ODS 1
A farra dos lixões na Baixada
Com o fim do aterro de Gramacho, em Caxias, depósitos clandestinos de lixo se espalham por toda a região, contaminando o solo, a água e o ar
Ele ficou famoso mundialmente. Afinal de contas, era o maior depósito de lixo da América Latina, cerca de 9.000 toneladas de rejeitos por dia. De 1976, quando começou a operar, até 1997, Gramacho, no município de Caxias, na Baixada Fluminense, era só isso mesmo, um lixão – como centenas que ainda existem no Brasil do século 21. No final dos anos 90, por pressão da sociedade, ganhou um verniz de aterro sanitário. Mais precisamente de aterro controlado, um nome que explicava que a situação havia melhorado, mas não tanto. É verdade que o chorume passou a ser tratado e que havia algum reaproveitamento de gases. Em 2012, finalmente, ele fechou. Não havia mais espaço para tanto lixo e nem para a miséria que cercava a sua história. O fim de uma era e o início de outra, ainda pior.
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Custodio CoimbraFotógrafo de imprensa há 36 anos, Custodio Coimbra, 61 anos, passou pelos principais jornais do Rio e há 25 anos trabalha no jornal O Globo. Nascido no Rio de Janeiro, é hoje um artista requisitado entre colecionadores do mercado de fotografia de arte. Além de fotos divulgadas em jornais e revistas mundo afora, participou de dezenas de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Tem sua obra identificada com a história e a paisagem do Rio de Janeiro.