Diário da Covid-19: As lições do sucesso da Nova Zelândia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em uma conferência de imprensa anunciando as medidas duras de combate ao coronavírus. Foto Mark Mitchell/AFP

País da Oceania mostra como a liderança carismática, a determinação, a transparência e a união nacional podem derrotar o coronavírus

Por José Eustáquio Diniz Alves | ODS 3 • Publicada em 25 de maio de 2020 - 09:34 • Atualizada em 20 de dezembro de 2021 - 15:24

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em uma conferência de imprensa anunciando as medidas duras de combate ao coronavírus. Foto Mark Mitchell/AFP

A Nova Zelândia está conseguindo controlar e eliminar os efeitos nocivos do novo coronavírus. O país tem 1.504 casos confirmados da covid-19, mas no mês de maio apresentou uma média de apenas um caso por dia. Tem apenas 21 vítimas fatais, sendo que houve duas vidas eliminadas no mês de maio, uma no dia 01/05 e outra no dia 06/05. Portanto, desde o dia 07 de maio não há sequer um neozelandês que perdeu a vida para o coronavírus.

Para efeito de comparação, a cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, tem 1,2 mil casos e 182 vítimas fatais, sendo 43 somente na última semana (o dobro do número total da Nova Zelândia). O coeficiente de mortalidade é de 4 vítimas por milhão de habitantes no país da Oceania e de 198 por milhão de habitantes na cidade da baixada fluminense (cerca de 50 vezes maior). Assim, é necessário olhar para a Nova Zelândia que zerou o número de falecimentos, fato extraordinário para nós brasileiros, em especial, neste momento (24/05) em que o Brasil acaba de ultrapassar os EUA em número diário de óbitos pela covid-19.

Por trás deste sucesso neozelandês está um povo unido e decidido e, principalmente, uma liderança política forte e inspiradora. A primeira-ministra da Nova Zelândia – Jacinda Ardern – é um modelo global. Enquanto cientistas e políticos do mundo inteiro falavam em “achatar a curva” para evitar uma sobrecarga do sistema de saúde, Jacinda Ardern estabeleceu a meta de erradicar a Covid-19 de seu país. E está tendo sucesso.

Com base na ciência e na boa prática epidemiológica, Jacinda Ardern se colocou à frente do esforço nacional, fez declarações claras e firmes, enfrentou o ceticismo, esclareceu as dúvidas mais complexas e motivou a população a perseguir a meta de derrotar o vírus. Ao contrário do Brasil, que investiu em hospitais de campanha e na importação de respiradores superfaturados, a Nova Zelândia não deixou colapsar o sistema de saúde e enfrentou o combate ao coronavírus com uma estratégia parecida com a concepção gramsciana de “guerra de posição”. A primeira-ministra neozelandesa mobilizou todos os recursos institucionais do Estado e todos os instrumentais da ciência política para conquistar posições importantes para a criação de uma hegemonia contra a covid-19. O esforço foi se concentrar em três princípios de ação:

  • Testes em massa para identificar todas as pessoas com sintoma da covid-19;
  • Rastreamento e monitoramento de todas as pessoas infectadas e com suspeita de infecção;
  • Uma combinação de isolamento social vertical e horizontal, protocolos de higiene e quarentenas efetivas, inclusive, mas não necessariamente, com a adoção de “lockdown” (fechamento total).

Para entender como tudo isto foi feito e o contexto da luta da Nova Zelândia, vamos iniciar este diário com uma breve caracterização sociodemográfica e econômica do país, apresentar os dados da covid-19 na Nova Zelândia, no Brasil e no mundo e apresentar uma entrevista com a professora brasileira Gabriela Ferrão, que mora e trabalha em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia. Vale também ver o episódio da série “Mundo em Quarentena”, com Pedro Vianna, de 28 de abril de 2020, aqui no Projeto #Colabora.

Breve panorama demográfico e socioeconômico da Nova Zelândia

A Nova Zelândia é um país da Oceania com uma área aproximadamente igual à do Rio Grande do Sul, mas com menos da metade da população gaúcha. A densidade demográfica neozelandesa é de 18 habitantes por km2, do Brasil é 25 hab/km2, o Rio Grande do Sul de 41 hab/km2 e o mundo de 60 hab/km2. Segundo a Divisão de População da ONU, a Nova Zelândia tinha uma população de 2 milhões de habitantes em 1950, chegou a 4,8 milhões em 2020 e deve alcançar, na projeção média da ONU, 6 milhões de pessoas em 2100.

