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Veja o que já enviamos

COP30: Tempo Real

Aldem Bourscheit
Sem dúvida preocupante este bastidor repassado por observadores do Instituto Talanoa. Adaptação é uma das agendas principais desta COP e para um planeta sofrendo impactos crescentes da crise climática...
Meghie Rodrigues
Em conversa com jornalistas na Casa do Jornalismo Socioambiental, Christina Figueres, que foi Secretária-Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e é uma das articuladoras do Acordo de Paris, compartilha sua visão sobre o cenário climático atual: é fácil ver o copo meio vazio, mas é possível vê-lo igualmente meio cheio.

“Dez anos atrás, quando o Acordo de Paris foi adotado, um em dez veículos vendidos eram elétricos. Hoje, um a cada cinco são elétricos, especialmente na China. Todos os anos, a Agência Internacional de Energia (IEA) precisa recalcular suas projeções porque não conseguiam prever a mudança exponencial nos setores de transporte e energia – e este ainda é o caso”, avalia.

Ela diz ainda que não faz sentido negar a ciência da realidade climática. Mas se ainda não estamos onde a ciência diz que precisávamos estar para enfrentar a crise do clima, também já não estamos onde estávamos uma década atrás: “Se olhamos para a fotografia da situação, vemos que não estamos lá ainda. Mas o vídeo mostra que estamos nos movendo. Precisamos ter ambas as realidades em pé de igualdade. Uma realidade não elimina a outra, assim como uma fotografia não invalida um filme sobre o mesmo cenário”, comenta Figueres.
Micael Olegário
"Lutamos contra essa exploração de petróleo", afirma o cacique Raoni Metuktire, líder Kaiapó. Raoni e outras lideranças indígenas participam de painel sobre a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas, no estande do MPT e MPF na COP30.

Para a cacica Janina Karipuna, os indígenas precisam ser ouvidos e os protocolos de consulta livre e esclarecida devem ser respeitados em qualquer projeto de exploração de petróleo e gás na região. Ainda segundo ela, as "mulheres indígenas não vão arredar o pé" dos territórios.
Cacique Raoni Metuktire em painel sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas - Foto: Micael Olegário/#Colabora
Cristiane Prizibisczki
Começando agora um bate papo com a incrível Christiane Figueres na Casa do Jornalismo Ambiental. Foto: Cristiane Prizibisczki/((o))eco
Jullie Pereira
Na Aldeia COP, indígenas pedem que Lula assine demarcações de terras indígenas
Liana Melo
A abertura oficial da Aldeia COP será no início da noite. Os grupos estão chegando de ônibus, de carro, de barco, de carona. Os grupos recém contatados não falam português, como as mulheres Kaiapós que chegaram e, enquanto esperavam na fila para fazer o credenciamento, fizeram uma roda de canto. (Liana Melo Colabora)
Micael Olegário
Com cartazes e ícones que remetem a cassinos, o protesto crítica a postura de países do Norte Global que "jogam" com terras, oceanos, florestas, rios e pessoas. A manifestação expõe as contradições da compra de créditos de carbono, usada muitas vezes para empresas passarem por sustentáveis, enquanto continuam a explorar a natureza e a lucrar com isso.
Do lado de fora, manifestantes fazem protesto contra o mercado de carbono e denunciam a financeirização da natureza - Foto: Micael Olegário / #Colabora
Rudja Santos
Organização da COP30 distribui ventiladores após reclamações de calor nos pavilhões.

Depois de um primeiro dia marcado por altas temperaturas e reclamações de calor excessivo, a organização da COP30 passou a distribuir ventiladores nos pavilhões onde o ar-condicionado não tem dado conta de resfriar o ambiente.

A medida emergencial foi adotada nesta terça-feira para amenizar o desconforto de delegações, expositores e visitantes. Os ventiladores estão sendo instalados especialmente nos corredores e estandes que apresentaram maior acúmulo de calor durante o evento.
Jullie Pereira
Aldeia COP inicia a programação nesta terça-feira. Acampamento foi construído na Universidade Federal do Pará (UFPA) e deve receber 3 mil indígenas para discussões sobre o impacto da crise climática nos territórios indígenas.
Aldeia COP está instalada na UFPA e tem agenda com o MPI nesta manhã
Ana Claudia Gioia
Hora da saída do primeiro dia de COP30, em Belém.
Miguel Vilela
“Estas lentes nunca mais serão transparentes”, diz a deputada federal Célia Xakriabá na Casa Maraká, espaço criado pelo coletivo Mídia Indígena para apoiar comunicadores indígenas, em Belém. “Estas lentes podem até ter manchas de sangue de um parente do Mato Grosso do Sul, que está fazendo denúncia. Mas também tem a marca do urucum. Tem a marca do jenipapo. Estas lentes nunca mais serão transparentes. A comunicação indígena é uma flecha certeira.”
Deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) discursa na abertura da programação da Casa Maraká na COP30.
Steffanie Schmidt
AGENDA DESCONECTADA - O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) afirmou que a "agenda ambiental da COP está desconectada da Amazônia".

