ODS 1
Conheça 5 casas e uma plataforma que oferecem abrigo para LGBTs
Iniciativas se espalham por todo o país, e até uma plataforma digital conecta os que precisam aos que querem ajudar
Quando o tema é orientação sexual ou gênero, o próprio lar pode ser um espaço tão cruel quanto o mundo lá fora, e a rua acaba tornando-se a única opção. Diante de muitas histórias de pessoas que ficaram sem ter onde morar – apenas por serem quem são –, militantes se espalham pelo Brasil organizando casas de acolhimento, que, às vezes, funcionam sob o próprio teto. A necessidade é tão grande que até uma plataforma digital foi criada para conectar os que precisam aos que oferecem ajuda.
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Referência no Rio de Janeiro, a Casa Nem, abriga 35 pessoas no momento, já recebeu mais de 65 e ainda atende 250 pessoas em situação de rua com refeições. Tem quem viva no local desde que foi fundado, há um ano e meio. À frente, está Indiana Siqueira, de 46 anos. Por ser travesti, sentiu na pele o que é morar nas ruas de São Paulo: “Há muito tempo tentava [criar a casa] e hoje é uma realidade. Se tiver que sair daqui e ir para outro lugar, ela não deixará de existir”, conta ela acrescentando que além da Lapa, há uma em Mesquita, na Baixada Fluminense, e a Zona Oeste do Rio deve ganhar, até dezembro, um espaço em Santíssimo.
[g1_quote author_name=”Jaqueline de Castro, 24 anos” author_description=”Moradora da Casa Nem” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Quero dar um chega de trabalhar na rua à noite, quero trabalhar com o dia
[/g1_quote]A travesti Jaqueline de Castro, de 24 anos, é uma das atuais moradoras da primeira Casa Nem. A paulista queria recomeçar a vida no Rio, mas acabou nas ruas e abrigos. Ela conheceu o projeto através de um amigo, que a convidou para o Natal. Mudou-se no início do ano e, neste momento, se dedica aos livros: “Quero dar um chega de trabalhar na rua à noite, quero trabalhar com o dia”, Jaqueline que divide-se entre cabeleireira e prostituta.
Na casa, quem quer voltar a estudar pode ingressar no Prepara Nem, cursinho preparatório para o ENEM voltado para pessoas LGBT, que é aberto também para o público. O projeto está presente também em Niterói e inspirou outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. Outra iniciativa é o Costura Nem, uma oficina de moda: “Fazemos tudo reaproveitando peças de roupas doadas para não produzir ainda mais lixo”, conta Indianara, que teve o próprio vestido de noiva confeccionado nas aulas.
A realidade paulistana
Em São Paulo, quem precisa pode recorrer à Casa 1. O projeto tocado pelo jornalista Iran Giusti, de 28 anos, funciona desde janeiro, mas desde 2015, ele, que é gay, decidiu receber LGBTs em seu apartamento. Atualmente, 12 pessoas moram no local, que já abrigou 24. Segundo Iran, a procura é grande por parte de jovens de 18 a 24 anos, de origem periférica. Ele conta com a ajuda de uma rede 40 voluntários, sendo três fixos e remunerados com uma bolsa de R$ 800: “Temos aulas de inglês, cursinho preparatório do ENEM, laboratórios de dança, performance e teatro, e atendimentos psicossociais”.
[g1_quote author_name=”Marcel Borges” author_description=”Morador da Casa 1″ author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]A Casa 1 fez mudar a visão de militância. É colocar a mão na massa, é fazer a diferença na vida das pessoas
[/g1_quote]Ex-morador da Casa 1, o estudante de pedagogia Marcel Borges, de 26 anos, ainda está se acostumando com o fim da sua acolhida. Homem trans, ele morou por três meses no local – tempo máximo permitido: “Saí de casa por falta de entendimento da minha família. Hoje divido uma casa com uma amiga e tive uma reaproximação com meus pais. Foi importante para entender este momento [de transição] e ter tempo para me estabilizar”.
No futuro, Marcel quer ser voluntário, pois sente “uma dívida”: “A Casa 1 fez mudar a visão de militância. É colocar a mão na massa, é fazer a diferença na vida das pessoas”. Não só quem é ajudado sente uma mudança interna. O próprio Iran revela: “A Casa me trouxe milhões de perspectivas de vida muito diferentes e o entendimento de que existem muitos jeitos de viver”.
Plataforma inspirada no Airbnb
De olho na vontade de quem quer ajudar e na dificuldades de achar um espaço quando se precisa, um grupo de oito estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) criou o plataforma Mona Migs. O embrião surgiu em abril de 2016, quando a instituição promoveu um hackaton, evento no qual grupos precisavam criar uma startup em 54 horas. Eles foram atrás de financiamento coletivo e conseguiram R$ 22.997.
