Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos. Conheça nossas reportagens guiadas pelo ODS 4.
Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Acompanhe o Projeto Colabora e saiba mais sobre o tema.
Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Leia nossas reportagens sobre o tema.
Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Veja mais sobre o ODS 14 nas reportagens do Projeto Colabora.
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Leia nossas matérias sobre o tema.
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Veja mais sobre o tema nas nossas reportagens.
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Saiba mais sobre o ODS 17 através das reportagens do Projeto Colabora.
Para produzir reportagens sobre as consequências da pandemia em localidades fora do eixo Rio-São Paulo, o #Colabora e o Favela em Pauta selecionaram quatro jornalistas, que apresentam aspectos da crise sanitária e a luta permanente pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. A realidade no Brasil profundo traça um retrato eloquente da diversidade e da desigualdade do país.
Este é um espaço aberto à produção jornalística universitária. Nesta primeira seleção de trabalhos de estudantes, as reportagens foram produzidas por alunos do 7º período do curso de Jornalismo da PUC-Rio, na disciplina Laboratório de Jornalismo, ministrada pela jornalista Itala Maduell. Sob orientação da professora e com foco na linha editorial do #Colabora, os alunos passaram por todas as etapas de construção de uma matéria, da sugestão de pauta à redação.
Com a promessa de vida melhor para todo o semiárido nordestino, a obra de transposição do Rio São Francisco avançou sobre 1.889 propriedades e, a partir de 2010, 848 famílias começaram a ser reassentadas em vilas produtivas rurais. Dez anos depois, o Marco Zero Conteúdo visitou os locais e constatou que falta água para lavoura e até nas casas, e os moradores perderam suas raízes.
Com um déficit de 350 mil reservatórios para garantir água de beber para 1,7 milhão de brasileiros que vivem sob estresse hídrico, a recém-criada Frente Parlamentar em Defesa da Convivência com o Semiárido pressiona pela continuidade do Programa Um Milhão de Cisternas, iniciativa que transformou a vida dos sertanejos, foi premiada internacionalmentel e replicada em outros países, mas sofre com consecutivas reduções de verba.
Bem, Mumbuca, Cajueiro, Dendê, Gostoso, Orquídea, Sabiá, Tupi, Zumbi são os nomes de algumas das 117 moedas sociais que circulam em comunidades Brasil afora. É um dinheiro que não é dinheiro oficialmente, mas que, depositado nos Bancos Comunitários de Desenvolvimento, transforma a vida de pessoas e locais onde as instituições financeiras tradicionais estão ausentes, por não verem ali a possibilidade de lucro. Tudo isso faz girar a economia solidária, em baixa no governo Temer, mas que já tem até moeda eletrônica, o E-Dinheiro.Confira a seguir a série especial de reportagens.
COP25, Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas que vai de 2 a 13 de dezembro em Madri, é uma das mais decisivas para o planeta e também para o Brasil. Sob o lema “Tempo de agir”, o encontro conta com líderes de quase 200 países que precisam se comprometer com a redução de 7,6% ao ano das emissões dos gases do efeito estufa (GEE), a partir de 2020, para que seja cumprido o Acordo de Paris. Durante este ano, legiões de jovens foram às ruas pedir medidas urgentes, mas por outro lado também aumenta a força dos negacionistas, com representantes como os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro. O #Colabora está em Madri para cobrir esse momento crucial para o futuro da humanidade. Acompanhe aqui e em nossas redes sociais.
Pessoas em situação de rua, prostitutas, moradores de favelas, indígenas, idosos em asilos: neste Brasil de desigualdade, a pandemia de covid-19 atingiu mais e de maneira mais severa aqueles que já vivem em vulnerabilidade social
A desertificação avança no Nordeste brasileiro. Da pecuária extensiva a monoculturas, mineração, desmatamento e queimadas, as razões são diversas, mas têm um ponto em comum: são provocadas pela ação humana. Dos 1.488 municípios afetados, um dos mais tragicamente atingidos pelo fenômeno é Gilbués, no Sul do Piauí.
Bioma pouco falado, na comparação com Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, o Pampa também sofre com a destruição. Reportagem de Rafael Glória e Thaís Seganfredo lista ameaças ao ecossistema do Sul do país, entre eles o avanço desenfreado do agronegócio da soja e projetos de mineradoras que assustam populações inteiras.