Durante evento no estande Hub Amazônia, que reúne a programação dos governos estaduais que integram a Amazônia Legal, apresentou o Plano de Bioeconomia como carro-chefe das políticas públicas, bem como iniciativas de geração de créditos de carbono ligados a indicadores sociais das comunidades locais.

O governador destacou que a agenda ambiental global está desconectada da realidade amazônica e defendeu a importância de a conferência acontecer na própria Amazônia, onde estão os principais desafios ambientais.

Segundo ele, "não há proteção ambiental sem desenvolvimento econômico", e é preciso garantir às populações amazônicas o direito de viver com dignidade, acesso à energia e internet, e de explorar seus recursos de forma sustentável.

Alinhado à extrema direita, o governador criticou a desigualdade entre países ricos, que mantêm o direito ao desenvolvimento, e a Amazônia, que é cobrada apenas por proteger.
Steffanie Schmidt
'Pecuária sustentável'– Durante apresentação de propostas do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Acre, Gladson Cameli, destacou o compromisso do estado com a conservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Eleito com discurso antiambiental, reafirmou a repartição de benefícios do programa ISA Carbono e o resultados de 15 anos do SISA, pioneiro mundial em incentivos à conservação.

Anunciou ainda o lançamento da plataforma Acre Climático, que mapeia impactos de inundações, além da sanção da Lei do Orçamento Climático, que vincula investimentos públicos a metas reais de mitigação e adaptação.

Destacou também o modelo de gestão em terras indígenas, as ações que reduziram em 90% os incêndios florestais e em 28% o desmatamento, além do projeto 'Pecuária Mais Eficiente', que afirmou ser "exemplo de produção sustentável no campo". “Que a COP30 seja um encontro de esperança e prosperidade para um futuro sustentável.”
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Aldem Bourscheit
Sem dúvida preocupante este bastidor repassado por observadores do Instituto Talanoa. Adaptação é uma das agendas principais desta COP e para um planeta sofrendo impactos crescentes da crise climática...
Meghie Rodrigues
Em conversa com jornalistas na Casa do Jornalismo Socioambiental, Christina Figueres, que foi Secretária-Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e é uma das articuladoras do Acordo de Paris, compartilha sua visão sobre o cenário climático atual: é fácil ver o copo meio vazio, mas é possível vê-lo igualmente meio cheio.

“Dez anos atrás, quando o Acordo de Paris foi adotado, um em dez veículos vendidos eram elétricos. Hoje, um a cada cinco são elétricos, especialmente na China. Todos os anos, a Agência Internacional de Energia (IEA) precisa recalcular suas projeções porque não conseguiam prever a mudança exponencial nos setores de transporte e energia – e este ainda é o caso”, avalia.

Ela diz ainda que não faz sentido negar a ciência da realidade climática. Mas se ainda não estamos onde a ciência diz que precisávamos estar para enfrentar a crise do clima, também já não estamos onde estávamos uma década atrás: “Se olhamos para a fotografia da situação, vemos que não estamos lá ainda. Mas o vídeo mostra que estamos nos movendo. Precisamos ter ambas as realidades em pé de igualdade. Uma realidade não elimina a outra, assim como uma fotografia não invalida um filme sobre o mesmo cenário”, comenta Figueres.
Micael Olegário
"Lutamos contra essa exploração de petróleo", afirma o cacique Raoni Metuktire, líder Kaiapó. Raoni e outras lideranças indígenas participam de painel sobre a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas, no estande do MPT e MPF na COP30.