O grupo fez uma pesquisa e descobriu que 75% dos homossexuais tinham medo de ser expulsos de casa, e 60% disseram conhecer alguém que já ficou sem abrigo. Por outro lado, 55% dos consultados afirmaram que acolheriam uma pessoa LGBT. O ponto mais sensível na criação do projeto foi a segurança: “Foi o que mais nos tomou tempo de planejamento. Mas percebemos que não uma há forma acurada de garantir isso. Fizemos algumas recomendações”, conta Wallace Soares, que trabalha na programação. Entre elas estão adicionar nas redes sociais e marcar o primeiro encontro público.
A plataforma é inspirada em gigantes como Couchsurfing e Airbnb e já está liberada para Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia. Em breve, deve expandir para outros estados. O Mona Migs funciona por geolocalização, encontrando a pessoa mais próxima disponível, e conta com um chat integrado. Atualmente há 96 usuários no total, sendo 71 deles acolhedores. O número só tende a crescer.
Na Bahia e no Amazonas, projetos precisam de sede
Enquanto no Rio e em São Paulo os projetos já possuem espaço próprio, no Norte e no Nordeste, iniciativas correm atrás de apoio. Em Salvador, na Bahia, a Casa Cristal Lilás, após uma década de trabalho, ainda funciona na casa da ativista Sandra Muñoz, de 44 anos. Ela, que dá apoio não só à LGBTs, mas mulheres heterossexuais cisgêneras também, conta que a primeira pessoa que abrigou foi uma mãe: “Estava na rodoviária, e vi que ela estava chorando com um bebê no colo. Ela disse que fugiu de casa no interior e precisava conseguir falar com a mãe para voltar para o Pará. Ficou mais de um mês até ter dinheiro para ir embora”.
Sandra, no momento, acolhe 15 pessoas, mas calcula que já recebeu mais de 300 só na metade de 2017. Ela conta com a ajuda de uma rede que oferece psicólogo, assistente social, e advogado: “Às vezes, as pessoas vêm correndo e estão sem documento, sem roupa. Tem gente que precisa só de uma noite para esfriar a cabeça e conseguir falar com alguém”.
Em Manaus, o grupo Manifesta LGBT+ lançou este mês uma campanha de financiamento coletivo para tirar do papel a Casa de Acolhimento LGBT+, a primeira no Norte do país. A ideia foi inspirada na Casa 1: “O marco principal foi a quantidade de pessoas próximas que começaram a nos notificar o abuso emocional que estavam sofrendo dentro de casa”, conta o presidente Gabriel Mota. Este ano, foram 12 casos.
Eles pretendem não só acolher, mas articular junto com o poder público e o setor privado para reinserir as pessoas na sociedade, no mercado de trabalho e na família. Para isso, querem oferecer serviços de capacitação e cidadania a quem estiver abrigado com uma rede de voluntários.
Como ajudar?
Além da iniciativa amazonense, os outros projetos também buscam no financiamento coletivo formas de se manterem ativos. A Casa 1, realizou um financiamento coletivo, mas o próprio Iran continua financiando parte das despesas: “Conseguimos 112 mil reais que financiou um ano de aluguel da casa e do centro cultural. A gente tem um gasto médio de R$ 12 mil reais mensais, 60% vêm do financiamento recorrente e 40% eu pago”.
Já a Casa Nem surgiu da ocupação de um espaço que antes era usado por outro coletivo. Mas não sem conflito. Até hoje, o contrato de aluguel do espaço – que está quatro meses atrasado – não está no nome de Indianara. Para levantar fundos, o espaço promove festas, vende produtos da oficina de moda Costura Nem, e recebe doações. Indianara, que também tira do próprio bolso, reclama que, para conseguir verbas através de projetos, existe muita burocracia: “Poderíamos ter apoio por financiamento, mas sem tanta cobranças que eu chamo de cisgêneras. Poderiam confiar um pouco mais e ver o que podemos fazer”
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Jornalista formada pela PUC-Rio com MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Trabalhou no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e nos jornais O Globo, Extra e Expresso. Atualmente é freelancer e colabora com reportagens para jornais e sites.
Em Minas Gerais tem dois projeto rolando também, a casa TransVest e a Ecovila Pangeia!
Po boa noite eu sou marco Martins do rio de janeiro de Jacarepaguá gostei do projeto quero visita a casa eu sou gay hj com 46 anos graças a deus .
Opa gente boa noite parabéns pelo projeto estou precisando de ajuda tbm quero sai das ruas com urgência não aguento mas
No Paraná em Sarandi tem uma casa que já desenvolve o projeto de casa de acolhimento. 8 anos. Atualmente eles estao funcionando na cidade de Sarandi, tem capacidade de acolher até 15 pessoas. E estão em busca de convênio parceira. Para aumentar as vagas. Esse tempo todo viveram e vivem esse tempo só com doações.
