Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos. Conheça nossas reportagens guiadas pelo ODS 4.
Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Acompanhe o Projeto Colabora e saiba mais sobre o tema.
Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Leia nossas reportagens sobre o tema.
Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Veja mais sobre o ODS 14 nas reportagens do Projeto Colabora.
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Leia nossas matérias sobre o tema.
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Veja mais sobre o tema nas nossas reportagens.
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Saiba mais sobre o ODS 17 através das reportagens do Projeto Colabora.
Na terra que maltrata os indígenas há mais de 500 anos, a covid-19 atingiu duramente esses povos originários. Três depoimentos descrevem o cenário de tristeza, perdas e abandono, no Sul da Bahia, em Cuiabá e em Manaus. Esquecidos pelos governantes, os indígenas amargaram muitas perdas e se viram amputados de vários rituais. E o futuro não se desenha melhor.
No Brasil, são mais de 220 mil pessoas em situação de rua - população maior que a cidade de Criciúma (SC). Sete mil vivem no Rio de Janeiro em meio à violência e à invisibilidade. Para transformar esses números em nomes, rostos e histórias, o #Colabora lança a série especial “Vozes das Ruas”. Em quatro episódios, a jornalista Luiza Trindade liga a sua câmera durante as rondas do Projeto Ruas para ouvir os relatos fortes de Milena, Roberta, Lorena e do casal Priscila e Leandro. São histórias de luta, injustiças e até mesmo de amor, apesar das adversidades.
Em sua terceira edição, o Edital Jornalismo de Educação, do Jeduca, busca mais uma vez fomentar a produção de material jornalístico de qualidade sobre temas relevantes da educação pública brasileira. Estão reunidas, neste espaço, reportagens para o próprio #Colabora e para veículos jornalísticos digitais parceiros
Após mais de 500 anos de colonização portuguesa e da imposição de sua língua, são faladas no Brasil cerca de 180 línguas indígenas; muitas delas correm o risco de extinção pois são usadas por povos indígenas de até 100 pessoas. A língua é uma poderosa arma de resistência cultural e a Unesco, ao decretar 2022 como o primeiro ano da Década das Línguas Indígenas, quer tirar da invisibilidade esta enorme diversidade linguística. No Brasil, há apenas 13 línguas indígenas que são consideradas também oficiais, em 10 municípios com grande população de etnias que usam seus idiomas originários.
Brasileiras e também outras mulheres da América Latina, especialmente da Colômbia e do Peru, sofrem com o lúpus por atrasos no diagnóstico, falta de especialistas e demora nos exames, o que leva ao agravamento e comprometimento dos órgãos vitais. Além da falta de visibilidade da doença em geral, as mulheres afrodescendentes, maioria entre as portadoras de lúpus, enfrentam ainda racismo e desinformação
Foi na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Humano, sediada em Estocolmo em 1972, que o meio ambiente entrou, pela primeira vez, na pauta das discussões entre líderes mundiais. Meio século depois, a questão ambiental chegou ao centro dos debates em meio a uma crise climática que ameaça o futuro do planeta. Durante este Mês do Meio Ambiente, 50 anos depois de Estocolmo, o #Colabora publica uma série de reportagens sobre os desdobramentos do debate ambiental desencadeado naquela conferência da ONU.
Num ano de tempestades, inundações e incêndios florestais por todo o planeta, o Reino Unido vai sediar a COP26 - a Conferência da ONU para o Clima - que muitos consideram a última chance do mundo de conter as emissões de gases de efeito estufa e reverter a crise climática. Na série A caminho de Glasgow, o #Colabora vem ouvindo especialistas para saber o que esperar da COP26 - que começa dia 1° de novembro na cidade escocesa - e o papel a ser desempenhado pelo Brasil
Estudo aponta que 19 toneladas de ouro exportadas pelo Brasil em 2020 saíram de terras indígenas ou de Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia. O ouro ilegal - 17% das 111 toneladas registradas para exportação - do nosso país chegou a Canadá, Suíça, Polônia, Reino Unido, Emirados Árabes, Itália e Índia. Apesar das restrições legais, a corrida do ouro em áreas protegidas vem ganhando ritmo acelerado desde 2018. No total, os pedidos de pesquisa para a exploração do metal na Agência Nacional de Mineração (ANM) ao longo dos anos, somam 6,2 milhões de hectares em 2020, uma área equivalente a 40 vezes o tamanho a cidade de São Paulo.
Colaborador desde o lançamento do site, o pesquisador, sociólogo e demógrafo José Eustáquio Diniz Alves começa nova série no #Colabora analisando as transformações - econômicas, sociais, demográficas - passadas pelo país, desde aquele 7 de Setembro de 1822, quando Dom Pedro de Alcântara, então príncipe regente, rompeu com Portugal e anunciou a Independência do Brasil
Para produzir reportagens sobre as consequências da pandemia em localidades fora do eixo Rio-São Paulo, o #Colabora e o Favela em Pauta selecionaram quatro jornalistas, que apresentam aspectos da crise sanitária e a luta permanente pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. A realidade no Brasil profundo traça um retrato eloquente da diversidade e da desigualdade do país.