Em tempos de Jesus gay e de ministra que questiona teoria da evolução, uma série de reportagens do #Colabora joga luz sobre o nó que é o Ensino Religioso nas escolas públicas. A disciplina, a única citada na Constituição Federal, historicamente está situada no centro da discórdia entre três correntes: a que defende o ensino de religiões variadas, a que apoia o modelo confessional e permite que os professores preguem um dogma, e a que vê como inconstitucional o ensino religioso em um ambiente que deve ser laico. No Rio de Janeiro, uma legislação peculiar joga ainda mais lenha nessa fogueira ao delegar a autoridades religiosas credenciadas o aval para que professores concursados possam lecionar.
O primeiro ano do ensino médio é a série que apresenta as maiores taxas de evasão e abandono da educação básica no Brasil, segundo levantamento com base em indicadores divulgados em 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Pobreza, violência e dificuldade de acesso à escola são algumas das principais motivações para a evasão escolar. Esses fatores, no entanto, não surgem no ensino médio. Por que então essa faixa seria a mais vulnerável?
Em matéria especial, selecionada na Bolsa #Colabora de Reportagem, a jornalista Maíra Streit conta o drama de mulheres brasileiras vítimas de tráfico humano em Portugal. Dados do Observatório do Tráfico de Seres Humanos (OTSH) revelam que, entre 2008 e 2018, 92,7% das vítimas para fins de exploração sexual em terras lusitanas eram estrangeiras. E uma a cada quatro identificadas nessa condição tinha origem no Brasil. A história dessas mulheres inclui violência, confisco de passaporte, moradias insalubres, ameaças e medo
Crise climática: crianças denunciam Brasil, França e Alemanha
A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
Dezesseis jovens - de 10 a 17 anos - entram com ação na ONU contra cinco países com base na Convenção sobre os Direitos das Crianças
Por
Oscar Valporto
| ODS 13
• Publicada em 24 de setembro de 2019 - 10:56
• Atualizada em 24 de setembro de 2019 - 16:24
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A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
A baiana Catarina Lorenzo, entre Carlos Manuel, de Palau, e David Ackley III, das Ilhas Marshall, durante o anúncio – na sede da Unicef, em Nova York – do processo na ONU contra o Brasil e mais quatro países por violação dos direitos das crianças (Foto: Kena Betancur/AFP)
Dezesseis jovens – incluindo a ativista sueca Greta Thunberg e a brasileira Catarina Lorenzo – entraram com uma denúncia contra Brasil, Argentina, França, Alemanha e Turquia no Comitê sobre os Direitos das Crianças da ONU. A ação sustenta que os cinco países estão se omitindo ou deliberadamente agindo de modo contrário ao que se comprometeram a fazer no Acordo de Paris. Deste modo, estariam violando dispositivos da Convenção sobre os Direitos das Crianças (direito à vida, à saúde e à cultura).
Embora representantes dos países denunciados tenham assinado esta convenção há 30 anos, comprometendo-se a proteger a saúde e os direitos das crianças, eles “não cumpriram suas promessas”, afirmou Greta Thunberg em encontro durante a cúpula climática da ONU, na qual voltou a condenar a inação diante da emergência climática. Muitos países ratificaram esta convenção para proteger a saúde e os direitos das crianças. “Mas violaram todos nós e negaram nossos direitos. Nosso futuro está sendo destruído”, acrescentou a norte-americana Alexandria Villasenor, de 14 anos.
Os líderes mundiais precisam respeitar os limites do planeta Terra. Eles precisam entender que não podem destruir os recursos naturais e poluir a atmosfera. Outras pessoas e outros seres precisam continuar vivendo no futuro. Se não houver ação agora, será o nosso futuro que estará prejudicado
Catarina Lorenzo
Surfista e estudante baiana, 12 anos, integrante das Crianças contra a Crise Climática
Os jovens são de 12 países diferentes e contam com a ajuda do escritório internacional de advocacia Hausfeld e o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). denúncia se refere a um “protocolo opcional” pouco conhecido da convenção: desde 2014, este protocolo autoriza as crianças a apresentarem queixas perante o Comitê de Direitos das Crianças da ONU, caso considerem que seus direitos foram violados. De acordo com o advogado Caio Borges, do Instituto Clima e Sociedade, a petição narra os efeitos concretos que as mudanças climáticas causam nos jovens, como asma por poluição do ar e dengue/chikungunya nos jovens das Ilhas Marshall. O mosquito não transmitia essas doenças na região. A petição diz que os países sabiam dessas consequências.
