No início de agosto, o Brasil se deparou com um caso que levantou uma série de debates: uma menina de 10 anos engravidou do tio após ser estuprada. Os abusos ocorriam desde 2016. A vítima precisou se deslocar da sua residência no Espírito Santo para o Recife, onde conseguiu realizar o aborto legal. O procedimento é permitido no país em três casos: de violência sexual, se o feto for anencéfalo e se houver risco de vida para a gestante.
[g1_quote author_name=”Bell Puã” author_description=”Apresentadora do Reload” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Esse debate só vai avançar quando a nossa sociedade, a nossa agenda política, estiver realmente comprometida em transformar essa cultura de barbárie ao corpo da mulher. Invadem o nosso espaço desde um psiu na rua até o caso extremo de um estupro
[/g1_quote]Embora esteja na lei, o Brasil precisa avançar no tema e romper com os obstáculos para o acesso a esse direito que é garantido pelo código penal brasileiro, no inciso II do Artigo 128. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que, entre 2011 e 2016, 1.875 meninas entre 10 e 14 anos ficaram grávidas em decorrência de abuso sexual. E segundo o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, quatro meninas de até 13 anos são estupradas a cada hora no Brasil.
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Veja o que já enviamosCom base nesses e outros dados, que você confere com mais detalhes na nossa série especial de reportagens “Filho da Dor”, o Canal Reload – uma parceria do #Colabora e outras nove organizações jornalísticas – produziu um vídeo em que tira o assunto das sombras e mostra a importância de levar a informação sobre o aborto legal adiante. Quem apresenta é a poeta e mestra em história Bell Puã. Confira acima e se inscreva no canal.