Se o aquecimento global não for freado, cidades como Mumbai, na Índia, Londres, na Grã Bretanha, e Nova Iorque, nos Estados Unidos, correm o risco de ficar debaixo d´água num futuro próximo. Caberá aos chefes de governo e de estado reunidos em Paris para a COP21 fechar um acordo que limite o aquecimento do planeta em 2ºC até o final do século. O fracasso das negociações significará a incapacidade de conter a já acelerada elevação do nível dos mares. A ‘The Economist’ desta semana mostrou em gráficos o que já está ocorrendo no mundo.
Na matéria “O estado do planeta”, a revista britânica usa projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que apontam para o aumento do nível do mar até 2100. Enquanto isso, a concentração atmosférica de dióxido de carbono – um dos gases do efeito estufa – aumentou de pouco menos de 340 partes por milhão (ppm) em 1980 para 400 ppm hoje. Muitos estão vendo os efeitos das alterações climáticas no fato de 2015 ser, provavelmente, o ano mais quente em todo o mundo desde o início das medições, aliado ao fato de o fenômeno do El Niño estar mais forte.
Como a Terra já está 0,75°C mais quente do que era antes da Revolução Industrial, regiões como o Ártico estão se aquecendo duas vezes mais rápido que o restante do planeta. É lá também onde os efeitos do aquecimento global são mais visíveis: a camada de gelo já diminuiu 40% nos últimos 36 anos. O derretimento das geleiras vem sendo constatado pelo cientistas desde os anos 1970, especialmente na Antártida Ocidental.
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Veja o que já enviamosO processo de degelo parece ser irreversível. A previsão é que a Geleira Thwaites – que perdeu 14 quilômetros de extensão entre 1992 e 2011 – desapareça em questões de anos, o que poderá elevar o nível do mar em mais de meio metro. O derretimento da camada de gelo na Groenlândia também pode ocorrer mais rápido do que se esperava, o que acelerará ainda mais a elevação do nível do mar. Cientistas do IPCC estão convencidos de que o derretimento das geleiras ao lado da expansão da água mais quente no oceano explicam o aumento do nível dos mares nos últimos anos.