Coca-Cola Brasil unifica formato de embalagens retornáveis: aposta em eficiência e sustentabilidade

Nova tecnologia permite até 25 ciclos de utilização e reduz a produção de novas garrafas, emitindo menos carbono

Por Marina Cohen | Conteúdo de marca • Publicada em 3 de julho de 2019 - 01:40 • Atualizada em 18 de março de 2020 - 17:13

Coca-Cola Brasil lança novas embalagens retornáveis: empresa unifica garrafas de todos os seus refrigerantes e garante ganhos para o meio ambiente e para o bolso (Foto: Coca-Cola Brasil)

(Reportagem publicada originalmente no Coca-Cola Journey

Comprar um refrigerante, consumi-lo e guardar a garrafa vazia para levá-la ao mercado na hora da recompra. Há 76 anos, quando a Coca-Cola chegou ao país, esta era a rotina das famílias brasileiras. Talvez nossos bisavós ou avós não estivessem pensando em sustentabilidade ao trocarem suas embalagens, mas o hábito — quem pode negar? — está alinhado com as práticas de quem zela pelo meio ambiente no século XXI. Por isso mesmo, a Coca-Cola Brasil acaba de lançar a chamada garrafa universal, uma versão ainda mais sustentável e eficiente das retornáveis.

É bom lembrar que, mesmo com as transformações nos hábitos de consumo e o surgimento de muitas outras embalagens, as retornáveis nunca deixaram de existir. E há mais de 20 anos uma nova versão dessa tecnologia entrou para o portfólio da Coca-Cola Brasil: dessa vez, de plástico, com o nome técnico de RefPet (do inglês refilable PET, ou PET reutilizável) e tem capacidade para até 25 ciclos de utilização.

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Garrafa única, menor impacto

Mas se as retornáveis nunca saíram de cena e até foram modernizadas, o que traz de novo a garrafa universal? A mudança pode parecer um detalhe, mas seu impacto é grande. Até hoje cada refrigerante do portfólio tinha uma garrafa com formato e decoração próprios, além de rótulo fixo. Ou seja, o consumidor que comprava uma garrafa retornável de Fanta só poderia usá-la para comprar outra Fanta. Também na fábrica, esta garrafa só poderia ser utilizada para a mesma bebida.

“Desenvolver uma única garrafa gera dois principais benefícios: eficiência e redução de impacto ambiental, duas palavras que quase sempre andam juntas. Esse movimento traz mais agilidade à logística da empresa, mais opções de troca ao consumidor, e reduz a produção de novas garrafas, emitindo menos carbono”, explica Thais Vojvodic, gerente de Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil.

Do portfólio da empresa, 20% das vendas são feitas por meio desse tipo de embalagem, o que torna a operação com múltiplas garrafas bastante complexa, por demandar um grande estoque das chamadas RefPets.

Coca-Cola Brasil lança novas embalagens retornáveis: empresa unifica garrafas de todos os seus refrigerantes e garante ganhos para o meio ambiente e para o bolso (Foto: Coca-Cola Brasil)
Coca-Cola Brasil lança novas embalagens retornáveis: empresa unifica garrafas de todos os seus refrigerantes e garante ganhos para o meio ambiente e para o bolso (Foto: Coca-Cola Brasil)

Mais um passo rumo ao ‘mundo sem resíduos’

Essa, dentre muitas outras estratégias relacionadas às embalagens da Coca-ColaBrasil, fazem parte do compromisso Mundo sem Resíduos, anunciado pelo CEO global da The Coca-Cola Company em janeiro de 2018.

Um dos grandes benefícios das garrafas retornáveis, além de serem mais acessíveis ao consumidor, é o controle total sobre sua destinação após os ciclos de uso. Enquanto as garrafas descartáveis são 100% recicláveis, mas dependem de onde o consumidor a deposita e de outros fatores externos, as retornáveis voltam às fábricas através dos caminhões da empresa e de lá são remetidas à indústria recicladora. Com isso, anualmente a Coca-Cola Brasil deixa de colocar mais de 200 milhões de PETs no mercado.

“A visão de crescimento da empresa está cada vez mais conectada a um impacto positivo sistêmico. Sustentabilidade não pode estar à parte das tomadas de decisão, precisam fazer parte da estratégia”, conclui Thais.

Do Brasil para toda a América Latina

A nova garrafa universal, que será replicada em toda a América Latina, surgiu no Brasil. É mais leve do que a anterior (redução de 14% na gramatura) e tem a mesma vida útil, o que torna-se um segundo fator de redução de emissão de gases de efeito estufa no processo de fabricação. A tampa também usa menos plástico, e os rótulos passaram a ser de papel.

As novas garrafas começaram a ser comercializadas em setembro, no Centro-Oeste. Neste mês de outubro chegam a São Paulo e, em novembro, ao Nordeste. No Rio de Janeiro, as embalagens poderão ser encontradas a partir de dezembro. Em até dois anos a previsão é de que todas as garrafas do portfólio de refrigerantes, nos tamanhos de 1,5 litro e 2 litros, serão deste formato.

Transformação dentro das fábrica

A adaptação do Sistema Coca-Cola Brasil para a mudança exigiu um investimento da ordem de R$ 100 milhões, especialmente pela instalação de novo maquinário nas fábricas.

“A garrafa única passa a incorporar máquinas de rotulagem na linha de envase, que apliquem e retirem os rótulos de papel a cada ciclo”, explica Diogo Gioia, gerente da área de Operações da companhia. “Além da aquisição dessas rotuladoras, tivemos que adaptar as linhas para receber o novo formato”.

Dinheiro bem investido, do ponto de vista do negócio. “Esse tipo de movimento permite que planejemos um crescimento da representatividade das retornáveis no Brasil de 20% para 40% do nosso volume comercializado até 2020”, projeta o gerente de Operações.

Tudo isso sempre com foco no consumidor: “A garrafa única aumenta a possibilidade de escolhas e a praticidade para quem consome o produto”, enfatiza Gioia.

Eficiência no uso de água

Com uma análise de ciclo de vida completo das embalagens, a empresa se prepara para não gerar maior impacto em uso de água a partir dessas mudanças: “As fábricas estão trabalhando em seus planos de eficiência para não haver impacto no uso de água com o aumento das garrafas retornáveis”, avisa Gioia.

Desde 2015, a Coca-Cola Brasil devolve ao meio ambiente o mesmo volume de água consumido na produção de bebidas, graças a investimentos em projetos de geração e retenção em bacias hidrográficas.

Como as vovós já diziam, o planeta agradece.

 

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COCA-COLA BRASIL

 

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Marina Cohen

Jornalista formada pela PUC-Rio. Trabalhou no jornal O Globo, no Jornal do Brasil, no site I Hate Flash e na revista Vizoo. Hoje, escreve para o Projeto#Colabora. É uma carioca louca pelo universo jovem, por observar as tendências da web, e por histórias contadas e protagonizadas por mulheres.

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