ODS 1
Portas abertas para a diferença
Lar Ternura
Com a intenção de ajudar mães que, como ela, tinham pouca informação e nenhuma ajuda para criar seus filhos portadores de necessidades especiais e precisavam trabalhar, Emma de Carvalho abriu as portas de sua casa, ainda na década de 1970, em Moema, São Paulo. À medida em que o trabalho foi ficando conhecido e o número de crianças não parava de aumentar, Emma buscou apoio da prefeitura e de empresários. Conseguiu construir um espaço no mesmo bairro onde morava e, dez anos depois, nascia oficialmente o Lar Ternura.
Atualmente situada na Rua Inácio Cervantes, 630, no bairro paulistano Parque Ipê, a instituição mantém 21 pessoas, com idades entre 19 e 57 anos. Todos são oriundos de famílias de baixa renda ou estão em situação de risco social.
[g1_quote author_name=”Sílvia Marisa Rossi” author_description=”administradora do Lar Ternura” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Na atual situação do país, as doações caíram muito. Em nosso primeiro evento deste ano, a arrecadação, infelizmente, ficou aquém do que esperávamos. Não temos ajuda governamental, então temos que nos reinventar diariamente para manter a instituição
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Veja o que já enviamos“Entre nossos assistidos temos portadores de Síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral e síndrome de Rett”, explica Sílvia Marisa Rossi, administradora do Lar Ternura. “Não localizamos os parentes de todos eles. Com os que conseguimos entrar em contato, fazemos reuniões mensais, com o objetivo de ampliar e fortalecer o vínculo familiar. O trabalho que desenvolvemos com eles é voltado para educação, reabilitação, cultura, esporte, lazer e autonomia”.
Após a morte de Emma, em 1997, o projeto continua graças à colaboração de voluntários, que antes de serem são designados para alguma função passam por entrevista com uma psicóloga. Embora a instituição já tenha enfrentado inúmeras dificuldades nessas quatro décadas, este início de 2017 é visto pelos colaboradores como um dos momentos mais difíceis financeiramente. As principais fontes de arrecadação vêm de bazares, eventos e doações.
“Na atual situação do país, as doações caíram muito. Em nosso primeiro evento deste ano, a arrecadação, infelizmente, ficou aquém do que esperávamos. Não temos ajuda governamental, então temos que nos reinventar diariamente para manter a instituição. Nossa maior dificuldade hoje é a falta de dinheiro para pagar salários e impostos”, diz Silvia.
A instituição dispõe de uma caminhonete para buscar doações. A necessidade maior é de alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, óleo, açúcar, café e macarrão. Além de produtos de limpeza e itens hospitalares, como luvas, usados diariamente. A instituição também recebe brinquedos, roupas, acessórios, móveis e eletrônicos, para serem vendidos nos bazares que acontecem frequentemente na sede. Doações em dinheiro podem ser feitas na conta do Banco Itaú, agência 0265, número 61233-3, ; ou na conta corrente do Bradesco, agência 2799-5, n° 10553-8.
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É jornalista formada pela PUC-Rio. Há três anos se divide entre Rio de Janeiro e São Paulo, dependendo de onde esteja a notícia. Já trabalhou em "O Globo", no "G1", na TV Globo. Buscando entender as transformações pelas quais a mídia está passando, trabalhou na Artplan como coordenadora de conteúdo, aliando jornalismo à publicidade.