As mulheres neozelandesas tinham em média 3,7 filhos no quinquênio 1950-55, atingiu o nível de reposição no quinquênio 1980-85 e atualmente está em 1,9 filho por mulher. Por conseguinte, a estrutura etária do país é mais envelhecida do que a dos países latino americanos, sendo que a Nova Zelândia tinha um Índice de Envelhecimento de 45 idosos (60 anos e mais) para cada 100 jovens (de 0 a 14 anos) no quinquênio 1950-55 e passou para 114 idosos para cada 100 jovens. Ou seja, o pequeno país da Oceania pode ser considerado um país idoso (IE acima de 100), mas, mesmo assim, é um dos países menos afetado pela mortalidade da pandemia que ameaça com maior letalidade as pessoas com mais de 60 anos.

A Nova Zelândia (NZ) soube aproveitar a janela de oportunidade demográfica e deu um salto no nível de desenvolvimento tornando-se uma nação de renda alta pelos critérios do Fundo Monetário Internacional (FMI).  O gráfico abaixo mostra que a NZ tinha uma renda per capita, a preços correntes, em poder de paridade de compra (ppp na sigla em inglês), de US$ 8,8 mil em 1980, enquanto o mundo tinha uma renda per capita de US$ 2,97, o Brasil US$ 4,9 mil e a América Latina e Caribe (ALC) US$ 4,7 mil. Em 2019, a NZ já tinha uma renda per capita de US$ 41,2 mil, contra US$ 18,4 mil do mundo, US$ 16,6 mil da ALC e US$ 16,7 mil do Brasil.

Mas diante da maior recessão econômica já presenciada pelas gerações vivas, o FMI estima que, em 2020, a economia mundial vai ter uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 3%, a ALC 6%, o Brasil 5,3% e a Nova Zelândia de impressionantes 7,2%.

Porém, a NZ é um país rico, com um nível de pobreza residual e com pequenas desigualdades sociais, além de ser um país que protege o meio ambiente. Por exemplo, o Parlamento da Nova Zelândia, em conformidade com os princípios da Ecologia Profunda, aprovou o ato “Te Awa Tupua Bill”, uma lei que afirma que o rio Whanganui é “um todo indivisível e vivo”, tornando o primeiro leito d’água do mundo a receber essa designação especial. Reconhecer os direitos da natureza é um passo essencial para o desenvolvimento realmente sustentável.

O alto nível de desenvolvimento humano na NZ foi fundamental para o sucesso da quarentena. A ajuda dada ao governo aos desempregados e às pessoas afetadas pelo pandemônio econômico ocorreu por meio digital, pois todas as pessoas possuem conta em banco e não precisaram manipular o papel moeda (fonte de contágio do coronavírus) para receber o auxílio ou para fazer compras. Assim, a NZ evitou erros cometidos pela Argentina e pelo Brasil que foi a aglomeração de pessoas que foram para as filas ou para as portas do banco para conseguir os recursos de forma material. Na NZ tudo foi feito de forma digital.

Dados sobre a Covid-19 no mundo, no Brasil e na Nova Zelândia

O Brasil tem 2,7% da população mundial, mas responde por 6,6% dos casos e dos óbitos da covid-19. A NZ, com 0,06% da população mundial respondia em 24/05, por 0,03% dos casos e 0,01% das vítimas fatais.

A tabela abaixo mostra que a Nova Zelândia realizou 259 mil testes por milhão de habitantes, enquanto o Brasil realizou apenas 3,5 mil testes por milhão. Mostra também que a NZ tem um coeficiente de incidência de 312 pessoas infectadas por 1 milhão de habitantes, enquanto o mundo tem mais do que o dobro (705 casos por milhã) e o Brasil tem um coeficiente de 1,7 mil casos por milhão (mais de 5 vezes maior do que na NZ). Em termos de coeficiente de mortalidade, a NZ tem 4 óbitos por milhão de habitantes, enquanto o mundo tem 44 óbitos por milhão e o Brasil 107 óbitos por milhão. A taxa de letalidade é pouco acima de 6% no Brasil e no mundo e de apenas 1,4% na Nova Zelândia.

O gráfico abaixo apresenta uma comparação entre o coeficiente de incidência do Chile, Brasil, Estados Unidos (EUA) e Nova Zelândia, com base em material do jornal Financial Times que apresenta uma série de gráficos com dados para o número de casos e de mortes para todos os países do mundo, a partir da média móvel de sete dias (uma semana) do novos casos e novas mortes, por número de dias desde que foram alcançadas, em média, três mortes pela primeira vez. Nota-se que enquanto o Chile e o Brasil apresentam tendência de aumento do número de casos, os EUA estão atravessando o pico (mas em alto platô), a nova Zelândia atingiu o pico no primeiro mês do surto e já vem diminuindo o coeficiente de incidência de novos casos para um patamar próximo de zero.

