O que acontece com quem não tomar a segunda dose da vacina?

Biomédica gaúcha, integrante da Equipe Halo da ONU, explica que a primeira dose garante alguma proteção mas as vacinas usadas no Brasil só foram testadas com duas doses

Por #Colabora | ODS 3 • Publicada em 2 de março de 2021 - 10:04 • Atualizada em 14 de maio de 2021 - 17:57

No último dos seis vídeos da série sobre as vacinas contra a covid-19, parceria do #Colabora com a Equipe Halo, iniciativa global liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a biomédica Mellanie Dutra explica o que pode acontecer se a pessoa não tomar a segunda dose da vacina prescrita pelo laboratório.

“As vacinas usadas no Brasil foram desenvolvidas e testadas com duas doses. A primeira dose, está provado, oferece alguma proteção, mas a segunda dose da vacina é fundamental”, afirma a biomédica formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

As vacinas AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, Sinovac/Butantan e Pfizer/BioNTech, por enquanto as únicas usadas no Brasil, só foram testadas com duas doses. A vacinação caminha lentamente no Brasil, faltam vacinas para a aceleração e só 20% das pessoas vacinadas com a primeira dose receberam a segunda dose da vacina. A maioria ainda não tem sequer previsão quando receberá a complementação.

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O biofísico Rômulo Néris, da UFRJ e membro da Equipe Halo, explica a diferença entre as vacinas.

A bióloga Daniela Ferreira, da Liverpool School of Tropical Medicine e membro da Halo, explica como as vacinas foram testadas.

A biomédica Mellanie Dutra é mestre e doutora em Neurociências e atualmente faz pós-doutorado em Bioquímica pela UFRGS. É divulgadora científica e, desde início de 2019, idealizou e coordena a Rede Análise Covid-19, uma rede nacional de pesquisadores voluntários para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Essa rede multidisciplinar buscou divulgar informações científicas sobre a pandemia com linguagem mais simples e direta, usando o Twitter.

A Equipe Halo foi organizada pela ONU para reunir pesquisadores do novo coronavírus do mundo inteiro com o objetivo de facilitar a comunicação entre a ciência e as pessoas, combater a desinformação e reforçar a confiança do público nas vacinas. A palavra inglesa halo significa auréola em português e representa o anel da ciência que circunda a Terra. Através das redes sociais, os pesquisadores envolvidos no combate ao Sars-Cov-2 mostram seu dia a dia de forma voluntária. Eles publicam vídeos nos quais contam histórias, explicam mais detalhes sobre as pesquisas, respondem perguntas do público, esclarecem boatos e informações incorretas. O #Colabora entrou neste mutirão com esta série de vídeos com os cientistas da Equipe Halo falando sobre as vacinas.

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Os seis vídeos da série sobre as vacinas estão disponíveis no canal do #Colabora no YouTube.

A seleção brasileira na Equipe Halo

A Equipe Halo tem brasileiros em sua escalação. Além da biomédica Mellanie Dutra, participam a bióloga Daniela Ferreira, doutora em imunologia, professora e chefe do Departamento de Ciências Clínicas na Liverpool School of Tropical Medicine, no Reino Unido, um dos centros que verificam a eficácia da vacina desenvolvida por Oxford; o biofísico Rômulo Néris, mestre em Ciências (Microbiologia) e doutorando em Imunologia e Infecção na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);  André Báfica, médico, professor de Imunologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), diretor regional da Sociedade Brasileira de Imunologia e coordenador da Rede IMUNOVIDa, que tem o intuito de promover novas estratégias para o desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus; Jaqueline Góes de Jesus, biomédica, com doutorado em Patologia Humana, e uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de covid-19 na América Latina; Natalia Pasternak, bióloga com pós-doutorado em Microbiologia, pesquisadora no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV) da Universidade de São Paulo (USP) e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência; Gustavo Cabral de Miranda, biólogo, com doutorado em Imunologia e líder da pesquisa de desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, assim como vacinas para chikungunya e zika vírus, no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, e o pesquisador Wasim A.P. Syed, autor dos guias Fake news e como identificá-las e Fake news e vacinas.

#Colabora

Texto produzido pelos jornalistas da redação do #Colabora, um portal de notícias independente que aposta numa visão de sustentabilidade muito além do meio ambiente.

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