Carnaval sustentável? Dicas de foliões

Nada de usar purpurina que suja as águas e investir em fantasias descartáveis

Por Bibiana Maia | ODS 15 • Publicada em 10 de fevereiro de 2018 - 10:29 • Atualizada em 2 de março de 2019 - 21:49

Tayná Mota, 23 anos, publicitária

Para brincar os quatro dias de folia, não é preciso se submeter a consumismo e degradação ambiental. Ao invés de compras impulsivas, mais geração de resíduos e poluição dos oceanos com o glitter, foliões contam como conseguem se divertir comprando de pequenos negócios, reaproveitando materiais, e usando soluções orgânicas. E garantem que ainda dá tempo de seguir as dicas para curtir o carnaval fantasiado, mas sem dor na consciência.

Use o que tem em casa

Breno Motta, 32 anos, ator
Breno Motta, 32 anos, ator

“Eu tenho sempre uma t-shirt amarelo ovo, um short azul ou preto, um tênis e uma panela que se transformam no Menino Maluquinho. As panelas mudam de ano a ano porque vão ficando velhas, amassando, mas não tem muito mistério. A primeira vez que me vesti assim foi numa calourada da faculdade, em 2004. Queria uma fantasia simples e de fácil compreensão. E eu sempre adorei o Menino Maluquinho. Fiz até teste pro primeiro filme, acredita? Daí, tinha uma panela velha na casa da minha avó. O resto da roupa foi simples. Desde então, estou sempre de Menino Maluquinho por aí”

Gostando do conteúdo? Nossas notícias também podem chegar no seu e-mail.

Veja o que já enviamos

Reaproveite material e compre em brechós

Felipe Camilo, 29 anos, sócio do brechó Segunda Feria

“O material para a fantasia pode ser aquilo que está perto de você, não necessariamente pensar que EVA é mais fácil de reaproveitar. A internet ajuda muito a encontrar inspiração. Ninguém tem que se sentir mal por ver uma marca e não pode comprar, pode tentar reproduzir. No brechó, o importante é nunca ir buscando algo, é estar disposto a se surpreender. Tem que ter paciência, olho e perseverança. Minha fantasia de siri, por exemplo, era infantil e eu adaptei ela colocando um ziper nas costas. Gastei R$ 7, assim como a de flamingo”

Reutilize fantasias

Luiza Andrade, 26 anos, publicitária

“Há três anos saio de tubarão. O Mick Fanning, surfista profissional, tinha acabado de ter sido atacado por um tubarão. E meu ex era louco por surf, deu a ideia da gente sair de Fanning e tubarão. Eu cacei o Brasil pra achar é só encontrei no eBay, aí comprei e rezei. Foi um perrengue, chegou em cima do laço. Foi super divertido e eu pensei: cara, foi o maior sacrifício, a fantasia tá perfeita. Ano que vem vou de novo. Para conservar ela, eu lavo na mão. E tento fugir de cigarros acesos para não queimar o pano!”

Compre de quem faz

Julianna Mello, 24 anos, estudante de arquitetura

“Comprei acessórios com a @chicabacana porque é a marca de uma amiga, e as meninas mandam muito bem. O carnaval das fantasias e da cor está voltando com tudo e, graças a essa galera que monta bloco e a própria fantasia”

Use bioglitter

Tayná Mota, 23 anos, publicitária

“O bioglitter que eu uso é de uma marca chamada cosméticos fermentados, é de um pessoal daqui do Rio de Janeiro mesmo. Para durar bastante, eu gosto de colocar óleo de coco antes de pôr o glitter, aí ele fica bem grudadinho”

Vá de transporte público ou a pé

Marcella Almeida, 29 anos, nutricionista

“Eu uso ônibus porque ele me deixa nos pontos mais próximos aos blocos que eu frequento, no caso, os do Centro do Rio ouLapa! E também é o transporte público que eu acho que fica menos cheio no carnaval. A dica pra não passar perrengue é se programar e sair um pouco mais cedo, porque quanto mais próximo dos horários dos blocos, mais cheio os ônibus ficam”.

 

Bibiana Maia

Jornalista formada pela PUC-Rio com MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Trabalhou no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e nos jornais O Globo, Extra e Expresso. Atualmente é freelancer e colabora com reportagens para jornais e sites.

Newsletter do #Colabora

A ansiedade climática e a busca por informação te fizeram chegar até aqui? Receba nossa newsletter e siga por dentro de tudo sobre sustentabilidade e direitos humanos. É de graça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe:

Sair da versão mobile