ODS 1
Afeganistão: 550 mil pessoas em fuga com ofensiva do Talibã
Agência da ONU pede que estados-membros abram as portas para refugiados e não deportem afegãos que estejam ilegalmente em outro país
As cenas dramáticas de afegãos agarrados a aviões militares americanos para tentar deixar o país são apenas a parte mais visível da tragédia humanitária causado pela ofensiva do grupo fundamentalista Talibã. De acordo com o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), mais de 550 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no Afeganistão desde o começo do ano devido ao conflito entre os talibãs e tropas do governo. Apenas de 7 de julho até a entrada dos combatentes em Cabul, foram 126 mil pessoas em fuga de suas casas.
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Comunicado divulgado nesta terça (17/08) pelo Acnur afirma que 80% desses 550 mil refugiados internos – pessoas desalojadas de suas casas pela ofensiva talibã – são mulheres e crianças. “Embora ainda não haja dados precisos sobre o número de afegãos que fugiram do país devido às hostilidades e violações dos direitos humanos, fontes indicam que dezenas de milhares de afegãos cruzaram as fronteiras internacionais nas últimas semanas”, afirma o documento divulgado pela agência da ONU orientando os países a receber refugiados.
[g1_quote author_name=”Shabia Mantoo” author_description=”Porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Leu essa? Volta do Talibã significa retrocesso de 20 anos para mulheres no Afeganistão
Os países têm a responsabilidade legal e moral de permitir que aqueles que fogem do Afeganistão busquem segurança e também de não devolver refugiados à força
[/g1_quote]Porta-voz do Acnur, a advogada Shabia Mantoo apelou para que os países-membros das Nações Unidas deixem as portas abertas. E também evitem deportações de cidadãos afegãos de volta ao seu país. “Devido à rápida deterioração da situação em termos de segurança e de direitos humanos em grandes partes do Afeganistão, além da situação de emergência humanitária, o Acnur pede aos Estados que acabem com os retornos forçados de cidadãos afegãos, mesmo que tenha sido previamente determinado que eles não requerem proteção internacional”, declarou a porta-voz durante entrevista coletiva, na sede da ONU em Genebra.
Assista ao relato da jornalista Florência Costa, que passou uma semana no Afeganistão, em 2009:
Shabia Mantoo, mais uma vez, registrou a preocupação com as mulheres afegãs apesar dos recentes apelos do Talibã. Ela insistiu no apelo pelos refugiados. “Os países têm a responsabilidade legal e moral de permitir que aqueles que fogem do Afeganistão busquem segurança e também de não devolver refugiados à força”, frisou a porta-voz.
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[/g1_quote]De acordo com o Acnur, apesar de grande parte dos 550 mil novos deslocados continuarem no país, muitos engrossaram as fileiras de refugiados afegãos: são mais de dois milhões (2.215.445 nos registros do Alto Comissariado), estabelecidos, principalmente, nos vizinhos Paquistão e Irã. Ainda de acordo com a agência da ONU, os afegãos vêm passando por mais de quatro décadas de constante deslocamento de suas casas, constituindo uma das mais longas situações de refugiados do mundo, com uma das maiores crises de deslocamento da história moderna.
Apesar de a terça-feira ter sido mais tranquila em Cabul, os representantes da ONU afirmam que parte dos afegãos ainda busca meios de deixar o país. “O medo que tomou conta de grande parte da população é profundo e, levando-se em consideração o passado, totalmente compreensível”, disse o porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Rupert Colville, que estava ao lado de Shabia Mantoo, na entrevista coletiva.
Em Cabul, Caroline Van Buren, representante do Acnur no Afeganistão, disse a CNN que entre 20 mil e 30 mil pessoas estavam deixando o país semanalmente. “Os voos já vinham saindo lotados e essas pessoas, claro, eram pessoas que têm documentos de viagem, podem obter vistos, que têm autorização de residência em outros países”, disse. “Mas também assistimos pessoas que se movem de forma irregular, pessoas que estão fugindo para garantir sua própria segurança, sem qualquer documento de viagem e que correm muito risco de exploração”, acrescentou.
Rupert Colville lembrou, na coletiva, que a declaração do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, durante a reunião do Conselho de Segurança, que todas as partes, inclusive o Talibã, têm a obrigação de proteger os civis e defender os direitos humanos. “Tem havido relatos assustadores de abusos de direitos humanos e de restrições aos direitos de indivíduos, especialmente mulheres e meninas, em algumas partes do país capturadas nas últimas semanas. Esses relatos continuam a chegar. Infelizmente, por enquanto, o fluxo de informações foi consideravelmente interrompido e não pudemos verificar as alegações mais recentes”, afirmou o porta-voz do Alto Comissariado dos Direitos Humanos.
Ele destacou que o Talibã anunciou uma anistia aos funcionários do governo e garantiu que mulheres e meninas poderão frequentar escolas e universidades. “Nós conclamamos o Talibã a demonstrar por meio de suas ações, não apenas suas palavras, que os temores pela segurança de tantas pessoas de tantas diferentes esferas são infundados”, acrescentou.
Colville lembrou ainda que Cabul e as outras grandes cidades, como Jalalabad e Mazar-e-Sharif, capturadas pelo Talibã nas últimas semanas não foram palco de lutas prolongadas, mas frisou que isso não diminui o medo do povo afegão. “As cenas desesperadoras no aeroporto de Cabul sublinharam a gravidade da situação no país depois que o Talibã capturou todos os principais centros populacionais do Afeganistão”, afirmou.
Oscar Valporto é carioca e jornalista – carioca de mar e bar, de samba e futebol; jornalista, desde 1981, no Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, no Governo do Rio, no Viva Rio, no Comitê Olímpico Brasileiro. Voltou ao Rio, em 2016, após oito anos no Correio* (Salvador, Bahia), onde foi editor executivo e editor-chefe. Contribui com o #Colabora desde sua fundação e, desde 2019, é um dos editores do site onde também pública as crônicas #RioéRua, sobre suas andanças pela cidade
E por enquanto aqui…
Todo Petista e seus puxadinhos (Renan, amante do Petismo©, o amazonense chefão lá, analfabeto, o Voz-Fina puxa saco da religião cujo nome é Petismo©, PCdoB© etc.), inclusive os puxadinhos secretos que a mídia não revelam!, ruminam direto, e sem exceção, uma vez que são GADOS do aPedeuTa lula© — o picareta — e da medíocre dilma®. Eles em vez construírem hospitais durante a “Copa das Copas®” do PT®, construíram foi prédios inúteis. O Petismo© é puro vigarismo. E truculência.
E o fundamentalismo do petismo? Ninguém fala ou analisa. Adoram destruir reputações como Marina, Ciro Gomes etc.E por enquanto aqui…
Todo Petista e seus puxadinhos (Renan, amante do Petismo©, o amazonense chefão lá, analfabeto, o Voz-Fina puxa saco da religião cujo nome é Petismo©, PCdoB© etc.), inclusive os puxadinhos secretos que a mídia não revelam!, ruminam direto, e sem exceção, uma vez que são GADOS do aPedeuTa lula© — o picareta — e da medíocre dilma®. Eles em vez construírem hospitais durante a “Copa das Copas®” do PT®, construíram foi prédios inúteis. O Petismo© é puro vigarismo. E truculência.
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