Laboratório de soluções para a Baía de Guanabara

Oásis Lab reúne empresas, orgãos públicos e instituições para desenvolver projetos inovadores colaborativos pela recuperação da região hidrográfica

Por Oscar Valporto | ODS 6 • Publicada em 24 de junho de 2019 - 22:00 • Atualizada em 26 de junho de 2019 - 16:05

Thiago Valente, da Fundação Grupo Boticário, no lançamento do Oásis Lab Baía de Guanabara: iniciativa com objetivo de desenvolver projetos inovadores para garantir segurança hídrica e recuperar a bacia hidrográfica (Foto: Oscar Valporto)
Thiago Valente, da Fundação Grupo Boticário, no lançamento do Oásis Lab Baía de Guanabara: iniciativa com objetivo de desenvolver projetos inovadores para garantir segurança hídrica e recuperar a bacia hidrográfica (Foto: Oscar Valporto)
Thiago Valente, da Fundação Grupo Boticário, no lançamento do Oásis Lab Baía de Guanabara: iniciativa com objetivo de desenvolver projetos inovadores para garantir segurança hídrica e recuperar a bacia hidrográfica (Foto: Oscar Valporto)

Com o objetivo de engajar entidades públicas e empresas privadas para desenvolver iniciativas novas – ou acelerar já existentes – para fortalecer a segurança hídrica e recuperar e conservar zonas naturais da região hidrográfica, a Fundação Grupo Boticário (FGB), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) lançou, nesta segunda-feira (24/06), o Oásis Lab Baía de Guanabara. “A ideia é reunir essa diversidade de atores para criar redes de colaboração e alavancar a inovação”, explicou Thiago Valente, analista ambiental da FGB), no lançamento da iniciativa, durante Seminário Ação Ambiental, realizado na Firjan.

O próximo passo da Oasis Lab Baía de Guanabara é reunir 50 instituições que trabalhem ou tenham interesse em trabalhar com este objetivo num encontro de dois dias na Casa Firjan. Estão sendo convidados grandes empresas – Coca-Cola Brasil, Ambev, Brasken, Petrobras, BRK Ambiental, L’Oreal – instituições ligadas à pesquisa como a UFRJ e o Museu do Amanhã, representantes do governo estadual e de prefeituras, entidades ambientais. “Nossa intenção é sair desta reunião com 10 protótipos que são 10 projetos, com planos de ação para seu desenvolvimento inicial definidos e que estarão em funcionamento até dezembro. Podem ser coisas absolutamente novas ou projetos que já estão em andamento mas precisam de apoio ou algum tipo de cooperação para ganhar escala”, acrescentou Valente.

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A Fundação Grupo Boticário, que promove ações pela conservação da natureza há mais de 20 anos, lançou o Programa Oásis em 2006 com o objetivo de contribuir para a redução da perda de biodiversidade. O programa começou com uma iniciativa em São Paulo, pioneiro no pagamento por serviços ambientais, e deu frutos depois no Paraná e em Santa Catarina. Hoje o Oásis tem sete programas de pagamento por serviços ambientais espalhados pelo Brasil. “Nós começamos a trabalhar em rede e desenvolvemos essa experiência do lab, do laboratório de inovação, que estamos trazendo aqui para a Baía de Guanabara”, contou Thiago Valente.

Para Lídia Aguiar, analista de Meio Ambiente do Sistema Firjan, as empresas estão interessadas em trabalhar em conjunto para melhorar as condições da Baía de Guanabara em diversos aspectos. “Creio que existe uma consciência que a recuperação e conservação da Baía de Guanabara vai gerar oportunidades de negócios e desenvolvimento econômico, além de promover bem estar social. O Oásis Lab vai ser uma oportunidade também das empresas descobrirem como participar”, afirmou.

O representante da Fundação Grupo Boticário destacou que não pode prever o que vai surgir nesses dois dias de reunião. “A expectativa é que surjam propostas realmente inovadoras para solucionar problemas da Baía de Guanabara e projetos com um alto grau de impacto. Por isso, estamos buscando reunir instituições,  órgãos públicos e empresas estratégicas, inclusive na área de comunicação, para formar uma rede ampla de cooperação para que as mudanças ocorram”, argumentou Thiago Valente.

O primeiro encontro do Oasis Lab será nos dias 1 e 2 de agosto, na Casa Firjan, onde, após maior integração do grupo, serão definidos, ainda em nível de ideias, os novos projetos em conjunto. Na etapa seguinte, um mês depois, esses projetos serão apresentados de forma já detalhada para construir um plano de implementação piloto. De setembro a novembro, na terceira etapa, os projetos serão desenvolvidos, com acompanhamento de consultores para alcançarem mais rapidamente sua conclusão. Em dezembro, serão apresentados os projetos e suas evoluções. “Faremos então uma avaliação dos resultados do Oásis Lab Baía de Guanabara e discutiremos as próximas etapas”, explicou o analista da Fundação Grupo Boticário.

Oscar Valporto

Oscar Valporto é carioca e jornalista – carioca de mar e bar, de samba e futebol; jornalista, desde 1981, no Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, no Governo do Rio, no Viva Rio, no Comitê Olímpico Brasileiro. Voltou ao Rio, em 2016, após oito anos no Correio* (Salvador, Bahia), onde foi editor executivo e editor-chefe. Contribui com o #Colabora desde sua fundação e, desde 2019, é um dos editores do site onde também pública as crônicas #RioéRua, sobre suas andanças pela cidade

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Um comentário em “Laboratório de soluções para a Baía de Guanabara

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