ODS 1
População mundial vivendo em cidades chegará a 66% em 2050
Tóquio, com seus 38 milhões de habitantes, continuará sendo a cidade mais populosa
Hoje, ela representa 54%, mas até 2050 deve chegar a 66%. Este é o percentual da população mundial que estará vivendo em áreas urbanas, de acordo com o último relatório das Nações Unidas. O processo acelerado de urbanização e o crescimento populacional fará com que mais 2,5 bilhões de pessoas passem a viver em grandes centros urbanos. A maior parte delas em cidades da Ásia e da África.
Mas isso é bom ou ruim? A resposta é: depende. É ruim porque pode representar condições de moradia piores, mais favelas, poluição, doenças e engarrafamentos. Mas não precisa ser assim. A concentração de pessoas em cidades de grande porte também pode representar investimentos menores em saneamento, melhor planejamento habitacional, transportes públicos de qualidade, um uso mais eficiente dos hospitais, das escolas, e uma coleta de lixo adequada.
A última edição do relatório “Perspectivas da Urbanização Mundial”, da ONU, conclui que o crescimento urbano nos próximos anos se dará principalmente na Índia, na China e na Nigéria. Os três representarão 37% de todo o aumento que deverá acontecer entre 2014 e 2050. Só a Índia deverá acrescentar 404 milhões de habitantes nas suas cidades. O equivalente a dois Brasis inteiros. Na China serão 292 milhões e na Nigéria 212 milhões.
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Veja o que já enviamosEsse aumento da população urbana vem se acelerando rapidamente nos últimos anos. Passou de 746 milhões, em 1950, para 3.9 bilhões em 2014. Até 2050 esse número deve superar os 6 bilhões. A quantidade de megacidades, aquelas que abrigam mais de 10 milhões de habitantes também aumentará. Havia apenas 10 destas cidades no mundo em 1990, hoje são 28. Duas estão no Brasil. São Paulo é a quinta maior cidade, com mais de 20 milhões de habitantes. O Rio fica em 17º lugar, com 12, 8 milhões. Tóquio lidera a lista, com 38 milhões. E deverá continuar assim até 2050. Seguida de Nova Deli, Xangai, Cidade do México e Mumbai.
Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ. Foi repórter de Cidade e de Política, editor, editor-executivo e diretor executivo do jornal O Globo. Também foi diretor do Sistema Globo de Rádio e da Rádio CBN. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1994, e dois prêmios da Society of Newspaper Design, em 1998 e 1999. Tem pós-graduação em Gestão de Negócios pelo Insead (Instituto Europeu de Administração de Negócios) e em Gestão Ambiental pela Coppe/UFRJ. É um dos criadores do Projeto #Colabora.