainda que o ano de 2022 marcou uma tendência preocupante em curso em alguns países: direitos anteriormente concedidos estão sendo revertidos. Algumas economias fizeram mudanças legais para retirar das mulheres direitos já existentes, incluindo a liberdade de movimento. Outras impuseram encargos adicionais, como o dever de obediência ao marido.

“Há muito a ser feito. O empoderamento das mulheres não é apenas uma questão de justiça social. É um pré-requisito para o desenvolvimento econômico, especialmente num momento em que o crescimento global está desacelerando e as economias precisarão reunir todas as suas energias produtivas para gerar uma recuperação duradoura das crises dos últimos anos”, escreve Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, no relatório.

Outro dado importante revelado pelos pesquisadores dá conta de que apenas 14 economias, em todo o mundo, alcançaram a paridade legal de gênero em 2022. Isto quer dizer que também diante da lei, as mulheres estão em desvantagem na grande maioria dos países. Na média do mundo, segundo o estudo, as mulheres têm ¾ dos direitos do homem.

As boas notícias do relatório têm a ver com promessas. Na África Subsaariana, por exemplo, sete países estão tentando emplacar 18 mudanças em suas leis a favor das mulheres. China, Costa Rica, Indonesia, Iraque, Jamaica e Bahrein também estão entre os países que prometem promover reformas este ano a favor da igualdade de gêneros.

No entanto, mesmo dentro das reformas já feitas pelos países, a maioria foi relativa a proibir violência doméstica, discriminação de gêneros no emprego e assédio sexual. Outras mudanças focam na extensão da licença maternidade aos pais, ou seja, nada tem a ver com o direito das mulheres. China, Malta e Holanda, por exemplo, já têm licença parental obrigatória.

Fato é que as informações do relatório reforçam o que já se observa na realidade diante da ineficiência de ações, por parte dos líderes das nações, que não garantem as necessidades de igualdade de direitos e trazem prejuízos em cadeia social insustentável.

Mulheres no jornalismo

Na mesma linha do relatório divulgado pelo Banco Mundial, o Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo divulgou um estudo em março deste ano, cujo resultado mostra que há problemas de equidade de gêneros também na profissão.

Na soma de 12 países analisados (Quênia e África do Sul (África); Hong Kong, Japão e Coreia do Sul(Ásia);  Finlândia, Alemanha, Espanha e Reino Unido (Europa); México, EUA e Brasil (Américas) as mulheres representam 40% do total de jornalistas. Mas apenas 22% lideram as principais redações.

No Brasil, especificamente, a pesquisa mostrou que embora representem quase 50% dos jornalistas brasileiros, as mulheres ocupam o principal cargo de chefia em apenas 13% das principais redações.

“A sub-representação das mulheres na liderança das redações faz com que suas vozes permaneçam silenciadas em uma indústria global ainda dominada por homens”, destaca a pesquisa.

Situação de gêneros no Brasil

Embora a América Latina esteja entre as regiões do mundo que menos impedem a ascensão econômica das mulheres segundo o relatório do Banco Mundial, aqui no Brasil, segundo o site da Agência Brasil, um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicado em março, o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho é 21% menor do que o dos homens. Eles ganham em média R$ 3.305,00 e elas R$ 2.909,00.

Mesmo nos serviços domésticos, em que as mulheres são maioria, elas recebem menos 20% do que os homens, segundo o estudo do Dieese.

“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reproduz e reafirma esse desequilíbrio já existente em todas as esferas da sociedade, sob a forma do machismo. A partir dos papéis atribuídos a homens e mulheres, negros e negras, desenham-se as desigualdades e as relações de poder, seja econômico, sexual ou político”, destaca a pesquisa do Dieese.

No mesmo diapasão, um levantamento da Consultoria IDados, realizado com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 48% dos lares brasileiros são sustentados por mulheres. Os pesquisadores deste estudo avaliam que a participação feminina entre os chefes de domicílio evoluiu desde 2012, ao passo que a masculina caiu.

E um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reitera esses dados, pois destaca que cerca de 43% das mulheres que sustentam seus lares atualmente no Brasil vivem em casal. Deste total, 30% têm filhos e 13% não têm. O restante das 34,4 milhões de mulheres responsáveis pelo lar se dividem entre 32% de mulheres solteiras com filho, 18% de mulheres que vivem sozinhas.

Nesse sentido, as trágicas notícias recentes sobre massacres em escolas escondem uma questão que expõe a vulnerabilidade das mulheres que cuidam de seus filhos sozinhas e não têm com quem deixá-los enquanto trabalham. Na hora de decidir se há ou não segurança para deixar a criança no ambiente escolar, pesa também a falta de estrutura, já que normalmente não existem parentes próximos para ajudar e ficar com a criança enquanto a mãe trabalha. E a vizinhança está, também, muitas vezes, lidando com a questão.

