Niéde Guidon, meio século de luta na Serra da Capivara

Arqueóloga relembra sua trajetória na criação do parque, de dois museus e uma fundação que, hoje, seguem existindo com dificuldades e pouco apoio do governo

Por Cristina Serra | ODS 11 • Publicada em 13 de junho de 2020 - 08:38 • Atualizada em 11 de fevereiro de 2021 - 17:11

A arqueóloga brasileira Niéde Guidon vai comemorar um aniversário muito especial em 2020. Em meados do ano, ela completará 50 anos de trabalho ininterrupto na região do Parque Nacional da Serra da Capivara, idealizado por ela, no sertão do Piauí, local com a maior concentração de arte rupestre do mundo. Niéde só não lembra exatamente o dia em que chegou porque não tem mais o passaporte com o registro da sua entrada no Brasil, em 1970, decidida a começar as pesquisas arqueológicas na região. Sabe, porém, que foi no meio do ano porque veio nas férias do verão europeu. Na época, ela morava em Paris, onde estudou arqueologia, com especialização em arte rupestre. 

A vinda de Niéde para a região da Serra da Capivara revolucionou tudo o que se sabia até então sobre a presença humana nas Américas. Acreditava-se que o homem havia chegado no continente há cerca de 17 mil anos. As descobertas da brasileira, nascida em Jaú (SP), mostraram que essa saga pré-histórica começou muito antes, há mais cem mil anos. Niéde também criou a Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) – que administra o parque em parceria com o ICMBio – e dois museus: o Museu do Homem Americano e o Museu da Natureza, este em 2018. Tudo isso ajudou a mudar a realidade das comunidades do entorno do parque, com oferta de empregos para os moradores locais, o que valeu a ela até mesmo ameaças de morte de “coronéis” que exploravam trabalho semiescravo.

Niéde Guidon - foto Luis Paulo Ferraz
A arqueóloga Niéde Guidon: 50 anos de trabalho na Serra da Capivara (Foto: Luis Paulo Ferraz)

Apesar de meio século de contribuição científica e humanística, esta senhora, ainda firme e resoluta nos seus 86 anos, está lidando com dificuldades financeiras para a manutenção do parque e uma dramática redução no quadro de funcionários encarregados da manutenção das pinturas nos sítios arqueológicos. O baque maior veio com a perda de patrocínio de R$ 2 milhões da Petrobras, engolfada pelo escândalo investigado pela operação Lava-Jato. O número de funcionários caiu de 127 para 14. A parceria com o ICMBio para os próximos anos ainda está em processo de renovação.

Outro motivo de preocupação são as sequelas da chikungunya, doença que a deixou com problemas nas articulações. Niéde precisa de uma bengala para andar e não consegue mais dar as longas caminhadas pelo parque, como fez nesses últimos 50 anos, seguindo trilhas de caçadores para descobrir os sítios arqueológicos. Talvez por já ter adquirido a fibra do sertanejo, talvez por ser  “boa de briga” ou, quem sabe, pelas duas coisas, Niéde, não se deixa abater com facilidade e tem projetos que quer implantar na região. “Ainda tem muita coisa para descobrir aqui”, afirma.

Quando eu vim na primeira missão, eu levei os carvões para França para datar lá, e, quando eles dataram, a chefe do laboratório me chamou e disse: “Deve ter havido algum engano. Esse carvão não pode ser da América”

Em 2019, o parque recebeu 29.733 visitantes. “Temos condições de receber cinco milhões de pessoas por ano. Mas é preciso investimento”, diz a arqueóloga. Numa manhã de céu azul límpido, típico da caatinga, ela recebeu o #Colabora, antes da pandemia de covid-19, para uma entrevista exclusiva na quietude da sua casa simples, onde o silêncio só é quebrado pelos passarinhos que visitam seu jardim.

#Colabora: Como a senhora descobriu as pinturas rupestres da Serra da Capivara? 

Niéde Guidon: Em 1963, eu organizei uma exposição sobre arte rupestre no Museu do Ipiranga, em São Paulo. O prefeito de Petrolina viu a exposição e pediu para falar com o responsável, me chamaram e ele disse: “Olha, lá perto de Petrolina, no Piauí, tem esses desenhos”. Ele me mostrou umas fotos, e eu vi que eram completamente diferentes dos desenhos de Minas Gerais, que eu conhecia. Eu perguntei onde era, ele me deu todas as informações. Isso foi em abril e, quando chegou dezembro, eu tinha férias, peguei meu carro e vim. Só que tinha chovido muito e uma ponte do rio São Francisco tinha caído. Eu não pude passar e voltei pra São Paulo. Aí, veio 1964, e eu tive que ir embora para França. 

A senhora foi perseguida por causa do golpe de 1964?

