ODS 1
Vinte anos depois
Amigos, amigos, gêneros à parte
Reunião da turma da faculdade. Um encontro para rever os amigos, vinte anos depois.
Chega a Verinha, vinte anos mais velha.
Valdão comenta com o Betinho:
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Veja o que já enviamos– E pensar que ela nem era tão ruim…olhaí como engordou, diz, apontando com o queixo, parece um barrilzinho, que nem a Teresa
– Nem terminou a contrução já é ruína… responde Betinho
– Perda total… não arruma mais nada. Vai viver do passado, que nem museu.
Verinha fez mestrado e doutorado no exterior e dá aulas em Yale. Ficou milionária prestando consultoria a multinacionais.
– E esse vestido? Com essa cintura? Faça-me o favor! Verinha perdeu toda a noção, diz a Helô para a Sônia e a Lurdinha. Se o vestido fosse preto ainda disfarçava. Não tem academia lá onde ela mora?
– Não é à toa que tá sozinha, acrescenta Lurdinha, se continuar assim vai acabar virando lésbica, igual à Teresa.
– E essa pele? E esse cabelo? completa Sônia, fico só imaginando a celulite… Como uma mulher pode chegar a esse ponto de desleixo?
Verinha senta num canto com a Teresa.
– Os barrilzinhos estão trocando dicas de dietas, sussurra o Valdão.
Betinho, Helô, Sônia e Lurdinha caem na gargalhada.
Chega o Arnaldo, vinte anos mais velho.
– Arnaldão! E aí! Tá ótimo! Cadê a dona encrenca? Pergunta o Betinho.
– Larguei a patroa! Agora ninguém me segura.
– Mas vai só nas novinhas hein… Aproveita que tá faltando homem no mercado! Aconselha o Valdão.
Sonia, Helô e Lurdinha sorriem.
Arnaldão herdou do pai um escritório de contabilidade no Catete. Também herdou o apartamento onde mora, na Tijuca.
– E os negócios, como estão? Soube que o escritório tá bombando!
– É só prosperidade! Olha o tamanho do meu sucesso, diz Arnaldão, mostrando orgulhoso a imensa barriga.
Betinho, Valdão, Helô, Sônia e Lurdinha caem na gargalhada e abraçam o amigo
Sônia aproveita o abraço para colocar o seu numero de telefone no bolso do Arnaldão, onde já estão o da Helô e da Lurdinha.
Verinha e Teresa assistem à cena.
Vinte anos passam voando.
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Leo Aversa fotografa profissionalmente desde 1988, tendo ganho alguns prêmios e perdido vários outros. É formado em jornalismo pela ECO/UFRJ mas não faz ideia de onde guardou o diploma. Sua especialidade em fotografia é o retrato, onde pode exercer seu particular talento como domador de leões e encantador de serpentes, mas também gosta de fotografar viagens, especialmente lugares exóticos e perigosos como Somália, Coreia do Norte e Beto Carrero World. É tricolor, hipocondríaco e pai do Martín.