Quanto ao coeficiente de mortalidade, o Chile e o Brasil estão apresentando tendência de alta, os EUA apresentam tendência de baixa e a Nova Zelândia está conseguindo quase zerar.

O povo da Nova Zelândia merece o crédito de ter vencido os desafios colocados pelo novo coronavírus. Mas não se pode deixar de reconhecer o papel fundamental desempenhado pela primeira-ministra Jacinda Ardern, que teve sucesso em controlar a pandemia e agora planeja a retomada da economia e se prepara para consolidar sua liderança política. As pesquisas indicam que Jacinda Ardern ganhará a maioria absoluta no Parlamento nas eleições de 19 de setembro.

Entrevista com a professora Gabriela Ferrão sobre a pandemia na Nova Zelândia

Para entender melhor o que acontece na NZ, entrevistamos a professora Gabriela Ferrão, testemunha ocular das ações realizadas pelo Poder Público e a sociedade civil para controlar o perigo da covid-19 e minimizar os danos da pandemia.

Professora Gabriela Ferrão, brasileira que vive na Nova Zelândia. Foto Arquivo Pessoal
Professora Gabriela Ferrão, brasileira que vive na Nova Zelândia. Foto Arquivo Pessoal

Quando a Nova Zelândia se deu conta da gravidade da epidemia?

Gabriela Ferrão – Logo no início do ano, janeiro/2020, com o anúncio dos casos detectados na China. A rapidez com a qual o vírus estava sendo transmitido e o número de mortes deixaram o mundo todo em alerta. Por aqui já podíamos perceber que havia uma certa preocupação do governo em como se preparar com a chegada do vírus na NZ, principalmente com relação ao sistema de saúde. Embora o país seja pequeno e rico, com uma população de cerca de 5 milhões de habitantes, o atual sistema de saúde não suportaria e entraria em crise.

O primeiro caso de Covid-19 registrado aqui foi no dia 28 de fevereiro. O país realmente ficou em alerta. A população um pouco assustada, aguardando ansiosamente as decisões que deveriam ser tomadas nos próximos dias. Aos poucos os casos foram aumentando e algumas medidas foram tomadas, como: lavar frequentemente as mãos, distanciamento social, evitar aglomerações e eventos. Até então, como não havia um registro de transmissão comunitária, as medidas tomadas pelo governo no foram tão restritas. A maioria dos casos registrados até então, eram de pessoas que tinham acabado de chegar ao país.

No dia 23 de março, a NZ registrou 102 casos. Este foi um dia importante, porque deste total, 2 casos foram considerados de transmissão comunitária e, portanto, medidas mais fortes foram tomadas pelo governo. Em 48 horas, entramos no Sistema de ‘lockdown’. Ninguém poderia sair de casa. Apenas pessoas que estavam envolvidas com os serviços essenciais poderiam sair: médicos, enfermeiras, pessoas que trabalhavam em supermercados, postos de gasolina e farmácias, policiais, entre outros profissionais.

Quais as medidas adotadas pelo governo e qual foi o papel da Jacinda Ardern?

Gabriela Ferrão – O papel da primeira ministra, Jacinda Ardern, foi muito importante. Ela precisava dar segurança a toda a população de que as medidas tomadas pelo governo preservariam a saúde de todos. E que todos nós, uma família de 5 milhões de pessoas, precisávamos juntos lutar contra o vírus. E que embora fossemos ficar em casa por 4 semanas, estaríamos salvando vidas. Este foi o nosso papel: salvar vidas.

Houve todo um programa elaborado pelo governo, não só com relação a questão da saúde da população, mas também do ponto de vista mental, social e econômico. “Go hard, go early”, disse a primeira-ministra. No dia 23/03 tínhamos apenas 102 casos, mas com a suspeita de transmissão comunitária, tínhamos que fazer o sacrifício de fechar as fronteiras e as portas das nossas casas.

O governo também contou com o apoio de pesquisadores da área de saúde, estatística e economia, profissionais fundamentais para a elaboração de um plano e medidas que foram subsequentemente tomadas. Para controlar a transmissão do vírus foram tomadas 3 medidas essenciais: ‘lockdown’, rastreamento das pessoas infectadas e teste!

O governo fez um Sistema de 4 níveis: Nivel 1 – Preparar (Prepare); Nivel 2 – Reduzir (Reduce); Nível 3 – Restrito (Restrict); Nível 4 – Fique em casa (Lockdown).

No dia 26/03, o país entrou em ‘lockdown’. Apenas serviços essenciais poderiam funcionar. A população deveria ficar em casa e sair apenas para ir ao supermercado ou farmácia. Podíamos sair para se exercitar fisicamente, mas apenas próximo a área de residência.