Para a cacica Janina Karipuna, os indígenas precisam ser ouvidos e os protocolos de consulta livre e esclarecida devem ser respeitados em qualquer projeto de exploração de petróleo e gás na região. Ainda segundo ela, as "mulheres indígenas não vão arredar o pé" dos territórios.
Cacique Raoni Metuktire em painel sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas - Foto: Micael Olegário/#Colabora
Cristiane Prizibisczki
Começando agora um bate papo com a incrível Christiane Figueres na Casa do Jornalismo Ambiental. Foto: Cristiane Prizibisczki/((o))eco
Jullie Pereira
Na Aldeia COP, indígenas pedem que Lula assine demarcações de terras indígenas
Liana Melo
A abertura oficial da Aldeia COP será no início da noite. Os grupos estão chegando de ônibus, de carro, de barco, de carona. Os grupos recém contatados não falam português, como as mulheres Kaiapós que chegaram e, enquanto esperavam na fila para fazer o credenciamento, fizeram uma roda de canto. (Liana Melo Colabora)
Micael Olegário
Com cartazes e ícones que remetem a cassinos, o protesto crítica a postura de países do Norte Global que "jogam" com terras, oceanos, florestas, rios e pessoas. A manifestação expõe as contradições da compra de créditos de carbono, usada muitas vezes para empresas passarem por sustentáveis, enquanto continuam a explorar a natureza e a lucrar com isso.
Do lado de fora, manifestantes fazem protesto contra o mercado de carbono e denunciam a financeirização da natureza - Foto: Micael Olegário / #Colabora
Rudja Santos
Organização da COP30 distribui ventiladores após reclamações de calor nos pavilhões.

Depois de um primeiro dia marcado por altas temperaturas e reclamações de calor excessivo, a organização da COP30 passou a distribuir ventiladores nos pavilhões onde o ar-condicionado não tem dado conta de resfriar o ambiente.

A medida emergencial foi adotada nesta terça-feira para amenizar o desconforto de delegações, expositores e visitantes. Os ventiladores estão sendo instalados especialmente nos corredores e estandes que apresentaram maior acúmulo de calor durante o evento.
Jullie Pereira
Aldeia COP inicia a programação nesta terça-feira. Acampamento foi construído na Universidade Federal do Pará (UFPA) e deve receber 3 mil indígenas para discussões sobre o impacto da crise climática nos territórios indígenas.
Aldeia COP está instalada na UFPA e tem agenda com o MPI nesta manhã
Ana Claudia Gioia
Hora da saída do primeiro dia de COP30, em Belém.
Miguel Vilela
“Estas lentes nunca mais serão transparentes”, diz a deputada federal Célia Xakriabá na Casa Maraká, espaço criado pelo coletivo Mídia Indígena para apoiar comunicadores indígenas, em Belém. “Estas lentes podem até ter manchas de sangue de um parente do Mato Grosso do Sul, que está fazendo denúncia. Mas também tem a marca do urucum. Tem a marca do jenipapo. Estas lentes nunca mais serão transparentes. A comunicação indígena é uma flecha certeira.”
Deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) discursa na abertura da programação da Casa Maraká na COP30.
Steffanie Schmidt
AGENDA DESCONECTADA - O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) afirmou que a "agenda ambiental da COP está desconectada da Amazônia".

Durante evento no estande Hub Amazônia, que reúne a programação dos governos estaduais que integram a Amazônia Legal, apresentou o Plano de Bioeconomia como carro-chefe das políticas públicas, bem como iniciativas de geração de créditos de carbono ligados a indicadores sociais das comunidades locais.

O governador destacou que a agenda ambiental global está desconectada da realidade amazônica e defendeu a importância de a conferência acontecer na própria Amazônia, onde estão os principais desafios ambientais.

Segundo ele, "não há proteção ambiental sem desenvolvimento econômico", e é preciso garantir às populações amazônicas o direito de viver com dignidade, acesso à energia e internet, e de explorar seus recursos de forma sustentável.

Alinhado à extrema direita, o governador criticou a desigualdade entre países ricos, que mantêm o direito ao desenvolvimento, e a Amazônia, que é cobrada apenas por proteger.
Steffanie Schmidt
'Pecuária sustentável'– Durante apresentação de propostas do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Acre, Gladson Cameli, destacou o compromisso do estado com a conservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Eleito com discurso antiambiental, reafirmou a repartição de benefícios do programa ISA Carbono e o resultados de 15 anos do SISA, pioneiro mundial em incentivos à conservação.

Anunciou ainda o lançamento da plataforma Acre Climático, que mapeia impactos de inundações, além da sanção da Lei do Orçamento Climático, que vincula investimentos públicos a metas reais de mitigação e adaptação.

Destacou também o modelo de gestão em terras indígenas, as ações que reduziram em 90% os incêndios florestais e em 28% o desmatamento, além do projeto 'Pecuária Mais Eficiente', que afirmou ser "exemplo de produção sustentável no campo". “Que a COP30 seja um encontro de esperança e prosperidade para um futuro sustentável.”