Eu era da Universidade de São Paulo (USP). E tinha uma tia que tinha um amigo que era general. Um dia ele telefonou para ela e disse: “A Niéde tem que ir embora hoje porque ela vai ser presa”. Minha tia foi ao meu apartamento, me botou no avião, e eu fui embora. Não foi só comigo que aconteceu. Na época, pessoas que não tinham passado no concurso para professor da USP, que tinham ficado em segundo ou terceiro lugar, denunciaram os colegas que tinham sido aprovados para ficar com o lugar deles. Foi isso que aconteceu. Eu fui pra Paris. Ruth e Fernando Henrique também foram para lá, e nós organizamos um grupo de brasileiros e todo mês nos reuníamos para falar sobre a situação no Brasil. 

E quando a senhora pôde, enfim, voltar para conhecer os sítios arqueológicos do Piauí? 

Em 1970, eu vim numa Missão Francesa, com passaporte francês. Eu tenho a nacionalidade porque meu pai era francês. Fizemos um trabalho em Goiás e quando terminou vim até aqui, com uma colega minha, que também vivia na França. Chegando aqui, procurei as pessoas, me mostraram três ou quatro sítios, fiz as fotos e com essas fotos consegui que a França financiasse uma missão. A partir disso, todo ano eu vinha para cá nas férias de verão da Europa. Eu passava julho e agosto aqui com os meus alunos fazendo escavações. Vieram os franceses, mas eu também convidei antigos colegas da USP. Convidei botânicos, geólogos, zoólogos. Foi uma missão interdisciplinar.

Serra da Capivara - Luis Paulo Ferraz
Pinturas rupestres no parque da Serra da Capivara (Foto Luis Paulo Ferraz)

Quando viu os primeiros sítios, teve a percepção de que aqui no sertão do Piauí tinha algo de grande magnitude para a história da humanidade?

Sim. Eu estudei História Natural na USP e fiz Arqueologia em Paris, com especialização em arte rupestre. No curso de arte rupestre, o professor falava sobre as pinturas no mundo todo. Na América, as pinturas são como desenhos de criança, não têm perspectiva. Quando cheguei, vi que as pinturas daqui são completamente diferentes do que se dizia. Fiz as fotografias e consegui que a França criasse uma missão permanente no Piauí. A França mantém essas missões permanentes em todos os locais importantes para a arqueologia no mundo, como a Grécia, México e Peru. Eu fui chefe da missão daqui até a minha aposentadoria como professora da École des Hautes Études en Sciences Sociales. Agora, um colega meu de Paris continua a missão e vem todos os anos com os alunos dele fazer pesquisas aqui.

Em que momento a senhora percebeu que o que estava analisando aqui mudaria por completo o que se sabia até então sobre a presença do homem nas Américas?

Quando eu vim na primeira missão, que eu escavei, eu levei os carvões para França para datar lá, e, quando eles dataram, a chefe do laboratório me chamou e disse: “Deve ter havido algum engano. Esse carvão não pode ser da América”. Ela disse isso porque deu mais de 17 mil anos, não lembro exatamente quanto deu dessa primeira vez, e até então só tinha datação de 17 mil anos na América. Eu disse: “Pois é, mas o carvão é da América. Vou trazer mais no ano que vem”. E assim fui levando material e obtendo as datações. As datações mais antigas daqui são de 110 mil anos. Em arqueologia está tudo enterrado. Tudo que se descobre hoje, amanhã pode se descobrir outra coisa completamente diferente. Então, para começar, eu não fiz uma teoria. Não se pode fazer teoria em arqueologia porque hoje se descobre uma coisa, amanhã, outra. Simplesmente, eu publiquei os resultados de datações que tinham sido feitas todas em laboratórios da França. O Brasil ainda não tinha laboratórios para fazer essas datações. Alguns arqueólogos americanos, não todos, disseram que não era possível, que o homem entrou na América pelo estreito de Bering, há 17 mil anos. Portanto, não podia. Na França, na Europa, nunca fui contestada. Com o passar do tempo, isso mudou. Inclusive, há dois anos descobriram nos Estados Unidos um sítio com 160 mil anos. O sítio mais antigo hoje está nos Estados Unidos.

Qual era exatamente o tipo de dúvida que os americanos tinham em relação às suas descobertas?

Eles diziam que era impossível porque os humanos entraram por Bering há 17 mil anos e não poderiam ter entrado por aqui há 110 mil anos. Mas hoje, eles tem a datação de 160 mil anos. É o que eu digo, em arqueologia você não pode descobrir uma coisa e achar que aquilo é a verdade definitiva. Não. Tudo está escondido e é por isso que eu gosto da arqueologia. Nunca se sabe o que vai acontecer amanhã. 

Qual foi o material que permitiu a datação de 110 mil anos?

