ODS 1
Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Conheça as reportagens do Projeto Colabora guiadas pelo ODS 1.
Veja mais de ODS 1Meu caro amigo ou minha cara amiga, me perdoe, por favor, se não lhe faço uma visita. A saudade é grande, mas nestes tempos de covid-19, com mais de 170 mil mortos e seis milhões de infectados, não está dando mesmo para marcar os encontros que gostaríamos, trocar beijos e abraços. Por isso, desta vez, a festa de aniversário de cinco anos do #Colabora terá que ser virtual, sem aglomerações. É isso mesmo, acredite, estamos completando cinco anos de história. Parece que foi ontem que um pequeno grupo de amigos se juntou para falar sobre colaboração e explicar que sustentabilidade vai muito além de bichinhos, plantinhas e mudanças climáticas.
Em cinco anos, muita coisa mudou, e para pior, infelizmente. Aqui na terra, como já cantou o querido Chico, ainda estão jogando futebol, sem torcida, é verdade. Mas não tem samba e nem rock`n`roll. O Carnaval segue sem data para acontecer e aquele show imperdível do Caetano, até agora, nada. Da música parece que só ficou o choro, e não faltam motivos. Das vítimas do coronavírus aos atingidos pelas queimadas, na Amazônia e no Pantanal, passando por todos aqueles que sofreram discriminação e violência em razão de gênero, cor da pele ou orientação sexual. Muitas dessas histórias foram contadas pelo #Colabora, com um olhar original, tentando mostrar, sempre que possível, o impacto sobre os que mais sofrem, aqueles que são ou estão duplamente vulneráveis.
Foi assim com a discussão sobre a chegada do vírus nas favelas e o abandono das pessoas em situação de rua, prostitutas, indígenas e os idosos que vivem em asilos. Todos entregues, ainda mais, à própria sorte. No início da pandemia lançamos o “Diário da Covid-19”, concebido e produzido pelo José Eustáquio Alves, que serviu como uma espécie de bússola, no momento em que alguns teimavam em chamar de gripezinha uma doença que, sabidamente, era altamente contagiosa. O que parecia grave no início se mostrou cada vez mais dramático. Por conta disso, o foco na divulgação das ações de solidariedade e colaboração durante a crise também foi uma marca da nossa cobertura.
Criamos o projeto “#Colabora nessa Maré de Notícias” para incentivar os jovens jornalistas e estudantes desse tradicional conjunto de favelas do Rio a contar as suas histórias da pandemia, sem intermediários. Deu certo, e estamos fazendo outro com o “Favela em Pauta”. Ainda sob o impacto da covid-19, fechamos uma parceria com mais seis organizações de mídia independente para falar sobre o crescimento da violência contra as mulheres durante a quarentena. “Um vírus e duas guerras” foi o nome da série, ainda não concluída, que conta com a participação da Amazônia Real, AzMina, Eco Nordeste, Marco Zero Conteúdo, Portal Catarinas e a Ponte Jornalismo.
Seguindo no espírito da colaboração, nossa marca registrada, lançamos o canal de vídeos Reload, que une dez organizações jornalísticas nativas digitais. Focado no público jovem, o objetivo do projeto é descomplicar as notícias, democratizar e ampliar o alcance da informação. Com formatos inovadores, a iniciativa aposta na diversidade e conta com apresentadores LGBT+, negros, indígenas e com diferentes sotaques regionais. Ele pode ser encontrado no Instagram, no Twitter, no Facebook, no Youtube e no Whatsapp.
A lista de parcerias e grandes reportagens é grande e inclui até mais uma indicação para o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog, o mais importante do país. A reportagem contemplada, de Joana Suarez e Flávio Tavares, revelou a luta dos indígenas Xakriabás contra a seca e a fome no sertão de Minas Gerais. No ano passado, o #Colabora venceu o Vladimir Herzog na categoria Produção Jornalística com a série de reportagens “Sem Direitos – O Rosto da Exclusão Social no Brasil”, sobre os brasileiros que vivem sem a garantia de direitos básicos. De autoria da jornalista Adriana Barsotti, do #Colabora, a série contou com a participação de Carolina Moura, Catarina Barbosa, Edu Carvalho e Fausto Salvadori, com imagens e vídeos de Daniel Arroyo, Pedrosa Neto e Yuri Fernandes e infográficos de Fernando Alvarus.
Ok. Prêmios, parcerias, reportagens, colaborações. Mas afinal como o #Colabora sobreviveu a um ano tão difícil como este 2020? Foi complicado, sem dúvida. Voltando ao poeta, “É pirueta pra cavar o ganha-pão, que a gente vai cavando só de birra, só de sarro…”. Fizemos o que todas as famílias brasileiras fizeram, cortamos despesas, apertamos o cinto. Mas agora precisamos de ajuda para seguir em frente. Manter um projeto jornalístico independente, apartidário, focado em um tema importante como a sustentabilidade, não é fácil. O #Colabora não tem fins lucrativos. Tudo que ganhamos é reinvestido em um jornalismo de qualidade. Contamos com você para seguir nessa trilha. Faça uma doação mensal. Não quer assumir esse compromisso? Faça uma anual. É bem simples, basta clicar aqui: www.catarse.me/colabora ou aqui: www.projetocolabora.com.br/colabora-com-a-gente/. Likes, comentários e compartilhamentos nas nossas redes sociais e visitas ao nosso site também são sempre muito bem-vindos. Um beijo na família e nas crianças. A gente vai levando.
Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ. Foi repórter de Cidade e de Política, editor, editor-executivo e diretor executivo do jornal O Globo. Também foi diretor do Sistema Globo de Rádio e da Rádio CBN. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1994, e dois prêmios da Society of Newspaper Design, em 1998 e 1999. Tem pós-graduação em Gestão de Negócios pelo Insead (Instituto Europeu de Administração de Negócios) e em Gestão Ambiental pela Coppe/UFRJ. É um dos criadores do Projeto #Colabora.