A baiana Maria Elisabeth Sampaio, de 68 anos, economista e bancária. Trabalhou 30 anos no Banco do Brasil e fez um novo concurso para a Caixa. Foto Liliana Peixinho
A baiana Maria Elisabeth Sampaio, de 68 anos, economista e bancária. Trabalhou 30 anos no Banco do Brasil e fez um novo concurso para a Caixa. Foto Liliana Peixinho

Minoria que se expande

Segundo a ONU, a maioria dos países e regiões do mundo tem mais mulheres do que homens. Mas os dois países mais populosos, China e Índia, com uma população masculina maior, funcionam como uma espécie de contrapeso, o que faz com que se registre mais homens do que mulheres no mundo.

Na verdade, diz a ONU, se a população da China e da Índia fossem excluídas da contagem, o resultado seria outro. De fato, há mais mulheres do que homens no resto do mundo.

Esta reflexão corrobora as conclusões dos especialistas que fizeram o relatório para o Banco Mundial. Afinal, um cenário que afeta cerca de 2,4 bilhões de mulheres em idade produtiva significa um cenário que afeta quase a metade da população mundial.

Para finalizar, vale registrar que um estudo semelhante ao do Banco Mundial, mas voltado apenas para América Latina e Caribe foi realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) em 2020. Segundo aquele documento, a taxa de participação trabalhista das mulheres na América Latina está em torno de 50% (enquanto a dos homens é de 74,4%). Isso mostra que metade das mulheres da região não têm uma ligação com o mercado de trabalho.

Com a pandemia, que aprofundou as desigualdades, o cenário também deve ter se aprofundado. Para pior. Também durante o tempo que a doença se espalhou, as mulheres e as pessoas não brancas foram as mais prejudicadas, segundo relatório da Oxfam “O vírus da desigualdade”.

Como disse a executiva do Banco Mundial Tea Trumbic, muito ainda há que ser feito. Estamos longe de atingir a meta 5 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Igualdade de Gêneros), determinada pelas Nações Unidas para que os  paises alcancem até 2030. O tempo está correndo.

Casos de resistência feminina no Brasil

O #Colabora ouviu histórias de mulheres brasileiras que conseguiram furar o bloqueio da desigualdade e demonstram, assim, como é possível contar com sua força para alavancar a economia:

. Aos 51 anos, Vera Lúcia da Silva Almeida trabalhou quase trinta anos em São Paulo, onde mora sua família. Ali conheceu o pedreiro Raimundo Nonato, com quem construiu uma relação de parceria. E, juntos, decidiram que já era hora de sair da grande cidade e construir uma casinha em Senhor do Bonfim, cidade baiana, terra de Nonato.

Na casa ainda em construção, Vera põe em prática tudo o que aprendeu na vida em termos de economia doméstica. Faz sabão caseiro (com óleo de dendê); planta e vende melancia, cata frutas em quintais, borda panos de pratos, trabalha com a enxada, capricha nas panelas, nas roupas e cuida da terra. A casa começa a ser decorada respeitando os conceitos de utilidade, funcionalidade, economia, com garrafas descartadas que ela reutiliza para fazer suportes, canteiros, porta sementes, com arte manual.

Nonato é quem sai de casa para o trabalho, mas não abre mão de voltar na hora do almoço para comer a comida que Verinha prepara com produtos orgânicos. Faz bem à saúde e à economia do casal, que compartilha da filosofia que ensina a viver o agora, já que “a vida não espera o depois”.

Alda Miller, socióloga, ambientalista, defensora de direitos humanos, participa de diversos grupos de mulheres e lutas cidadãs. A aposentadoria não dá para cobrir despesas mínimas. Foto Liliana Peixinho
Alda Miller, socióloga, ambientalista, defensora de direitos humanos, participa de diversos grupos de mulheres e lutas cidadãs. A aposentadoria não dá para cobrir despesas mínimas. Foto Liliana Peixinho

. Alda Miller tem 66 anos, é socióloga mas, depois de uma vida de desafios e dedicada aos estudos, trabalho e família, recebe uma renda como aposentada que não consegue cobrir suas despesas básicas. Sendo assim, Alda precisa se movimentar o tempo todo, em diversas atividades fora de casa. Entre outras coisas, participa de ações ambientais em Porto Alegre, onde mora, é membro de grupo de mulheres, faz cursos e ações em permacultura e está sempre a si atualizar sobre novas ferramentas na Internet.

Longe de gozar de uma vida boa e tranquila pelo fato de ter se tornado uma aposentada – como as falsas promessas que se cansa de ouvir – ela está na luta.

“Mesmo quando atingimos a maturidade no tempo, na vida, não nos é garantido o sossego, uma vida justa. Não há outra forma senão trabalhar, correr muito a cada dia, para buscarmos as soluções “, diz a gaúcha Alda Miller, gestora de negócios,  ambientalista de décadas na luta por um ambiente de vida justo, digno, sustentável, coletivo.

. A agricultora familiar Gerolina Lima dos Santos, de 51 anos, mora em Penedo, área rural de São Desidério, oeste da Bahia, Nordeste do Brasil. É também artesã, doceira e empreendedora. Não para um instante, tanto que foi difícil conversar com ela.