Recife recebeu no final de 2020 um título que nenhuma cidade busca: capital brasileira da desigualdade. Na "Veneza brasileira", edifícios de luxo e palafitas dividem as beiras dos rios. Para descrever o assombroso cenário, comprovado por dados do IBGE, o repórter Victor Moura percorreu de bicicleta quase 170km. Às margens de cinco rios da cidade pernambucana de 1,5 milhão de habitantes, ele conversou com Mary Rosa, Adilza, Israel, Leke, Gérson e Alcione. Seis pessoas que vivem à beira-rio em áreas urbanas sem água, sem esgoto e sem luz.
Pesquisa realizada por médicos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) revela que a pandemia teve impacto direto tanto para os pacientes com Doença de Alzheimer (DA) e outras demências quanto para os cuidadores. Série especial mostra como a pandemia de covid-19 afetou a vida de pessoas diagnosticadas com Alzheimer e suas famílias. E mostra que a doença também não atinge apenas os idosos e pode se manifestar de maneira mais precoce.
Durante quatro décadas, a política de combate da hanseníase no Brasil consistia em internar os portadores da doença à força e separá-los da família, inclusive de seus filhos recém-nascidos. As "colônias de leprosos" ou "leprosários" reforçaram o preconceito contra uma doença que deixa de ser transmissível ao ser tratada e tem cura para a maioria das pessoas. Hoje, os sobreviventes lembram as dores da separação e muitos filhos cobram reparação do Estado na Justiça.
O segundo maior bioma do país (atrás apenas da Amazônia) sofre com o assédio das monoculturas do agronegócio - apoiados pelos poderosos de Brasília - e o abandono dos povos originários, à espera infrutífera pela regularização de seus territórios. Mesmo todo o rigor não impede a sobrevivência de saberes tradicionais, e da geração de renda que preserva a vegetação.
Visita a campos de refugiados nos Balcãs e a uma das portas de entrada na Itália denuncia a barbaridade humanitária das viagens de grupos oriundos de regiões em conflito ou atravessadas pela miséria, em busca do sonho de chegar à Europa. Uma aventura cheia de perigos, marcada pela intolerância, em meio ao frio, à estrutura precária, à falta de condições sanitárias e, para piorar tudo, à pandemia.
A dificuldade em aceitar a finitude conduz a um duelo contra a morte. O conflito impõe sofrimento para sustentar a vida artificialmente, muitas vezes em condições indignas, à espera de um milagre que nunca vem.
O Brasil chegou a 2020 com as piores coberturas vacinais infantis dos últimos 25 anos. Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), inseridos no sistema Datasus, do Ministério da Saúde, escancaram a dimensão do problema: a vacina contra a poliomielite, com 100% de cobertura, entre 2000 e 2009 e perto disso de 2010 a 2015, despencou para 75,97%, em 2020; e a BCG, ficou em 73,8%, a menor cobertura em 27 anos, quando de 1995 a 2015, esse imunizante atingiu mais de 100% do público alvo no país. Para especialistas, a pandemia influenciou a queda na cobertura vacinal mas o fenômeno é anterior, causado por disseminação de informações falsas e pela falta de campanhas de vacinação. Neste Brasil desigual, há exemplos de sucesso e fracasso no objetivo de vacinar as crianças.
Esta reportagem só foi possível com o apoio do projeto “Primeira Infância é Prioridade” da ANDI/Rede Nacional Primeira Infância em parceria com a Petrobras.
Crise climática: crianças denunciam Brasil, França e Alemanha
A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
Dezesseis jovens - de 10 a 17 anos - entram com ação na ONU contra cinco países com base na Convenção sobre os Direitos das Crianças
Por
Oscar Valporto
| ODS 13
• Publicada em 24 de setembro de 2019 - 10:56
• Atualizada em 24 de setembro de 2019 - 16:24
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A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
Dezesseis jovens – incluindo a ativista sueca Greta Thunberg e a brasileira Catarina Lorenzo – entraram com uma denúncia contra Brasil, Argentina, França, Alemanha e Turquia no Comitê sobre os Direitos das Crianças da ONU. A ação sustenta que os cinco países estão se omitindo ou deliberadamente agindo de modo contrário ao que se comprometeram a fazer no Acordo de Paris. Deste modo, estariam violando dispositivos da Convenção sobre os Direitos das Crianças (direito à vida, à saúde e à cultura).
Embora representantes dos países denunciados tenham assinado esta convenção há 30 anos, comprometendo-se a proteger a saúde e os direitos das crianças, eles “não cumpriram suas promessas”, afirmou Greta Thunberg em encontro durante a cúpula climática da ONU, na qual voltou a condenar a inação diante da emergência climática. Muitos países ratificaram esta convenção para proteger a saúde e os direitos das crianças. “Mas violaram todos nós e negaram nossos direitos. Nosso futuro está sendo destruído”, acrescentou a norte-americana Alexandria Villasenor, de 14 anos.
