ODS 1
Precisamos cuidar da nossa jovem democracia
Nas vésperas de mais uma eleição, é importante lembrar, preto no branco, o quanto nos custou chegar até aqui
Por que falar da eleição de 1989 em pleno 2020? Por que mostrar imagens em branco e preto, com mais de 30 anos, de personagens que, ou estão mortos ou já passaram dos 70? Exatamente para lembrar como é jovem e frágil a nossa democracia, como ela por vezes é maltratada e quanto nos custou chegar até aqui. Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, um renomado frasista, disse certa vez que “ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que ela é a pior forma de governo, salvo todas as demais que têm sido experimentadas de tempos em tempos”.
Por aqui, foram 25 anos de espera para que os brasileiros voltassem a escolher, diretamente, o seu presidente. Muitos morreram e foram perseguidos por lutarem por este direito. Estas imagens, de um tempo em que não havia urna eletrônica e nem covid-19, mostram personagens importantes dessa batalha, como Ulisses Guimarães e Covas. O Mario, não o Bruno. Leonel Brizola, outro frasista de saudosa memória, e o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, que dava os seus primeiros passos na política. Mas elas mostram, principalmente, o povo nas ruas, a festa das urnas, a alegria do voto. Aquela sensação boa de liberdade, de poder escolher o próprio caminho. Lembre-se disso amanhã. Não desperdice o seu voto: vote certo!
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Custodio Coimbra
Fotógrafo de imprensa há 36 anos, Custodio Coimbra, 61 anos, passou pelos principais jornais do Rio e há 25 anos trabalha no jornal O Globo. Nascido no Rio de Janeiro, é hoje um artista requisitado entre colecionadores do mercado de fotografia de arte. Além de fotos divulgadas em jornais e revistas mundo afora, participou de dezenas de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Tem sua obra identificada com a história e a paisagem do Rio de Janeiro.