ODS 1
Joaquim Phoenix estrela filme sobre Amazônia
Curta é o primeiro de uma série de 12 episódios que explorará questões chave para a sobrevivência da humanidade
Favorito ao Oscar de melhor ator por sua interpretação no filme O Coringa, o ator Joaquim Phoenix interpreta um cirurgião no curta-metragem “Guardiões da Vida”, que tem como história central a Amazônia e a sua profunda relação com os povos indígenas. A produção feita pelas organizações Amazon Watch e Extinction Rebellion é um convite à ação, um apelo para que todos se juntem na luta contra a emergência climática e ecológica que o planeta enfrenta. Para Joaquim Phoenix, não há mais tempo a perder e todos precisam assumir as suas responsabilidades:
“O fato é que estamos cortando e queimando florestas tropicais e vendo os efeitos negativos dessas ações em todo o mundo. As pessoas não percebem que ainda há tempo, mas é preciso agir agora. Isso inclui nossas decisões de consumo, porque não podemos esperar que os governos resolvam essas questões para nós”.
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O diretor Shaun Monson explicou que em vez de focar no desmatamento, no derretimento dos glaciares e na extinção de espécies, eles resolveram usar uma metáfora para contar a história: “A Amazônia é chamada de pulmão ou coração do mundo, por isso, no lugar de imagens documentais, propusemos um ambiente de emergência com médicos e enfermeiras tentando salvar um paciente invisível com insuficiência cardíaca sistêmica”.
Para Leila Salazar-López, diretora-executiva da Amazon Watch, a ideia de usar uma mulher indígena como salvadora da Amazônia não é uma metáfora, mas a realidade da floresta: “A floresta amazônica é o coração do nosso planeta e os povos indígenas são os guardiões essenciais para a manutenção da floresta e para o nosso futuro comum”.
O filme “Guardiões da Vida” é lançado em um momento de crescimento dos conflitos e dos índices de desmatamento da Floresta Amazônica. Para complicar ainda mais a situação, ontem o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei que libera a exploração mineral e energética, o que significa petróleo e gás, em terras indígenas na região.
A atriz Q’orianka Kilcher, que interpreta a médica indígena do filme, falou sobre a sua participação: “como atriz indígena, sinto uma forte responsabilidade de usar minha influência para ampliar as vozes que raramente são ouvidas, incluindo todos os defensores indígenas ao redor do mundo, que são os protetores de nossa Mãe Terra, da Floresta Amazônica e de toda a nossa biodiversidade”.
O curta é o primeiro de uma série de doze episódios planejada pelo movimento ativista Extinction Rebellion em colaboração com a Mobilize Earth. Cada episódio contará uma história sobre problemas urgentes enfrentados pela espécie humana. O próximo filme abordará o tema da negação, indagando por que a humanidade vem escolhendo ignorar os sinais de alerta em lugar de agir e enfrentar a emergência climática e ecológica.
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Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ. Foi repórter de Cidade e de Política, editor, editor-executivo e diretor executivo do jornal O Globo. Também foi diretor do Sistema Globo de Rádio e da Rádio CBN. Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1994, e dois prêmios da Society of Newspaper Design, em 1998 e 1999. Tem pós-graduação em Gestão de Negócios pelo Insead (Instituto Europeu de Administração de Negócios) e em Gestão Ambiental pela Coppe/UFRJ. É um dos criadores do Projeto #Colabora.