Os líderes mundiais precisam respeitar os limites do planeta Terra. Eles precisam entender que não podem destruir os recursos naturais e poluir a atmosfera. Outras pessoas e outros seres precisam continuar vivendo no futuro. Se não houver ação agora, será o nosso futuro que estará prejudicado
Os jovens são de 12 países diferentes e contam com a ajuda do escritório internacional de advocacia Hausfeld e o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). denúncia se refere a um “protocolo opcional” pouco conhecido da convenção: desde 2014, este protocolo autoriza as crianças a apresentarem queixas perante o Comitê de Direitos das Crianças da ONU, caso considerem que seus direitos foram violados. De acordo com o advogado Caio Borges, do Instituto Clima e Sociedade, a petição narra os efeitos concretos que as mudanças climáticas causam nos jovens, como asma por poluição do ar e dengue/chikungunya nos jovens das Ilhas Marshall. O mosquito não transmitia essas doenças na região. A petição diz que os países sabiam dessas consequências.
A sueca Greta Thunberg (de rosa), a francesa Iris Duquesne e americana Alexandria Villaseñor na mesa durante a entrevista coletiva para apresentar a ação: 16 jovens – entre 10 e 17 anos – assinaram a petição para a ONU (Foto: Kena Betancur / AFP)
Sobre o Brasil especificamente, a petição alega que o atual governo está “ativamente desmantelando a regulamentação e fiscalização ambiental”. Os jovens ativistas citam os cortes drásticos no orçamento do MMA, as tentativas de mudanças do Código Florestal, as mudanças na composição dos colegiados. firmam que o país dobrou os subsídios a combustíveis fósseis desde 2007 e que 66% dos investimentos em energia são para não renováveis, sendo apenas 21% para renováveis. Frisam que o aumento das queimadas da Amazônia tem efeito planetário.
Caio Borges lembra ainda que os cinco países figuram entre os maiores emissores de carbono: Alemanha (5º), França (8º), Brasil (22°), Argentina (29º) e Turquia (31º). Os jovens não vivem somente nesses países, mas a ação argumenta que há uma responsabilidade extraterritorial (efeitos para além do território. As recomendações são vinculantes, mas os 44 países que ratificaram este protocolo estão de acordo em princípio a respeitá-las, explicou Michael Hausfeld, que espera que se emitam diretrizes nos próximos 12 meses. Estados Unidos, China e Índia, os maiores emissores de poluentes do mundo, não ratificaram o protocolo, por isso não podem ser denunciados por violações.
A baiana Catarina Lorenzo em campeonato de surfe em 2017: água do mar mais quente, invernos mais quentes, temporais em Salvador e consciência climática precoce (Foto: Reprodução Facebook)
A jovem surfista baiana Catarina Lorenzo, de 12 anos, é uma das assinantes da petição ao lado de Greta, Alessandra, da argentina Chiara Sacchi, de 17 anos, a também sueca Ellen Anne Rikko Marakatt, 10 anos, a francesa Iris Duquesne, 16, a alemã Raina Ivanova, 15, o norte-americano Carl Smith, 17, a nigeriana Deborah Adegbile, 12, a sul-africana Ayakha Melithafa, 17, a indiana Ridhima Pandey, 11, o tunisino Raslene Joubali, 17, Carlos Manuel, 17, do arquipélago de Palau, e três adolescentes das Ilhas Marshall, uma das mais ameaçadas pela subida de nível dos oceanos: Litokne Kabua, Ranton Anjain e David Ackley III, os três com 16 anos.
No site Crianças contra a Crise Climática (#ChildrenvsClimateCrisis), Catarina Lorenzo, filha de surfista e que pratica o esporte desde muito pequena, vem sentindo a água do mar mais quente e também que os verões estão mais quentes e os invernos mais frios. Ela lamenta os incêndios na Amazônia e os temporais cada vez mais violentos em Salvador onde mora. “Os líderes mundiais precisam respeitar os limites do planeta Terra. Eles precisam entender que não podem destruir os recursos naturais e poluir a atmosfera. Outras pessoas e outros seres precisam continuar vivendo no futuro. Se não houver ação agora, será o nosso futuro que estará prejudicado”, afirma a baiana de 12 anos, que sonha em ser surfista profissional.
A denúncia pede que o Comitê da ONU declare que mudanças climáticas constituem uma crise para os direitos das crianças; que os 5 países são responsáveis pela crise climática, porque ignoram as evidências científicas sobre prevenção e mitigação; que os países estão violando os direitos da criança (vida, saúde, cultura); recomende aos países que revejam e alterem suas políticas e leis; recomende maior cooperação internacional e medidas vinculantes e obrigatórias, e que as crianças e jovens sejam ouvidos.
Oscar Valporto é carioca e jornalista – carioca de mar e bar, de samba e futebol; jornalista, desde 1981, no Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, no Governo do Rio, no Viva Rio, no Comitê Olímpico Brasileiro. Voltou ao Rio, em 2016, após oito anos no Correio* (Salvador, Bahia), onde foi editor executivo e editor-chefe. Contribui com o #Colabora desde sua fundação e, desde 2019, é um dos editores do site onde também pública as crônicas #RioéRua, sobre suas andanças pela cidade
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