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“Estas lentes nunca mais serão transparentes”, diz a deputada federal Célia Xakriabá na Casa Maraká, espaço criado pelo coletivo Mídia Indígena para apoiar comunicadores indígenas, em Belém. “Estas lentes podem até ter manchas de sangue de um parente do Mato Grosso do Sul, que está fazendo denúncia. Mas também tem a marca do urucum. Tem a marca do jenipapo. Estas lentes nunca mais serão transparentes. A comunicação indígena é uma flecha certeira.”
Deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) discursa na abertura da programação da Casa Maraká na COP30.
AGENDA DESCONECTADA - O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) afirmou que a "agenda ambiental da COP está desconectada da Amazônia".
Durante evento no estande Hub Amazônia, que reúne a programação dos governos estaduais que integram a Amazônia Legal, apresentou o Plano de Bioeconomia como carro-chefe das políticas públicas, bem como iniciativas de geração de créditos de carbono ligados a indicadores sociais das comunidades locais.
O governador destacou que a agenda ambiental global está desconectada da realidade amazônica e defendeu a importância de a conferência acontecer na própria Amazônia, onde estão os principais desafios ambientais.
Segundo ele, "não há proteção ambiental sem desenvolvimento econômico", e é preciso garantir às populações amazônicas o direito de viver com dignidade, acesso à energia e internet, e de explorar seus recursos de forma sustentável.
Alinhado à extrema direita, o governador criticou a desigualdade entre países ricos, que mantêm o direito ao desenvolvimento, e a Amazônia, que é cobrada apenas por proteger.
'Pecuária sustentável'– Durante apresentação de propostas do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Acre, Gladson Cameli, destacou o compromisso do estado com a conservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas.
Eleito com discurso antiambiental, reafirmou a repartição de benefícios do programa ISA Carbono e o resultados de 15 anos do SISA, pioneiro mundial em incentivos à conservação.
Anunciou ainda o lançamento da plataforma Acre Climático, que mapeia impactos de inundações, além da sanção da Lei do Orçamento Climático, que vincula investimentos públicos a metas reais de mitigação e adaptação.
Destacou também o modelo de gestão em terras indígenas, as ações que reduziram em 90% os incêndios florestais e em 28% o desmatamento, além do projeto 'Pecuária Mais Eficiente', que afirmou ser "exemplo de produção sustentável no campo". “Que a COP30 seja um encontro de esperança e prosperidade para um futuro sustentável.”
Guilherme Boulos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Lula: “Pra aqueles que quiseram agourar esta COP, dizendo que Belém não iria dar conta, dizendo que o povo paraense não ia dar conta, que a Amazônia não ia dar conta, eu acho que o dia de hoje foi uma grande resposta".
GOVERNADORES UNIDOS - Com críticas à falta de financiamento às políticas ambientais capitaneadas pelos Estados, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que reúne os governadores dos nove estados da região, lançou uma série de iniciativas voltadas à gestão de dados, educação ambiental e segurança pública na região. Uma das novidades é uma plataforma digital em tempo real que reúne informações sobre projetos de carbono, restauração florestal e bases agrícolas em todos os estados da Amazônia. O sistema promete acesso público e integrado aos dados, com o objetivo de ampliar a transparência e o monitoramento ambiental. Duas ausências foram sentidas: dos governadores de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil) e Roraima, Antônio Denarium (Progressistas)
Ativistas de organizações da Campanha Global por Justiça Climática protestam contra o agronegócio em frente à Agrizone, área criada pela Embrapa para a COP30, com patrocínio da Nestlé e da Bayer. Minutos depois do enviado especial para Agricultura da Presidência da COP30, o ex-ministro Roberto Rodrigues, entrar na Agrizone, cerca de 30 manifestantes se reuniram em uma rotatória bem na frente da Agrizone para exigir: "comida para as pessoas, não para lucro". "Nosso direito de alimentação não está à venda", dizem os manifestantes, que vêm diferentes partes do mundo, como Ásia, Mesoamérica e Europa, além da Palestina e representantes de comunidades ribeirinhas do Pará.
Etham Barbosa, diretor do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), fala sobre a programação na Casa da Ciência na COP30, no Museu Emílio Goeldi, em Belém | Vídeo: Isabelli Fernandes / Eco Nordeste
Novas simulações durante a perfuração: em entrevista à InfoAmazonia, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, seguiu a mesma linha do que tem anunciado outros integrantes do governo federal e reafirmou que a decisão do licenciamento para a exploração do bloco 59 é "supertécnica".
"O licenciamento durou 11 anos. Não foi um licenciamento feito por questões políticas", disse, ao ser questionado se estava confortável com a recente decisão tomada antes da COP30.
Disse, ainda, que "estão fazendo novas simulações durante a execução do furo. Um dos pontos que a gente quer testar muito são as correntes daquela região. É uma região nova. Faltam dados daquela região".
Foto: Carolina Dantas/InfoAmazonia
Ana Toni, diretora-executiva da COP30, discursa no pavilhão da China na Blue Zone. Ela agradece a cooperação entre países e liderança climática do país junto ao Brasil.
