ODS 1
Animação brasileira traz de volta a personagem Tainá, protetora da Amazônia


Filme com a pequena indígena guardiã da floresta é lançado para aproveitar as festas de fim de ano e as férias escolares


Quase 25 anos depois do personagem Tainá estrear nos cinemas, a pequena protetora da Amazônia está de volta, com uma aventura bem diferente das anteriores, em “Tainá e os Guardiões da Amazônia – Em Busca da Flecha Azul”, aproveitando o clima de de Natal e férias escolares. O filme busca abrir as portas do universo amazônico para crianças que estão conhecendo a indígena Tainá pela primeira vez; e para adultos que cresceram acompanhando suas aventuras desde os anos 2000.
No novo longa, o público acompanha Tainá (voz de Juliana Nascimento) em uma jornada emocionante durante seu aprendizado para se tornar guardiã da floresta. Entre descobertas e desafios, ela encontra a orientação carinhosa da ancestral bicho-preguiça Mestra Aí, interpretada por Fafá de Belém, além de amigos que prometem conquistar o público com humor e sensibilidade. “Logo de cara, quando conheci a história e a personagem da Mestra Aí, me encantei. Porque é uma animação que fala diretamente com as crianças menores, e é muito importante que essa consciência se estabeleça desde muito cedo”, conta Fafá de Belém.
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Criada no início dos anos 2000, Tainá se tornou símbolo para uma geração ao apresentar, para o universo infantil e de forma lúdica, valores como respeito à natureza, amizade e cuidado com a floresta. Dirigido por Tânia Lamarca e Sergio Bloch, “Tainá – Uma Aventura na Amazônia”, foi lançado em janeiro de 2001, com a atriz mirim Eunice Baía, com 10 anos de idade, no papel da órfã indígena que vive com a avô na Floresta Amazônica. A paraense Eunice, da etnia Baré, repetiria o papel em A “Tainá 2 – A Aventura Continua”, de 2004, como o primeiro, sucesso de público nos cinemas. Um terceiro filme, “Tainá – A Origem”, foi lançado em 2011, com direção de Rosane Svartman: Wiranu Tembé, de 8 anos, também indígena e também do Pará, viveu a personagem principal
Em 2018, Tainá virou uma série animada que foi exibida na Band e no canal Nickelodeon. Agora o filme “Tainá e os Guardiões da Amazônia – Em Busca da Flecha Azul”, longa-metragem em animação que estreou nos cinemas brasileiros neste dia de Natal, revela quem foi a mentora, Mestra Aí, que guiou a pequena indígena desde a infância e acompanha o início de sua amizade com Catu, um macaquinho encrenqueiro; Pepe, o sábio urubu-rei; e a charmosa ouricinha Suri. Juntos, eles vivem uma grande aventura até se tornarem os Guardiões da Amazônia.
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Veja o que já enviamosA história conta com a presença do vilão Jaime Bifão e seu trator ameaçador, que coloca em risco o equilíbrio da floresta. Entre momentos de tensão e diversão, o longa convida o público a se emocionar, rir e se encantar com personagens carismáticos e uma narrativa profundamente brasileira. “É muito importante ser a voz de uma menina do Norte. Cresci assistindo aos filmes de Tainá. Como alguém que nasceu e vive no Norte, onde a Amazônia é muito presente, assistir Tainá era também se sentir representada por uma personagem que faz parte desse universo”, destaca a atriz Juliana Nascimento.
O longa conta com cinco músicas originais, criadas por Cezar Brandão, produtor associado da produtora de som Blood Audio, e interpretadas por diferentes vozes, entre elas, Fafá de Belém, que também dá voz a uma das personagens. Com direção de Alê Camargo e Jordan Nugem e roteiro de Gustavo Colombo, o longa é produzido pela Sincrocine Produções, em coprodução com a Tietê Produções, e distribuído pela Paris Filmes.
O roteirista Gustavo Colombo citou a força da personagem para o cinema nacional. “Tainá é uma propriedade intelectual brasileira e independente, super forte e bastante versátil, que já foi adaptada em longas live-action, série animada, quadrinhos e até experiências em parques. É quase um multiverso de Tainá!”, lembrou em entrevista ao GShow.


Gustavo contou também que a proposta de revisitar o universo da personagem surgiu para que sua história fosse enfim expandida, e a trama que há anos conquista o público infantil ganhasse novas camadas. Segundo o roteirista, trazer personagens clássicos, como o vilão Jurupari, fez com que a produção assumisse seu lado “multiversal” e que pudesse se desenvolver ainda mais a partir do novo longa. “Com esses novos aspectos, aumentamos ainda mais os riscos para Tainá, que também passa por uma jornada de amadurecimento. E também falamos sobre assuntos urgentes, como a preservação da Amazônia e como os jovens podem ajudar”, disse na entrevista.
“Ao contrário da TV e do streaming, no qual o conteúdo infantil é bastante segmentado por idade, no cinema nacional praticamente não existe conteúdo infantil e pré-escolar bem-sucedido. Toda vez que uma marca vai para os cinemas, precisa dar essa cara mais pop e criar uma narrativa com arco longo e uma curva de transformação mais definida para os personagens”, explicou.
Nesse longa-metragem, Tainá (Juliana Nascimento) viverá uma nova e inesquecível aventura. Junto com a ancestral e sábia bicho preguiça – Mestra Aí (Fafá de Belém), Tainá irá treinar para se tornar a Guardiã da Amazônia. Mas, ao perder a antiga e mágica Flecha Azul, a flecha que guia os que têm o destino de serem os Guardiões da Amazônia, colocará seu futuro em risco.
Ao longo desta viagem para tentar recuperar a Flecha Azul, Tainá vai conhecer seus amigos inseparáveis: Catu (Caio Guarnieri), um macaquinho encrenqueiro; Pepe (Yuri Chesman), o sábio urubu-rei; e a ouricinha Suri (Laura Chasseraux). Juntos, eles se tornarão os “Guardiões da Amazônia”, sempre prontos a ajudar os animais, proteger e cuidar da floresta. Tão diferentes uns dos outros, eles terão que aprender a vencer as diferenças e a valorizar a amizade para formar uma equipe e cumprir a missão: encontrar a Flecha Azul e impedir que um grande mal – o terrível Jurupari – queime a floresta e destrua toda a Amazônia.
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Texto produzido pelos jornalistas da redação do #Colabora, um portal de notícias independente que aposta numa visão de sustentabilidade muito além do meio ambiente.








































