Aída Aparecida Kiwtch não conseguia comer por conta de uma lesão da mucosa da boca e as aftas provocadas pela mucosite decorrente do tratamento quimioterápico. A anemia profunda é um dos efeitos colaterais da quimioterapia, o que, muitas vezes, pode levar à morte. Aída voltou a comer e parou de sentir dores depois que passou a frequentar o Instituto Sorrir para Vida, onde começou a fazer sessões de laserterapia.
Como a médica oncologista trabalhava na Santa Casa, em São Paulo, ela começou a indicar os primeiros pacientes para o recém criado Instituto Sorrir para Vida. Inicialmente os atendimentos eram realizados no consultório particular da dentista Marisa Helena. “O movimento começou a crescer, porque os pacientes rapidamente começaram a sentir os efeitos do tratamento com laser e voltaram a se alimentar”, lembra. Quase uma década depois, o tratamento ainda não está disponível no serviço público para atender a demanda que existe hoje no mercado, analisa Danielle Vanzella, coordenadora do Instituto Sorrir para Vida.
Depois de muitas conversas, Vanessa e Marisa Helena iniciaram um trabalho voluntário para atender pacientes que sofriam com a mucosite, mas que não tinham recursos financeiros para tratar o problema. Como a médica oncologista trabalhava na Santa Casa, em São Paulo, ela começou a indicar os primeiros pacientes para o recém criado Instituto Sorrir para Vida.
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Veja o que já enviamosUm desses casos foi um paciente adulto, que tinha um dente no céu da boca, e que, graças ao trabalho do Instituto, corrigiu o problema.
Um ano depois, em 2007, Vanessa começou a atender os pacientes no seu próprio consultório, no bairro de Santana, na zona Norte de São Paulo. “O movimento começou a crescer, porque os pacientes rapidamente começaram a sentir os efeitos do tratamento com laser e voltaram a se alimentar”, lembra. Uma década depois, o tratamento ainda não está disponível no serviço público para atender a demanda que existe hoje no mercado, analisa Danielle Vanzella, coordenadora do Instituto Sorrir para Vida.
Com o tempo, o Instituto Sorrir para Vida deixou de atender exclusivamente pacientes oncológicos e ampliou o serviço para pessoas com necessidades especiais, o que incluí, por exemplo, autistas, pessoas com deficiências físicas, HIV, Síndrome de Down, entre outros.
Atualmente, o Instituto Sorrir para Vida trabalha com 11 dentistas voluntários que realizam, em média, 150 atendimentos por mês. Alguns casos clínicos tratados na instituição foram transformados em estudo de caso e apresentados em congressos internacionais como, por exemplo, o da Associação Latinoamericana de Odontologia para Pacientes Especiais (Alope), que ocorreu no Chile, em 2015. Um dos trabalhos apresentados neste congresso foi de Ortodontia em Síndrome Ehlers Danlos. Um paciente de 13 anos, apresentou erupção ectópica do dente, ou seja, um dos dentes, erupcionou no lugar do outro. O problema foi corrigido pelos profissionais de ortodontia do Instituto.
O trabalho procura atender casos, que, muitas vezes, não aparecem na literatura e, por isso, considerados difíceis de tratar. No caminho, descobre-se que existem soluções possíveis que permitem às pessoas viverem melhor.