Quem fez essas datações foi um colega meu, francês, que vem todos os anos. Ele datou um sedimento e obteve essa datação bem antiga. É uma datação de sedimento. As que eu consegui na Pedra Furada foram de pedras que tinham sido aquecidas, que se chama de termoluminescência.

Esse homem que viveu aqui no Piauí há cerca de 100 mil anos veio de onde?

Quando eu cheguei aqui e andava por aí, ainda havia índios que viviam escondidos onde hoje é a área do parque, nos anos 1970. Muitos índios tinham sido assassinados pelos brancos na região. Eu vi esses índios, e observei que as características deles eram africanas. Não tinham nada de asiático. O homem daqui veio da África. Na Bahia, hoje, também já tem sítios com vestígios de características africanas. Também na América do Sul foram descobertos sítios e está comprovado que os primeiros homens que chegaram aqui vieram da África. No México, faz uns dois anos, descobriram um esqueleto de uma jovem de 17 anos, fizeram exame de DNA e descobriram que ela tem DNA africano e asiático. Os africanos chegaram aqui pelo Nordeste, e os asiáticos por Bering. Eu escrevi para o governador do Piauí (Dirceu Arcoverde), pedindo a criação do parque. Quatro anos depois foi criado (em 1979) por um decreto do (presidente) Figueiredo. Eu conhecia os sítios de arte rupestre da Europa e da África, e eu vi a importância dos sítios daqui, a diferença que existia em relação aos outros. Então, fui falar com o Itamaraty e com a Unesco. Primeiro com o Itamaraty, dizendo que precisava pedir à Unesco para que fosse patrimônio mundial. O Itamaraty me deu um passaporte de embaixador para eu ir na Unesco. Na primeira apresentação, o pedido foi aprovado e, em 1991, o parque foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade.

Como é a sensação de fazer uma escavação e encontrar um esqueleto que lhe dá informação da presença humana de milhares de anos?

Tem que empregar tanta técnica, tanto cuidado. Você fica tão ocupada com tudo isso, tem que fazer toda a documentação, de como encontrou… Quando você começa a escavar, você tem as camadas de terra que foram se depositando. Então, você sabe que, nas primeiras, tem coisas recentes, mas, quando você encontra uma coisa a 4 ou 5 metros de profundidade, você já sabe que é muito antigo porque demora pra depositar tudo isso.

A senhora já fez o parque e os dois museus aqui. Ainda tem projetos para o futuro?

Estou atrás de dinheiro para atualizar o Museu do Homem Americano, que foi atualizado 10 anos atrás. Como a pesquisa continua sempre, foram descobertas muitas coisas, que nunca tinham aparecido na América e que a gente quer mostrar. O governo nunca deu o dinheiro que deveria dar por ser um Patrimônio da Humanidade. Mas nós tínhamos o apoio da Petrobras, que nos dava R$ 2 milhões por ano. Com isso, nós tínhamos 110 funcionários e 17 pessoas que faziam a manutenção da arte rupestre, tiravam cupim, abelhas que estavam em cima das pinturas. Tinham carro para percorrer o parque, então era muito bem mantido. Eu trouxe um especialista da França que ensinou como fazem para proteger a arte rupestre lá. Aí, vocês sabem o que aconteceu com a Petrobras… Hoje, são três pessoas que fazem esse trabalho. Vão com a motocicleta deles porque não tem mais carro. E dos 110 funcionários agora são 11. A vigilância nas guaritas é de uma empresa terceirizada contratada pelo ICMBio.

O que precisa fazer para atrair mais visitantes? 

Eu visitei patrimônios da humanidade no mundo inteiro. A primeira coisa que os governos faziam ao ter um patrimônio da humanidade declarado é um aeroporto e bons hotéis. No parque, nós temos condições de receber cinco milhões de pessoas por ano. Mas é preciso investimento. Tem que ter voos para cá. Eu briguei pelo aeroporto. Construíram um aeroporto que custou um dinheirão, foi inaugurado, mas teve um problema na pista e não funciona. O problema é a mentalidade. Muita gente ainda me pergunta: “Por que a senhora gosta tanto dos desenhos que aqueles bichos pelados deixaram aí”? Essas pessoas acham que foram os índios que deixaram as pinturas e chamam os índios de ‘bichos pelados”!

Ainda tem sítios a serem descobertos aqui?

Aqui, cada vez que se vai a um lugar onde nunca se andou, coisas novas são descobertas. Tem pintura para todo lado. O parque é muito grande, Tem muitos vales e montes de acesso difícil, inclusive tem alguns sítios que as pinturas estão lá em cima, então tem muita coisa ainda. Agora, nós temos a Universidade do Vale do São Francisco, que tem o curso de Arqueologia e o curso de Ciências da Natureza (A Univasf foi criada em 2002 e o campus de São Raimundo Nonato, na região da Serra da Capivara, em 2008). Os professores e os alunos vão continuar com a pesquisa no parque. 

