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COP30: Tempo Real

Isabelli Fernandes
Etham Barbosa, diretor do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), fala sobre a programação na Casa da Ciência na COP30, no Museu Emílio Goeldi, em Belém | Vídeo: Isabelli Fernandes / Eco Nordeste
Carolina Dantas
Novas simulações durante a perfuração: em entrevista à InfoAmazonia, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, seguiu a mesma linha do que tem anunciado outros integrantes do governo federal e reafirmou que a decisão do licenciamento para a exploração do bloco 59 é "supertécnica".

"O licenciamento durou 11 anos. Não foi um licenciamento feito por questões políticas", disse, ao ser questionado se estava confortável com a recente decisão tomada antes da COP30.

Disse, ainda, que "estão fazendo novas simulações durante a execução do furo. Um dos pontos que a gente quer testar muito são as correntes daquela região. É uma região nova. Faltam dados daquela região".
Carolina Dantas
Foto: Carolina Dantas/InfoAmazonia
Ana Toni, diretora-executiva da COP30, discursa no pavilhão da China na Blue Zone. Ela agradece a cooperação entre países e liderança climática do país junto ao Brasil.
Isabelli Fernandes
André Corrêa do Lago e Ana Toni, presidente e diretora-executiva da COP30, visitam o pavilhão da China e cumprimentam membros da delegação | Imagens: Isabelli Fernandes/Eco Nordeste
Na abertura em Belém, COP30 exige ação

A cerimônia de abertura da COP30 em Belém, no coração da Amazônia, destacou a urgência de ações imediatas, a defesa da ciência e o combate ao negacionismo climático. Em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contrastou a "economia da guerra" com a "economia da vida", criticando os altos gastos militares e ressaltando que o aquecimento global é primariamente uma crise de desigualdade. Ele exigiu uma transição justa que inclua financiamento e tecnologia para o Sul Global e que enfrente as assimetrias históricas de emissões, reiterando que realizar a COP na Amazônia prova que o compromisso político torna a ação climática possível.

Simon Stiell, secretário-executivo da ONU para o Clima, elevou o tom técnico, clamando para que os governos ajam "muito, muito mais rápido" na redução de emissões e na construção de resiliência, destacando que a transição para energias renováveis é economicamente vantajosa.

Fotos: Ahmad Jarrah / A Lente
Felipe Corona
Apesar da pausa para o almoço, pavilhão do Brasil na COP30 segue recebendo dezenas de visitas.

O espaço tem debates e palestras com temas envolvendo meio ambiente, sustentabilidade e mudanças climáticas.
Fabio Bispo
"Não faz sentido", diz secretário-executivo da ONU sobre exploração de petróleo na abertura da COP30. Foto: Luis Ushirobira/InfoAmazonia

Simon Stiell, Secretário Executivo da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), fez um discurso direcionado para necessidade de uma implantação rápida da transição energética para longe dos combustíveis fósseis.

“A ciência é clara: podemos e devemos reduzir as temperaturas para 1,5°C após qualquer passagem temporária desta marca.”

Ele destacou que continuar presos aos combustíveis fósseis “não faz sentido econômico nem político”, enquanto as energias renováveis já ultrapassaram o carvão em investimentos globais.
Thales Lima
A ativista indígena Vanda Pororoca apresentou uma proposta inovadora para garantir água tratada às comunidades ribeirinhas, destacando-se no pavilhão do Amapá, na Green Zone da COP30. A tecnologia utiliza um método criativo e sustentável: a reutilização do carvão do caroço do açaí como filtro purificador. Pororoca expressou a importância do evento para o projeto: “Estar na COP é como um sonho que tínhamos para o projeto. Aqui queremos apresentar nossa proposta e ganhar notoriedade para chegar até o presidente Lula. Assim, podemos garantir que muitas comunidades na Amazônia possam ter acesso ao básico.” A iniciativa busca escala e apoio institucional para transformar o acesso à água potável na região.

(Foto: Thales Lima/ Agência Urutau)
Jullie Pereira
Na plenária de abertura, o presidente Lula defendeu a demarcação de terras indígenas como política climática, demanda principal das organizações indígenas brasileiras na COP30. “É fundamental reconhecer o papel dos territórios indígenas e de comunidades tradicionais nos esforços de mitigação. No Brasil, mais de 13% do território são áreas demarcadas para os povos indígenas. Talvez ainda seja pouco”, disse.