André Corrêa do Lago e Ana Toni, presidente e diretora-executiva da COP30, visitam o pavilhão da China e cumprimentam membros da delegação | Imagens: Isabelli Fernandes/Eco Nordeste
“Estas lentes nunca mais serão transparentes”, diz a deputada federal Célia Xakriabá na Casa Maraká, espaço criado pelo coletivo Mídia Indígena para apoiar comunicadores indígenas, em Belém. “Estas lentes podem até ter manchas de sangue de um parente do Mato Grosso do Sul, que está fazendo denúncia. Mas também tem a marca do urucum. Tem a marca do jenipapo. Estas lentes nunca mais serão transparentes. A comunicação indígena é uma flecha certeira.”
Deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) discursa na abertura da programação da Casa Maraká na COP30.
AGENDA DESCONECTADA - O governador do Amazonas, Wilson Lima (União) afirmou que a "agenda ambiental da COP está desconectada da Amazônia".
Durante evento no estande Hub Amazônia, que reúne a programação dos governos estaduais que integram a Amazônia Legal, apresentou o Plano de Bioeconomia como carro-chefe das políticas públicas, bem como iniciativas de geração de créditos de carbono ligados a indicadores sociais das comunidades locais.
O governador destacou que a agenda ambiental global está desconectada da realidade amazônica e defendeu a importância de a conferência acontecer na própria Amazônia, onde estão os principais desafios ambientais.
Segundo ele, "não há proteção ambiental sem desenvolvimento econômico", e é preciso garantir às populações amazônicas o direito de viver com dignidade, acesso à energia e internet, e de explorar seus recursos de forma sustentável.
Alinhado à extrema direita, o governador criticou a desigualdade entre países ricos, que mantêm o direito ao desenvolvimento, e a Amazônia, que é cobrada apenas por proteger.
'Pecuária sustentável'– Durante apresentação de propostas do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Acre, Gladson Cameli, destacou o compromisso do estado com a conservação ambiental e o enfrentamento das mudanças climáticas.
Eleito com discurso antiambiental, reafirmou a repartição de benefícios do programa ISA Carbono e o resultados de 15 anos do SISA, pioneiro mundial em incentivos à conservação.
Anunciou ainda o lançamento da plataforma Acre Climático, que mapeia impactos de inundações, além da sanção da Lei do Orçamento Climático, que vincula investimentos públicos a metas reais de mitigação e adaptação.
Destacou também o modelo de gestão em terras indígenas, as ações que reduziram em 90% os incêndios florestais e em 28% o desmatamento, além do projeto 'Pecuária Mais Eficiente', que afirmou ser "exemplo de produção sustentável no campo". “Que a COP30 seja um encontro de esperança e prosperidade para um futuro sustentável.”
Guilherme Boulos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Lula: “Pra aqueles que quiseram agourar esta COP, dizendo que Belém não iria dar conta, dizendo que o povo paraense não ia dar conta, que a Amazônia não ia dar conta, eu acho que o dia de hoje foi uma grande resposta".
GOVERNADORES UNIDOS - Com críticas à falta de financiamento às políticas ambientais capitaneadas pelos Estados, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, que reúne os governadores dos nove estados da região, lançou uma série de iniciativas voltadas à gestão de dados, educação ambiental e segurança pública na região. Uma das novidades é uma plataforma digital em tempo real que reúne informações sobre projetos de carbono, restauração florestal e bases agrícolas em todos os estados da Amazônia. O sistema promete acesso público e integrado aos dados, com o objetivo de ampliar a transparência e o monitoramento ambiental. Duas ausências foram sentidas: dos governadores de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil) e Roraima, Antônio Denarium (Progressistas)
Ativistas de organizações da Campanha Global por Justiça Climática protestam contra o agronegócio em frente à Agrizone, área criada pela Embrapa para a COP30, com patrocínio da Nestlé e da Bayer. Minutos depois do enviado especial para Agricultura da Presidência da COP30, o ex-ministro Roberto Rodrigues, entrar na Agrizone, cerca de 30 manifestantes se reuniram em uma rotatória bem na frente da Agrizone para exigir: "comida para as pessoas, não para lucro". "Nosso direito de alimentação não está à venda", dizem os manifestantes, que vêm diferentes partes do mundo, como Ásia, Mesoamérica e Europa, além da Palestina e representantes de comunidades ribeirinhas do Pará.
Etham Barbosa, diretor do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), fala sobre a programação na Casa da Ciência na COP30, no Museu Emílio Goeldi, em Belém | Vídeo: Isabelli Fernandes / Eco Nordeste
Novas simulações durante a perfuração: em entrevista à InfoAmazonia, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, seguiu a mesma linha do que tem anunciado outros integrantes do governo federal e reafirmou que a decisão do licenciamento para a exploração do bloco 59 é "supertécnica".
"O licenciamento durou 11 anos. Não foi um licenciamento feito por questões políticas", disse, ao ser questionado se estava confortável com a recente decisão tomada antes da COP30.
Disse, ainda, que "estão fazendo novas simulações durante a execução do furo. Um dos pontos que a gente quer testar muito são as correntes daquela região. É uma região nova. Faltam dados daquela região".
Foto: Carolina Dantas/InfoAmazonia
Ana Toni, diretora-executiva da COP30, discursa no pavilhão da China na Blue Zone. Ela agradece a cooperação entre países e liderança climática do país junto ao Brasil.
André Corrêa do Lago e Ana Toni, presidente e diretora-executiva da COP30, visitam o pavilhão da China e cumprimentam membros da delegação | Imagens: Isabelli Fernandes/Eco Nordeste
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