A sueca Greta Thunberg (de rosa), a francesa Iris Duquesne e americana Alexandria Villaseñor na mesa durante a entrevista coletiva para apresentar a ação: 16 jovens – entre 10 e 17 anos – assinaram a petição para a ONU (Foto: Kena Betancur / AFP)
Sobre o Brasil especificamente, a petição alega que o atual governo está “ativamente desmantelando a regulamentação e fiscalização ambiental”. Os jovens ativistas citam os cortes drásticos no orçamento do MMA, as tentativas de mudanças do Código Florestal, as mudanças na composição dos colegiados. firmam que o país dobrou os subsídios a combustíveis fósseis desde 2007 e que 66% dos investimentos em energia são para não renováveis, sendo apenas 21% para renováveis. Frisam que o aumento das queimadas da Amazônia tem efeito planetário.
Caio Borges lembra ainda que os cinco países figuram entre os maiores emissores de carbono: Alemanha (5º), França (8º), Brasil (22°), Argentina (29º) e Turquia (31º). Os jovens não vivem somente nesses países, mas a ação argumenta que há uma responsabilidade extraterritorial (efeitos para além do território. As recomendações são vinculantes, mas os 44 países que ratificaram este protocolo estão de acordo em princípio a respeitá-las, explicou Michael Hausfeld, que espera que se emitam diretrizes nos próximos 12 meses. Estados Unidos, China e Índia, os maiores emissores de poluentes do mundo, não ratificaram o protocolo, por isso não podem ser denunciados por violações.
A baiana Catarina Lorenzo em campeonato de surfe em 2017: água do mar mais quente, invernos mais quentes, temporais em Salvador e consciência climática precoce (Foto: Reprodução Facebook)
A jovem surfista baiana Catarina Lorenzo, de 12 anos, é uma das assinantes da petição ao lado de Greta, Alessandra, da argentina Chiara Sacchi, de 17 anos, a também sueca Ellen Anne Rikko Marakatt, 10 anos, a francesa Iris Duquesne, 16, a alemã Raina Ivanova, 15, o norte-americano Carl Smith, 17, a nigeriana Deborah Adegbile, 12, a sul-africana Ayakha Melithafa, 17, a indiana Ridhima Pandey, 11, o tunisino Raslene Joubali, 17, Carlos Manuel, 17, do arquipélago de Palau, e três adolescentes das Ilhas Marshall, uma das mais ameaçadas pela subida de nível dos oceanos: Litokne Kabua, Ranton Anjain e David Ackley III, os três com 16 anos.
No site Crianças contra a Crise Climática (#ChildrenvsClimateCrisis), Catarina Lorenzo, filha de surfista e que pratica o esporte desde muito pequena, vem sentindo a água do mar mais quente e também que os verões estão mais quentes e os invernos mais frios. Ela lamenta os incêndios na Amazônia e os temporais cada vez mais violentos em Salvador onde mora. “Os líderes mundiais precisam respeitar os limites do planeta Terra. Eles precisam entender que não podem destruir os recursos naturais e poluir a atmosfera. Outras pessoas e outros seres precisam continuar vivendo no futuro. Se não houver ação agora, será o nosso futuro que estará prejudicado”, afirma a baiana de 12 anos, que sonha em ser surfista profissional.
A denúncia pede que o Comitê da ONU declare que mudanças climáticas constituem uma crise para os direitos das crianças; que os 5 países são responsáveis pela crise climática, porque ignoram as evidências científicas sobre prevenção e mitigação; que os países estão violando os direitos da criança (vida, saúde, cultura); recomende aos países que revejam e alterem suas políticas e leis; recomende maior cooperação internacional e medidas vinculantes e obrigatórias, e que as crianças e jovens sejam ouvidos.
Oscar Valporto é carioca e jornalista – carioca de mar e bar, de samba e futebol; jornalista, desde 1981, no Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, no Governo do Rio, no Viva Rio, no Comitê Olímpico Brasileiro. Está de volta ao Rio após oito anos no Correio* (Salvador, Bahia), onde foi editor executivo e editor-chefe. É criador da página no Facebook #RioéRua, onde publica crônicas sobre suas andanças pela cidade.
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