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Cherry picking é a prática de selecionar apenas as informações que confirmam uma tese, ignorando deliberadamente dados ou evidências contraditórias.
Durante o painel “Enfrentar a desinformação sobre o clima: o papel do jornalismo e sua sustentabilidade”, realizado nesta quinta-feira (13.11) no estande do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, a importância da integridade da informação para a agenda climática foi destacada como o ponto de 'virada de chave' de todas as edições da COP.
O painel, que teve como moderador Stefano Wrobleski, contou também com a participação do embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e dos debatedores Bia Barbosa, coordenadora de Incidência da Repórteres Sem Fronteiras na América Latina; Samanta do Carmo, da Associação de Jornalismo Digital; Ângela Martins, jornalista da Consonante (Colômbia), Nina Santos (Secom/PR) e Letícia Capone, diretora de Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque.
Essa é a primeira vez que o tema da integridade da informação foi incluído na Agenda de Ação da COP.
Após essa foto, um dos policiais americanos informou que está proibido fotografar a entrada.
Elas queriam cobrar um posicionamento sobre os impactos da expansão de empreendimentos eólicos e de carcinicultura nos territórios pesqueiros da região. O diálogo, que começou de forma pacífica, rapidamente se transformou em confronto verbal.
A conversa foi encerrada pelo governador quando as lideranças mencionaram a “chuva de veneno” – expressão utilizada para denunciar a liberação de drones para pulverização de agrotóxicos.
O episódio evidencia a crescente tensão entre o governo cearense e movimentos de base que contestam os efeitos socioambientais de projetos com impactos socioambientais implementados com aval do Estado.
*O governador Elmano havia participado de apresentação do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Ceará, em um stand da Zona Verde da COP30.
Marisqueiras e representante do Projeto Ecomulheres abordam o governador do Ceará, Elmano de Freitas, na COP30 para falar sobre impactos da expansão eólica e da carcinicultura no Estado.
Na Embaixada dos Povos, durante a COP30, lideranças indígenas destacaram o protagonismo das mulheres e da juventude na defesa da Amazônia. Thais Dessana, do coletivo Miriã Massan (AM), chamou atenção para a falta de escuta às juventudes e pessoas LGBTQIA+ dentro do movimento indígena:
"Até quando vamos seguir cometendo violências e não incluindo a diversidade nas nossas pautas e espaços? A juventude indígena precisa ser ouvida".
Thais explicou que o coletivo atua em Manaus com jovens indígenas do contexto urbano, articulando temas como diversidade, acolhimento e comunicação. “Hoje, a comunicação é um instrumento de resistência. A juventude indígena está ocupando esses espaços e mostrando que também sabe falar, construir e defender seus direitos.”
O painel “Vozes que defendem a floresta: gênero, juventude e resistência indígena na Amazônia” reuniu Thais Dessana, Ana Lívia, Inara Satre-Mawe-Mydiwaru Karajá, Rosimeire Arapaço, Mônica Guajajara e Mabel Apurinã.
No quarto dia da Conferência das Partes, indígenas do povo Pataxó e Wai Wai ocuparam a calçada da rua de acesso em frente ao Hangar, onde acontecem as negociações, na chamada Blue Zone.
O cacique Arassari conta que a arte é fruto das sementes que são cultivadas. Ele contabiliza mais de 50 mil árvores plantadas no território "com as próprias mãos".
"Enquanto muitos querem usar o ouro sangrento no pescoço, nós seguimos reafirmando o valor da arte tradicional, nascida do contexto da floresta", disse.
Vendedores ambulantes de água e até mesmo de marmita de comidas também começam a ocupar o espaço.
Uma das participantes é Natalia Tello, representante do "Fuera Porta", movimento comunitário que luta contra a contaminação promovida pela empresa de bioetanol Porta Hermanos, em Córdoba, na Argentina. "Entendemos que o problemas não era a fábrica, mas uma política extrativista, baseada em uma lógica de consumo", afirmou Natalia.
Ha 13 anos a empresa se instalou no Bairro San Antonio, no sul de Córdoba. Apesar de se promover como uma solução verde e sustentável, as atividades da empresa geram impactos socioambientais nas famílias do bairro, incluindo abortos espontâneos e contaminação de crianças com substâncias tóxicas.
No Círculo dos Povos, defensoras ambientais de Argentina, Honduras, Paraguai e Peru discutem financiamento climático feminista
Durante o painel “Cool Solutions to Decarbonize the Demand for AC”, promovido pela Newsweek em parceria com a Daikin na COP30 Brasil Amazônia, especialistas apresentaram estratégias para diminuir as emissões de carbono associadas ao uso de sistemas de refrigeração.
Entre os participantes estavam Isabel Beltrán, diretora de Sustentabilidade da Newsweek; Zoisa North-Bond, executiva-chefe da Octopus Energy Generation; e Bishal Thapa, diretor sênior da organização ICF. Eles destacaram a necessidade de combinar fontes de energia renovável, eficiência tecnológica e novos modelos de produção para atender à crescente demanda por climatização em um mundo em aquecimento.
O debate reforçou que a descarbonização do setor de refrigeração é essencial para a transição energética global, especialmente em regiões de clima quente como a Amazônia.
