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Marina Silva ainda reafirmou o compromisso da presidência da COP em elaborar dois “mapas do caminho”: um para "deter e reverter o desmatamento" e outro para promover "uma transição para longe dos fósseis [que seja] justa, ordenada e equitativa". Os dois mapas, disse a ministra, serão "guiados pela ciência e serão inclusivos".
Ela enfatizou ainda que esta foi a COP realizada “no coração da Amazônia”, sublinhando o reconhecimento do papel de povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes, o lançamento do TFFF como mecanismo inovador para valorizar quem conserva florestas tropicais, o compromisso de triplicar o financiamento para adaptação até 2035, o avanço no alinhamento das NDCs com desenvolvimento e investimento e o fato de 122 Partes terem apresentado novas metas até 2035.
Ao mesmo tempo, considerou que os progressos são “modestos” diante da missão de manter 1,5 °C vivo e que os indicadores globais de adaptação ainda precisam ser aperfeiçoados.
Em uma fala emocionada, Marina disse que, apesar dos atrasos, contradições e disputas, ainda há continuidade entre a ambição da Rio 92 e o esforço presente, e encerrou agradecendo por “visitarem a nossa casa”, a Amazônia.
"Talvez não tenhamos recebido como vocês merecem, mas recebemos da forma como nós achamos que é o nosso gesto de amor à humanidade e ao equilíbrio do planeta", concluiu.
De um lado, várias delegações reforçaram apoio ao plano, à igualdade de gênero e ao empoderamento de mulheres e meninas nas políticas climáticas, aceitando a integração da perspectiva de gênero e o uso de dados desagregados como parte essencial da ação climática.
Mas alguns países registraram reservas: o Paraguai declarou que entende “gênero” exclusivamente como referência aos sexos feminino e masculino definidos biologicamente; a Argentina afirmou que, para fins deste documento, gênero deve ser lido conforme a definição do artigo 7.3 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional; e a Rússia enfatizou que a implementação do plano é um direito soberano, que gênero se refere apenas a homens e mulheres com iguais direitos e oportunidades, reforçando ainda que casamento, segundo sua legislação, é a união entre um homem e uma mulher.
Essas posições, favoráveis e críticas, foram lidas uma a uma após a adoção do plano, para que as diferentes interpretações e objeções fiquem registradas oficialmente na COP.
Evento foi interrompido após pedido de moção apresentado por países latino-americanos e União Europeia questionando redução do número de indicadores para adaptação.
Entrevista: Fábio Bispo
Foto: Luis Ushirobira/InfoAmazonia
Panamá, Uruguai, Colômbia e Serra Leoa estão entre os países que fizeram objeções aos indicadores da Meta Global de Adaptação. As delegações disseram que o processo de aprovação dos documentos não foi transparente e os procedimentos não foram seguidos.
"Eu, como presidente da COP30, portanto criarei dois roteiros: um para deter e reverter o desmatamento e outro para promover a transição para longe dos combustíveis fósseis de maneira justa, ordenada e equitativa", disse.
Como alternativa, presidência da COP30 diz que trabalhará na criação desses dois mapas, como iniciativa própria.
Plenária da COP30 chega a acordo sobre todos os textos que estavam em negociação. Os mais comemorados pela sociedade civil foram sobre um mecanismo para transição justa e um outro que cria indicadores para a adaptação dos países à crise climática.
Fotos: Luis Ushirobira/InfoAmazonia