A senhora não faz mais o trabalho de campo?

Eu tive um problema de saúde muito grave e passei 13 anos tomando cortisona, com diagnóstico errado. Isso acabou com a minha saúde. Engordei não sei quantos quilos. Eu tossia muito, e o médico de Teresina dizia que era alergia. Até que fui a São Paulo, e a médica que fez os exames descobriu que era uma infecção que eu tinha pego aqui. Na época, anos 1980, não tinha médico aqui, eu não tratei direito uma gripe e fiquei com um problema infeccioso no pulmão. Ela me tratou e pronto. Mas o que a cortisona fez não tem volta. Depois, em São Paulo, eu peguei dengue, zika e chikungunya. Fiquei sem tratar, e o resultado é que não tenho mais cartilagem nas articulações e só posso andar com bengala. Antigamente, eu ia para o parque às seis da manhã e voltava às seis da tarde. Andava quilômetros a pé. Todos os sítios foram descobertos antes das estradas. Eu andava tudo por ali. As estradas foram feitas depois. Descobrimos os sítios seguindo trilhas de caçador. Eu ia com o pessoal daqui, muitos tinham sido caçadores e me levavam. O parque é muito bonito.

Serra da Capivara - Luis Paulo Ferraz
Em 2019, o parque e os museus da Serra da Capivara receberam menos de 30 mil visitantes (Foto Luis Paulo Ferraz)

Nesses 50 anos, quais as maiores dificuldades para implantar o seu trabalho? Como foi botar tudo isso de pé?

Dinheiro sempre foi problema. Mas, no começo o mais difícil foi que políticos locais usavam a população em trabalho escravo. Botavam as pessoas para tirar calcário para fazer cal e não pagavam a elas. Davam só comida. Quando eu comecei a trabalhar aqui, eu fui vendo essas coisas e comecei a dar trabalho para essas pessoas e pagava. Os políticos ficaram muito chateados com isso. Um dia, uma das pessoas que trabalhava para mim me mostrando os sítios, me avisou que tinha sido procurado por gente ligada a um político. Disseram que se ele me matasse ele ganharia uma quantia em dinheiro. Ele me disse: “Cuidado, que estão contratando alguém para matar a senhora.” Eu fui na casa do político e disse: “Olha, eu sei que você tá fazendo isso e que você vai conseguir. Mas só quero te dizer uma coisa, avisei meus amigos do Rio de Janeiro que, se eu morrer, é para eles mandarem vir alguém lá da Rocinha para acabar com você e toda a tua família.” Eu também mostrei o extrato de uma conta que eu tinha em Nova York e disse que aquele dinheiro seria para matar ele e toda a família dele. Aí, acabou. Nunca mais. Agora, quando ele me encontra, me chama, “doutora…”

Ele ainda é vivo? Pode falar o nome dele?

É vivo, mas é melhor deixar pra lá. Ele continua sendo político. 

A senhora não ficou com medo? 

Depois parou. As pessoas entenderam que teria trabalho para as famílias. Eu vinha da França e ficava aqui em julho e agosto. Contratava umas 15 a 20 pessoas e o que eles ganhavam naqueles dois meses eles diziam que dava pra viver o ano todo. Eles viviam do que plantavam. E eu já passei aqui cinco anos sem uma gota de chuva. Então, o ano que chovia, eles tinham comida. Quando não chovia, não tinham comida, tinham que tentar caçar. Sempre fui muito bem recebida pela população local, que é muito acolhedora. Uma vez, na casa de uma senhora, ela me disse “me desculpe que não tenho nem água pra lhe oferecer”. Ela ia buscar água a 10 km de casa. Aqui, quando chega a seca, só tem água em algumas lagoas que sobram. 

Em algum momento a senhora achou que não conseguiria realizar seus projetos aqui em função dessas dificuldades? 

Nunca. Quanto mais brigam comigo, mais eu brigo. Eu gosto de brigar (risos). Nunca pensei em desistir.

Cristina Serra

Trabalhou nas redações dos jornais Resistência, Leia Livros e Jornal do Brasil, da revista Veja e da Rede Globo. Cobriu o desastre de Mariana, em 2015, para o Fantástico. Escreveu o livro "Tragédia em Mariana - A história do maior desastre ambiental do Brasil" (Record).

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3 comentários “Niéde Guidon, meio século de luta na Serra da Capivara

  1. Rosemary Vitória Melo Pereira disse:

    Adorei a reportagem! Parabéns por ela, Cristina Serra! A professora Niéde Guidon merece essa e muitas outras entrevistas e reportagens com o seu trabalho, pois ambos são excepcionais. Que as autoridades competentes não abandonem aquele espaço arqueológico tão valioso pra todos nós e pra toda humanidade.

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