De família pobre, ela ajudou a criar oito irmãos com dificuldade. E atribui à herança familiar o jeito de fazer multiatividades para driblar os tempos difíceis. No ambiente onde vive com a família, uma roça, o trabalho começa com o nascer do Sol para arar a terra, molhar as plantações, pegar lenha, cuidar dos animais; e continua noite adentro, em espírito comunitário, nas rodas de trabalho.

Gerolina costuma viajar em grupo, quando consegue fretar carro de terceiros, para ir a outras localidades montar pequenas barracas onde expõe e vende seus produtos. São receitas de família em forma de peta, biscoito de polvilho de mandioca, doce de leite, bolo. Além de artesanatos como pano de prato bordado, tapetes de de retalhos de tecidos, bonecas de pano, forros de mesa.

Dessa forma, ela vai cumprindo seu papel como chefe de família. Segundo o último estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), As famílias monoparentais com filhos e chefia feminina representaram cerca de 14,7% dos arranjos no Brasil.

. Funcionária pública, agricultora familiar, artesã, cozinheira, agente comunitária e… mãe, esposa, avó, tia, sogra. A vida de Carmita Sousa, 48 anos, que vive na Zona Rural da região do Vale do São Francisco, não tem nenhum conforto.

“Não tenho tempo nem para me coçar”, diz ela enquanto planta, cozinha, costura para a família, já que a renda familiar, mesmo juntando o que consegue receber ao que o marido, também agricultor, recebe, não cobre as despesas da família.

Mas Carmita segue em frente. Mesmo cercada por defensivos agrícolas, muitas vezes venenos para a saúde humana, ela insiste na produção orgânica de alimentos como pinha, limão,  carambola, umbu, romã, abóbora, batata doce, goiaba, numa diversidade que sua família tradicionalmente plantou por décadas, antes de o agronegócio chegar à região onde vive.

Quando Carmita arranja um tempo para se sentar é para pesquisar algo na Internet ou para fazer crochê e produzir peças artesanais que vende para ajudar na renda familiar. A vida de Carmita não difere muito da vida da maioria da mulheres agricultoras. Prova irrefutável de que são imprescindíveis à economia doméstica e do país.

Gerusa Xavier, 48 anos de luta. Como filha, irmã, tia, avó, vizinha, não para de trabalhar e ainda arranja tempo para produzir doces e artesanatos para vender na região onde mora, Barreiras, na Bahia. Foto Liliana Peixinho
Gerusa Xavier, 48 anos de luta. Como filha, irmã, tia, avó, vizinha, não para de trabalhar e ainda arranja tempo para produzir doces e artesanatos para vender na região onde mora, Barreiras, na Bahia. Foto Liliana Peixinho

.Gerusa Xavier é filha que cuida, mãe, avó, dona de casa, empreendedora de produtos culinários, faz artesanato e tem uma pequena roça na Zona Rural de Barreiras, na Bahia. Mas não para por aí. Ela também faz biscoitos para vender.

O agronegócio, com a monocultura de grãos e a criação de gado, tomou conta da região onde mora, nos últimos trinta anos. Tentar garantir um modo de vida de produção agrícola diversificada é um desafio diário para Gerusa.

“O saco de tapioca é vendido a R$ 600,00 e não dispomos de renda para poder arcar com estes custos e fazer os biscoitos, as petas, os salgados, que aprendemos a fazer, com nossas famílias, em casas de farinha”, explica Gerusa, elencando suas dificuldades.

Assim mesmo, respeita uma rotina que aprendeu com seus pais: dorme e acorda bem cedinho para começar as tarefas. É como ela consegue se manter saudável para continuar sendo parte integrante da economia do país.

.Maria Elisabeth Sampaio, de 68 anos, fez graduação em Matemática e outras áreas como Economia, Administração e continua a estudar, pesquisar, se atualizar. Por mais de 30 anos trabalhou no Banco do Brasil e se aposentou. Não parou. Fez novo concurso público e foi aprovada para a Caixa Econômica Federal.

Todo o seu tempo é para outrem e diz que é difícil encontrar uma brecha para sair, passear, relaxar. Beth, como é carinhosamente tratada, trabalha sem trégua, em movimentos contínuos, de domingo a domingo. É dessas mulheres atentas a tudo, a observar os ambientes no entorno da vida, em cuidado e prevenção. Segundo ela, só fazer não é o suficiente. É importante o cuidado, a excelência, a primazia.

Liliana Peixinho

Jornalista, ativista socioambiental. Especialização em Jornalismo Científico, Meio Ambiente e Cultura. Responsabilidade Social Empresarial Sustentável. MBA em Turismo e Hotelaria Sustentável.
Fundadora/Coordenadora: Movimento AMA -Amigos do Meio Ambiente, Mídia Orgânica, Reaja- Rede Ativista de Jornalismo e Ambiente, RAMA, Cuidar do Cuidador.

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