Papel moeda não pode ser utilizado. O pagamento de produtos e serviços poderia ser feito apenas por cartão e meios digitais. O uso de máscara e luvas não foi obrigatório. Apenas para pessoas envolvidas nos serviços essenciais. O governo também anunciou uma série de medidas econômicas para que todos recebessem auxílio financeiro. O dinheiro foi repassado para as empresas que puderam então pagar os seus funcionários.

Como se comportaram as pessoas e as instituições da sociedade civil?

Gabriela Ferrão – A população se comportou bem. Já estávamos na expectativa de que entraríamos no Sistema de lockdown, mas não sabíamos quando. A princípio, houve uma certa correria aos supermercados e farmácias. Alguns produtos começaram a faltar: como papel higiênico, arroz e farinha. Houve um certo pânico e longas filas nos supermercados. No entanto, após o lockdown, as pessoas começaram a se adaptar à nova rotina e com o tempo foram se acostumando.

Claro que ao longo de 4 semanas, ficamos entediados, sempre procurando uma atividade diferente para fazer em casa. Mas, sabíamos que esta seria a melhor coisa a fazer, se queríamos combater o vírus. E, também, já na segunda semana de lockdown, as crianças começaram a estudar online. E muitas pessoas estavam trabalhando de casa, no sistema ‘home office’.

A população foi diariamente informada sobre os números de infectados no país. A anúncio era feito todos os dias a 1 da tarde, pela primeira ministra Jacinda Ardern e pelo diretor geral do Ministério da Saúde, Ashley Bloomfield.

Como tem funcionado a quarentena e o lockdown na Nova Zelândia?

Gabriela Ferrão – O sistema de quarentena (lockdown) terminou no dia 12 de Maio. Hoje estamos no nível 2. Os estudantes já retornaram às escolas. Os estabelecimentos comerciais voltaram a funcionar. Ainda existem algumas medidas em vigor como o distanciamento social, lavar as mãos frequentemente, sempre mantendo superfícies de moveis e objetos limpos, aglomeração de apenas 10 pessoas, em restaurantes e bares por mesa.

Estamos nos adaptando ao ‘novo’ normal. Claro, existem outros problemas que deverão ser encarados num futuro próximo, como a questão do desemprego. Muitos negócios fecharam e funcionários foram demitidos. Mas o governo demonstra estar atento às dificuldades que deverão ser enfrentadas nos próximos meses. A ideia é tentar recuperar e reerguer a economia do país.

A Nova Zelândia possui um dos menores coeficientes de incidência e de mortalidade do mundo (312 casos por milhão de habitantes e 4 óbitos por milhão) Como explicar este sucesso?

Gabriela Ferrão – Acho que existem alguns fatores que influenciam neste ‘sucesso’. Primeiramente, a preocupação do governo com a saúde da população. O governo assumiu a responsabilidade de cuidar do bem estar da população, e, portanto, se todos ficássemos doentes, o sistema de saúde não suportaria e muitas pessoas morreriam.

Segundo ponto, o bom senso da população. Somos um time de 5 milhões de pessoas, e para salvar a maioria, temos que cooperar. Todos juntos. Tivemos que pensar no coletivo para benefício de todos. E, finalmente, a informação. Quanto mais estudamos e aprendemos sobre o vírus, melhor poderemos nos proteger e proteger aos outros. É fundamental o apoio a educação, com o aprimoramento e divulgação do conhecimento.

Quais as lições que a Nova Zelândia pode dar ao Brasil?

Gabriela Ferrão – A covid-19 não faz parte de uma teoria da conspiração! O vírus existe, a situação é muito séria e as pessoas estão morrendo. Fique em casa!

Como você e sua família estão enfrentando estes tempos de quarentena e isolamento?

Gabriela Ferrão – Eu e minhas duas filhas (Sofia,15, e Helena,12) enfrentamos bem a quarentena. Tivemos nossos atritos, mas de uma maneira geral, acho que até nos aproximamos mais. Vimos vários filmes, entramos em contato com a família e amigos com mais frequência, cozinhamos, estudamos…Uma vida simples e sem estresse.

Frase do dia 25 de maio de 2020

“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”

João Guimarães Rosa (1908-1967)

José Eustáquio Diniz Alves

José Eustáquio Diniz Alves é sociólogo, mestre em economia, doutor em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG), pesquisador aposentado do IBGE, colaborador do Projeto #Colabora e autor do livro "ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século" (com a colaboração de F. Galiza), editado pela Escola de Negócios e Seguro, Rio de Janeiro, 2022.

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