Oi boa noite sou o nathan e fui expulso de casa … tenho em média uma semana pra sair e espero que possam me ajudar .. agradeço qualquer coisa em enviem pelo WhatsApp (28) 999297001
Me chamo Herbson sou gay, vim para sao paulo sou do amazonas,vim para sao paulo embusca de trablho nao consegui moro com namorado mas nao aguento ser espancado…. ja cheguei a ponde de surta e querer me matar nao aguento mas viver com um homen que me bate so quero um lugar pra mim ficar e conseguir um emprego pra mim…. nao temho familia aqui em sao paulo… sou so eu e deus…. por favor alguem me ajuda…. nao tenho pra onde ir ja me espusou varias vezes….. temho 19 anos de idade me chamo herbson meu whats ê 092984084516… meu celular é 011975222256… so quero sair daqui nao aguento mas viver assim sempre apanhando
Como faz para conseguir morar na casa existe alguma burocracia?
Nossa amigo que situação! Tente aguenta mais um pouco até encontrar um emprego e poder sair… Ou se vc procura a casa 1…eles acolhem apenas dos 18 anos aos 25 por aí.
como eu faço para morar na casa porque eu estou desempregado e preciso de um lugar para ficar
Boa tarde! me chamo Priscila tenho 36 anos, tenho três filhos 18 20 e 21 sou assumida lésbica há 18 anos, antes de ser mãe eu cuidava de crianças, comecei a trabalhar de cuidar dos filhos dos vizinhos com 10 anos de idade, parei depois que tive os meus, gosto muito de crianças e queria ter oportunidade de trabalhar com crianças, porém a gente sofre muito preconceito na área de trabalho às pessoas ache que por somos gays vamos sair estrupando as crianças e isso me dói muito de verdade as pessoas não entendem que a nossa opção sexual não tem nada a ver com pedofilia, minha amiga me indicou pra trabalhar com duas crianças a moça não me quis pq sou sapatão, ela não falou mais eu senti, de verdade estou me sentindo um lixo estou arrasada ser lésbica não é doença mais as vezes eu me sinto como se tivesse um doença bem contagiosa seu lá eu não queria ser lésbica mais eu sou e isso já me fechou muitas portas e de certa forma destrói meu coração como pessoa, como ser humano
como eu faço para morar na casa porque eu estou desempregado e preciso de um lugar para ficar meu whatsapp 11946862943
Se vc tem até 25 anos vc pode ir na casa 1 que eles te acolhe.
Só contar sua situação amigo.
Olá gostei de saber que existem locais para acolher pessoas que precisam de ajuda financeira e emocional. Também sofro muito por conta do preconceito dos meus pais mas não tenho para onde ir . Sou do Rio de janeiro e gostaria de saber como obter ajuda nesses locais de acolhimento .
eu queria saber como eu fasso pra mora la nesta casa de apoio ??
que nao emtendi?
Oi Boa tarde, gostaria de saber como faço para morar na casa ou no acolhimento, sou do interior do Amazonas da cidade de Coari, quero ir para Manaus e não tenho onde ficar, estou desempregado.
Meu número de contato e Whatsapp 097981180073
Como faço para ter contato com vc
Oi bom dia, gostaria de saber como faço para morar na casa ou no acolhimento, Também sofro preconceito por conta dos meus pais, Porque sou uma mulher Trans, Mas não tenho para onde ir não, Sou do Rio Grande do Norte, E gostaria de saber como obter ajuda nesses locais de acolhimento
Oi bom dia, gostaria de saber como faço para morar na casa ou no acolhimento, Também sofro preconceito por conta dos meus pais, Porque sou uma mulher Trans, Mas não tenho para onde ir não, Sou do Rio Grande do Norte, E gostaria de saber como obter ajuda nesses locais de acolhimento, Eu vou deixar meu número do Whatsapp: 084 998364852
Oi boa noite sou o nathan e fui expulso de casa … tenho em média uma semana pra sair e espero que possam me ajudar .. agradeço
Por favoooooor, preciso de ajuda, meus pais vão me expulsar de casa por eu ser gay, preciso de ajuda, conversam comigo?
Whatsapp 37 998367192.
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Boa tarde gostaria de saber onde é essa casa tbm gostaria porque sofro preconceitos da família e não me aceitam
Oii sou mulher trans 35 anos trabalho como cabeleireira ,ajudo na minha casa c as despesas ,mas sofro muito por conta do meu pai evangélico e de familiares que são conservadores no momento gostaria de ir pro Rio de janeiro trabalhar na minha área que é da beleza,seria bom se a instituição pudesse me acolher para eu poder iniciar minha vida no Rio.
Por favor me dêem uma oportunidade de moradia e trabalhando eu vou arcar c minhas despesas .
POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA… EU NÃO TENHO PRA ONDE IR… SOU LÉSBICA E SOZINHA NA VIDA ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR MEU WHATS É 13 996946357
Eu pedido de uma liga para mora
Bom dia….Sou uma Trans-mulher, transex e gostaria de saber onde fica a casa de Acolhimento em Mesquita…..Desejaria imensamente em me assumir “Mulher” definitivamente e sair do armário de vez …. Por favor me informem o endereço da Casa Nem em Mesquita e muitíssimo Obrigada
Olá boa noite meu nome é Karlos estou precisando de ajuda por favor me ajudem (31)996667393 wats
(31)987040826