ODS 1
No Dia Mundial do Manguezal, uma história de muitas perdas e algumas vitórias
Segundo o biólogo Mario Moscatelli, só na Baía de Guanabara, cerca de 60% dos manguezais já foram perdidos
Desde 1965, as regiões de manguezais são ou deveriam ser protegidas pelo antigo Código Florestal. Na prática, a história é outra. Essas áreas sensíveis e ambientalmente fundamentais foram e continuam sendo ocupadas e usadas impunimente para expansão urbana, criação de marinas e loteamentos. Só na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, desde o início do processo de colonização, 60% das áreas foram destruídas. O biólogo Mário Moscatelli, um dos maiores combatentes na luta pela preservação desses ecossistemas, lembra que a “região metropolitana era riquíssima em áreas de manguezal, mas o crescimento urbano ordenado e desordenado suprimiram esse importante ecossistema que funciona como maternidade, supermercado de filtros, sequestrador de carbono, enfim, de diversidade”.
Para combater esse processo de degradação, várias iniciativas vêm sendo adotadas. Entre elas, projetos de reflorestamento, como o que aconteceu no Canal do Fundão, entre 2010 e 2012, que criou uma área de 130 mil metros quadrados, o equivalente a 13 estádios do tamanho do Maracanã: “Em 2010 foi iniciado, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente, um trabalho para aumentar a circulação de água em uma das áreas mais degradadas da Baia de Guanabara. O material dragado era colocado dentro de embarcações e eliminado na região oceânica. Parte desse lixo e esgoto foi transformado em um aterro hidráulico onde plantamos mangue em cima. Com isso, em dez anos, onde havia apenas lixo e lama, hoje criou-se uma floresta. Só não está melhor porque as águas continuam contaminadas, mas a comunidade vegetal se instalou”, conta Moscatelli.
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Custodio Coimbra
Fotógrafo de imprensa há 36 anos, Custodio Coimbra, 61 anos, passou pelos principais jornais do Rio e há 25 anos trabalha no jornal O Globo. Nascido no Rio de Janeiro, é hoje um artista requisitado entre colecionadores do mercado de fotografia de arte. Além de fotos divulgadas em jornais e revistas mundo afora, participou de dezenas de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Tem sua obra identificada com a história e a paisagem do Rio de Janeiro.