Programa democratiza acesso à água potável

Morador de Caucaia, uma das comunidades beneficiadas pelo programa da Coca-Cola Brasil (Foto: Wander Roberto)

Coca-Cola Brasil forma aliança para ampliar acesso ao recurso em comunidades

Por Ciça Guedes | Conteúdo de marca • Publicada em 21 de outubro de 2017 - 17:17 • Atualizada em 18 de março de 2020 - 17:41

Morador de Caucaia, uma das comunidades beneficiadas pelo programa da Coca-Cola Brasil (Foto: Wander Roberto)

(Reportagem publicada originalmente no Coca-Cola Journey

Reflorestamento e conservação de bacias hidrográficas são questões já abordadas pelo Sistema Coca-Cola Brasil por meio de programas que atingem mais de 103 mil hectares no país. Em 2017, a companhia deu um passo além, com a construção de uma aliança inédita com as principais organizações de acesso à água no Brasil e o lançamento do programa Água+. A partir de agora, todas as iniciativas do Sistema relacionadas ao recurso mais valioso para a vida humana serão reunidas na mesma plataforma, organizada em três pilares: Água+ Eficiência, Água+ Preservação e Água+ Acesso.

“Eficiência e Preservação a Coca-Cola Brasil já faz com sucesso. O Água+ Acesso surge da observação do nosso cotidiano, junto com os parceiros locais. A poucos quilômetros da operação ou do ponto de venda vê-se comunidades sem água potável. Não podemos ser indiferentes a essa situação”, explica Rodrigo Brito, gerente de Operações do Instituto Coca-Cola Brasil, que coordena esse novo pilar. Até 2020, a Coca-Cola Brasil e os atuais parceiros investirão R$ 20 milhões para contribuir com o acesso à água em comunidades urbanas e rurais de baixa renda, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Formado em administração, especialista em empreendedorismo social, Rodrigo chegou à Coca-Cola Brasil no início de 2017 e, pela primeira vez, tem um crachá. “Eu sempre trabalhei nas organizações que cocriei, num clima de muita empolgação, criatividade, que favorecem a inovação. Para minha alegria, encontrei a mesma cultura aqui no Instituto Coca-Cola Brasil”, diz ele. Nesta entrevista, entre outros assuntos, Brito fala sobre os motivos pelos quais a companhia resolveu trabalhar a questão do acesso à água; os papéis e a busca por novos parceiros; a conexão do Água + com o 8º Fórum Mundial da Água; e o projeto piloto que dá o pontapé inicial ao Água+Acesso, na comunidade de Coqueiro, em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. Em abril, será realizada uma chamada pública de inovação, em que cinco projetos serão escolhidos para serem implantados em 2017.

Rodrigo Brito, gerente de operações do instituto Coca-Cola Brasil (Foto Paula Giolito)

Por que a Coca-Cola Brasil e seus parceiros resolveram trabalhar a questão do acesso à água?

Dentro da estratégia da plataforma de água da empresa, olhamos três pontos. Com o Água+ Eficiência, buscamos meios de usar cada vez menos água nos nossos processos produtivos, então esse programa é mais voltado para os processos internos. O Água+ Preservação busca garantir a reposição de fontes para assegurar que todos tenhamos água, nós e as comunidades com as quais nos relacionamos. Esses dois, a Coca-Cola Brasil já conduz com sucesso. O Água+ Acesso surgiu da observação do nosso cotidiano, junto com os parceiros locais. A poucos quilômetros das unidades de operação ou dos pontos de venda vê-se comunidades sem água. Como produzir com escala, eficiência, e ver os seus consumidores sem acesso à água? Não podemos ser indiferentes a essa situação. Mas não dá para fazer sozinho, porque é uma tarefa grande e complexa, e a Coca-Cola Brasil não quer substituir o papel do Estado. Por isso, escolhemos nos unir às organizações da sociedade civil de maior relevância no país que já tratam a questão da água e que já têm capilaridade, conhecimento, rede e reputação, e focar em melhorar o impacto dessas organizações por meio da inovação. A gente quer conectar talentos inovadores, startups, empreendedores, com essas organizações, colocar em pauta o assunto.

Até 2020, a Coca-Cola Brasil e os atuais parceiros investirão R$ 20 milhões para contribuir com o acesso à água em comunidades urbanas e rurais (Foto: Wander Roberto)
Até 2020, a Coca-Cola Brasil e os atuais parceiros investirão R$ 20 milhões para contribuir com o acesso à água em comunidades urbanas e rurais (Foto: Wander Roberto)

Qual é o papel de cada parceiro?

Temos quatro pilares no Água+ Acesso: integrar, inovar, impulsionar (que significa elevar as escalas) e influenciar (governos, políticas públicas, comunidades). Essa é a visão geral do programa. Entre os parceiros já confirmados nessa coalizão estão: no Norte, a Fundação Amazonas Sustentável, que já atua em mais de 500 comunidades de várias formas, não só com acesso à água, e a ONG Projeto Saúde Alegria, que está em 250 comunidades na região amazônica; No Nordeste, o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), que é uma organização apoiada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Devemos ter um trabalho na Bahia e mais um projeto para o Sudeste, mas os parceiros ainda não estão definidos. O SISAR atua em mais de 1.100 localidades, atendendo 530 mil pessoas. Essas são as que chamamos “organizações de acesso”. Temos ainda a World-Transforming Technologies (WTT), especializada em avaliar, comparar e selecionar tecnologias para impacto socioambiental. A Fundação Avina, que trabalha desde 2004 na questão do acesso à água na América Latina e é parceira da Coca-Cola Brasil em outros países. O Instituto Trata Brasil fará um “raio x” do acesso à água no país. Vai acompanhar todo o programa e trabalhar com essa linha de estudo para sistematizar o aprendizado — o que deu certo, o que deu errado — para influenciar políticas públicas, pautar agenda. O Banco do Nordeste tem o hub de inovação do Nordeste, investe forte nesse segmento, tem financiamento para soluções em água e vai aplicar R$ 10 milhões no projeto, assim como a Coca-ColaBrasil. É gente com muita bagagem, muita reputação!

Ciça Guedes

Jornalista e economista, trabalhou em O Dia, Folha de S.Paulo, Globo News, O Globo, e no departamento de comunicação de empresas como Banco do Brasil e Vale. Em 2014, lançou o livro "O Caso dos Nove Chineses" (editora Objetiva), escrito em parceria com Murilo Fiuza de Melo.

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