Um dos homens mais ricos do mundo, Elon Musk, dono da Tesla, defendeu nesta segunda-feira, dia 29 de agosto, em um evento na Noruega, duas propostas que podem ser consideradas, no mínimo, polêmicas. Para ele, as pessoas deveriam ter “mais bebês” e a exploração e produção de petróleo e gás natural precisam ser intensificadas:
“Acreditem em mim, a crise dos bebês é um grande problema”, disse o magnata de 51 anos em entrevista à imprensa na cidade de Stavanger, no Sudoeste da Noruega, onde participava de um evento sobre energia. Para quem acha que isso é inacreditável e pode não passar de Fake News, aí embaixo está o vídeo da entrevista em inglês.
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Há quem diga, com razão, que Elon Musk é um visionário. Afinal de contas, ele é dono de uma fortuna estimada em US$ 220 bilhões, pouco mais de R$ 1 trilhão. Mas se essa entrevista na Noruega for mesmo mais um exemplo dessa privilegiada visão de futuro ou de um aguçado faro para os negócios, o planeta tem sérias razões para se preocupar. Sem o incentivo do bilionário por mais filhos, as projeções das Nações Unidas já apontam para uma população mundial de 10 bilhões de pessoas em 2060. Sem a recomendação de Musk por mais combustíveis fósseis, os cientistas climáticos estimam que o aquecimento global supere a casa dos 3 graus Célsius antes de 2050, longe da meta estabelecida em Paris de limitar a 1,5º C o aumento médio da temperatura.
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Veja o que já enviamosÉ verdade que, em relação ao petróleo e ao gás natural, a declaração de Elon Musk teria um caráter provisório, “até que a transição para uma economia de baixo carbono estivesse concluída”. Mas, mesmo assim, ela assusta bastante porque isso pode representar um atraso considerável na redução dos gases de efeito estufa, com os efeitos sobre a humanidade e o meio ambiente ainda não devidamente calculados:
“Acho que, de forma realista, precisamos usar petróleo e gás no curto prazo, porque senão a civilização desmoronaria, especialmente nestes dias de sanções contra a Rússia. No momento seria justificável explorar mais hidrocarbonetos na Noruega”, afirmou o empresário que chegou ao país nórdico em um jato privado.
Como antecipou José Eustáquio Diniz Alves, em artigo para o #Colabora, as projeções da ONU apresentam três cenários populacionais até 2100. O cenário médio construído com base nas informações disponíveis, é o mais provável. Em julho de 2022, a população mundial foi estimada em 7,975 bilhões de habitantes e, na projeção média, chegaria a 10 bilhões em 2060. Segundo os dados das Nações Unidas, a população mundial mais que triplicou em 71 anos, passando de 2,5 milhões em 1950 para 7,9 milhões em 2021.
Elon Musk, que se divorciou três vezes e é pai de dez filhos, parece não conhecer esses números ou não acreditar neles. Para ele, “é importante que as pessoas tenham bebês suficientes para perpetuar a civilização”, disse. E completou: “Dizem que a civilização pode desaparecer com um estrondo ou com um gemido. Se não tivermos filhos suficientes, morreremos com um gemido [usando] fraldas para adultos. Será deprimente”, concluiu.
Musk é um dos três bilionários que vem investindo bilhões na exploração privada de outros planetas e em missões de colonização. Richard Branson, dono da Virgin Galactic, chegou primeiro, voou antes. Jeff Bezos, dono da Amazon, voou mais alto. Elon Musk é o que tem investido mais e sonha até em colonizar Marte. O investimento combinado dos três empresários nestas aventuras está calculado em cerca de US$ 200 bilhões. Recentemente, em sua conta no Twitter, o fundador da Tesla disse: “Aqueles que atacam o espaço, talvez não percebam que ele pode representar a esperança para tantas pessoas”. Pode mesmo? Para quantas pessoas? Com mais combustíveis fósseis e mais gente no mundo, talvez esse dia chegue muito mais rápido do que jamais se imaginou.
A questão Não seria a superpopulação existente mas o igualitário número de filhos e netos, como a minha mãe e meu pai: tiveram 8 filhos, hoje são coroas ou idosos, onde os 8 netos, tem intervalo de idades: 37 anos/21 anos! Noutra ponta, os Empresários andam deixando de se aterem que o ideal é a junção: empregado e consumidor, aonde construtoras “alertam” para o “limite” da massa salarial existente e, para isso comercializando apartamentos no “conceito” de outrora: “cortiço”: três ou quatro suites, onde o casal e filhos casados, tem como privacidade a suíte e se fossem ter filhos, aonde seria o quarto do “bebê” se nem condições de se manterem sem os pais (os que seriam os avós) possuem! Diminuir custos com a automação de serviços fechando postos de trabalho é ter como resultado menos consumidores!