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Veja o que já enviamosComo muitas mães param de fumar durante a gestação, mas retornam durante a lactação acreditando que não vão prejudicar seus filhos utilizamos os modelos experimentais de tabagismo materno durante a lactação para entender melhor os malefícios que o cigarro pode acarretar a longo tempo para esses descendentes, mesmo após a retirada da exposição
[/g1_quote]A pesquisadora explica que este tecido nos mamíferos está relacionado à termogênese- mecanismo que permite dispersar energia sobre forma de calor – e à regulação do gasto energético. “O tabagismo durante a lactação reduz a capacidade termogênica desse tecido, ou seja, o indivíduo gasta menos energia, o que favorece o acúmulo de peso e gordura corporal”, explica Thamara.
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A pesquisa começou em 2018, através de experimentos em ratos do tipo Wistar, incluindo mães e filhotes. “Como muitas mães param de fumar durante a gestação, mas retornam durante a lactação acreditando que não vão prejudicar seus filhos utilizamos os modelos experimentais de tabagismo materno durante a lactação para entender melhor os malefícios que o cigarro pode acarretar a longo tempo para esses descendentes, mesmo após a retirada da exposição”, explicou a nutricionista.
De acordo com o estudo, a obesidade desenvolvida pode ser explicada pela a redução da capacidade termogênica do tecido adiposo marrom dos filhotes. “Vimos que uma disfunção no tecido adiposo marrom dos filhotes, relacionada à redução da atividade simpática do nervo que vai para esse tecido, compromete a atividade termogênica, favorecendo o acúmulo de gordura corporal”, explicou Thamara.
No modelo aplicado, a pesquisa foi desenvolvida com ratos Wistar e, principalmente, com tecido adiposo marrom, tecido adiposo branco e hipotálamo. O estudo foi desenhado com três diferentes desenhos experimentais (modelos fumaça, nicotina e desmame precoce). Cada experimento durou em torno de oito meses e envolveu etapas de acasalamento, gestação (3 semanas), lactação (3 semanas), programação (26 semanas), além do período dedicado as análises (6 meses por modelo).
[g1_quote author_name=”Thamara Cherem Peixoto” author_description=”Nutricionista e doutoranda em Biociências da Uerj” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Já foi demonstrado em animais experimentais que o desmame precoce (retirada da amamentação exclusiva antes dos 6 meses) também é um fator de programação metabólica, uma vez que favorecem o aumento de peso e gordura corporal, alterações hormonais, resistência a leptina e redução da termogênese na idade adulta. Então a única opção seria o abandono do vício
[/g1_quote]Os experimentos demonstraram que os filhotes desenvolvem obesidade, resistência à insulina e à leptina. Foi constatado ainda que também existe uma disfunção do tecido adiposo marrom que compromete a atividade termogênica, favorecendo o acúmulo de gordura. Os resultados deste estudo foram publicados recentemente em periódicos científico, o mais recente na revista Neuroscience, da International Brain Research Organization (IBRO).Para a pesquisadora, o trabalho desenvolvido na Uerj vai ajudar a entender melhor doenças dos seres humanos e servir de base para políticas de saúde. “Esses conhecimentos permitem que as autoridades públicas criem políticas para alertar as mulheres fumantes sobre os riscos impostos às crianças durante a amamentação, mesmo que as mães fumem longe de seus filhos, ajudar entender melhor quais mecanismos estão envolvidos na obesidade, e prevenir ou tratar adequadamente os distúrbios tardios.”, argumentou Thamara.
A nutricionista refutou enfaticamente a possibilidade de as mães fumantes deixaram de amamentar para evitar os prejuízos futuros aos bebês. “Já foi demonstrado em animais experimentais que o desmame precoce (retirada da amamentação exclusiva antes dos 6 meses) também é um fator de programação metabólica, uma vez que favorecem o aumento de peso e gordura corporal, alterações hormonais, resistência a leptina e redução da termogênese na idade adulta. Então a única opção seria o abandono do vício, pois a retirada do leite materno antes do tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (6 meses) também é prejudicial à saúde”, destacou.
[g1_quote author_description_format=”%link%” align=”none” size=”s” style=”solid” template=”01″]A série #100diasdebalbúrdiafederal terminou, mas o #Colabora vai continuar publicando reportagens para deixar sempre bem claro que pesquisa não é balbúrdia.
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