Onde se planta jornalismo floresce democracia

Árvore derrubada em Pauini, sul do Amazonas, simboliza o descaso com o patrimônio ambiental brasileiro. Foto Alberto Cesar Araújo/Amazônia Real

No Dia Mundial do Meio Ambiente, mídias e jornalistas ambientais reafirmam que não deixarão passar atos criminosos contra a terra, a gente e a biodiversidade do país

Por #Colabora | ODS 15 • Publicada em 4 de junho de 2020 - 17:59 • Atualizada em 8 de junho de 2020 - 09:18

Árvore derrubada em Pauini, sul do Amazonas, simboliza o descaso com o patrimônio ambiental brasileiro. Foto Alberto Cesar Araújo/Amazônia Real

Desde de que o professor Paulo Nogueira Neto, de 1975 a 1985, criou as bases institucionais e a missão do que viria a ser o Ministério do Meio Ambiente, os ministros que o sucederam honraram o país elevando as políticas ambientais ao patamar de políticas de Estado. Cada um desses secretários, ministros e ministras deixou sua marca na evolução das políticas ambientais ao enfrentar desafios na capacitação de profissionais e no estabelecimento de instâncias de fiscalização e controle de crimes ambientais em todos os biomas. Até há pouco, o Brasil era reconhecido em foros internacionais pelos compromissos assumidos e pelas realizações em favor da sua imensa biodiversidade.

Não foi por outra razão que o Brasil sediou a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, evento fundamental para o futuro da sociedade humana no planeta Terra. O mesmo aconteceu quando abrigamos a Rio+20.

No cenário internacional, o Brasil assumiu uma posição de protagonismo nas mais diversas conferências internacionais, em especial nas COPs climáticas, onde o Ministério do Meio Ambiente e o Itamaraty foram capitais para o avanço nos compromissos e metas para a redução da emissão de gases estufa e mitigação das mudanças climáticas.

Na contramão da história, em 2018, antes mesmo de assumir o governo, o presidente Jair Bolsonaro exigiu que a COP24 não fosse sediada no Brasil. Em janeiro de 2019, com poucos dias de governo anunciou o fim do Ministério do Meio Ambiente. O que não aconteceu graças às reações internas e internacionais. Não demorou para indicar alguém que aceitasse a missão de destruir o legado ambiental do país. O escolhido tem no currículo uma passagem controversa pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, com condenação em um processo judicial por improbidade administrativa, que se encontra suspensa, pendente de julgamento de recurso; além de uma proximidade constrangedora com o ruralismo mais reacionário.

Depois de dois anos no poder, está claro que, não podendo extinguir o Ministério do Meio Ambiente, o atual governo quer destruir os organismos ambientais por dentro, com a reestruturação de colegiados para retirar a participação da sociedade organizada, os ataques deliberados aos técnicos e pesquisadores que são a base do conhecimento e da estrutura de comando e controle que tornaram o Brasil respeitado mundialmente.

Os anteriores responsáveis pela área não foram perfeitos e muitos receberam críticas contundentes de mídias e jornalistas especializados na cobertura ambiental. Mas todos atuaram no campo da democracia e no respeito à liberdade e ao papel da imprensa na construção de sociedades modernas.

Desta vez, temos um ministro que quer aproveitar a morte de mais de 30 mil pessoas para atuar sob o manto da escuridão.

O que podemos dizer, senhor ministro, é que não há “apagão” no jornalismo ambiental brasileiro, mídias e jornalistas que cobrem meio ambiente estão atentos para cobrir cada passo seu, cada papel assinado, cada ato que parte de seu gabinete, para informar a sociedade sobre o “estelionato” ambiental engendrado para arrancar da sociedade, dos povos indígenas, quilombolas e das florestas, a vida em alguns dos mais ricos ecossistemas do planeta Terra.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, podemos afirmar que as Mídias Ambientais brasileiras não deixarão passar nenhum ato criminoso contra a terra, a gente e a biodiversidade desse nosso país que, não por acaso, já nasceu com nome de árvore: Brasil.

Assinam:

Agência Eco Nordeste – http://agenciaeconordeste.com.br/

Agência Envolverde – www.envolverde.com.br

AgirAzul Notícias – www.agirazul.com

Amazônia Latitude – https://amazonialatitude.com/

Amazônia Real – https://amazoniareal.com.br/

AMA -Amigos do Meio Ambiente https://www.facebook.com/groups/amigosdomeioambiente/

Blog Cidadãos do Mundo – www.cidadaosdomundo.webnode.com

Conexão Planeta – https://conexaoplaneta.com.br/

ECO21 – http://eco21.com.br

Mídia Orgânica – https://www.facebook.com/midiaorganica/

Notícia Sustentável – www.noticiasustentavel.com.br

O Eco – www.oeco.org.br

Página 22 –  www.pagina22.com.br
Plurale – www.plurale.com.br
Projeto #Colabora – https://projetocolabora.com.br/

REAJA-Rede Ativista de Jornalismo Ambiental – https://www.facebook.com/redejornalismoativista/

Revista Amazônia – www.revistaamazonia.com.br

Revista Ecológico – http://revistaecologico.com.br/

 

#Colabora

Texto produzido pelos jornalistas da redação do #Colabora.

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