Violência obstétrica e mortes maternas: denúncias se acumulam no hospital público de Marabá

Município do Pará tem taxa de mortalidade materna 39% acima da estadual; mulheres negras e indígenas denunciam racismo, negligência e abusos no parto

Por Revista AzMina | ODS 3
Publicada em 31 de julho de 2025 - 17:30  -  Atualizada em 1 de agosto de 2025 - 09:30
Tempo de leitura: 17 min

Maria José segura a fotografia de Sharleana: “Deixaram minha filha morrer” (Foto: João Paulo Guimarães)

(Mariana Rossetti e João Paulo Guimarães*) – A adolescente indígena Yapê Rê Anambé Guajajara morreu em junho de 2025, aos 17 anos, cinco dias após parto que aconteceu no Hospital Materno-Infantil de Marabá (HMI). A unidade municipal pública é referência na região sudeste do Pará. O caso da jovem Guajajara é um dos casos mais recentes de violência obstétrica e morte materna no HMI, mas não é o único.

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A equipe d’AzMina entrevistou 12 mulheres que relatam curetagens mal feitas, partos realizados no chão, bebês com membros fraturados no nascimento, negação de direitos, episódios de racismo e tratamento desumanizado, além da morte de mães e bebês. “O que mais me revolta é saber que eles [as autoridades responsáveis] conseguem vencer as pessoas pelo cansaço”, desabafa Regilanne, tia da adolescente, que denunciou violência obstétrica na morte de Yapê, mas ainda aguarda a justiça.

A tia conta que quando deu entrada no HMI, em 16 de junho, Yapê “não estava sentindo contração, estava bem, saudável, só nervosa porque era o primeiro filho”. A gravidez foi resultado de uma violência sexual. A menina teria, inclusive, direito ao aborto legal nesse caso. Sem dilatação, a jovem estava com 9 meses de gestação e passou a noite recebendo medicamentos para indução do parto, o que a fez vomitar e desmaiar mais de uma vez, relata Regilanne.

A mãe de Yapê a acompanhava no centro cirúrgico, quando viu a filha convulsionar enquanto os médicos decidiam entre o parto normal e a cesárea. “Realizaram o parto normal sem ela ter condições, passando mal, convulsionando”, acrescenta Regilanne. A mãe foi retirada da sala, mas viu, pela fresta da porta, o médico retirando coágulos de sangue, diz a tia. O bebê nasceu às 9h53, segundo relatório da enfermagem. Yapê teve uma parada cardíaca às 10h30 e outra às 11h30, e só então foi transferida para o Hospital Regional de Marabá, onde morreu cinco dias depois.

Yapê com uma parente indígena no colo: morte no hospital após parto (Foto: Arquivo Pessoal)

“Sharleana, o seu bebê está morto”

Maria José Rodrigues Batista viveu o que nenhuma mãe deveria: em apenas um mês perdeu um filho em um tiro acidental e uma filha no HMI. Sharleana Rodrigues dos Santos, de 34 anos, enfrentava uma gravidez de risco e havia ido para o Maranhão cuidar da gestação, onde a cunhada trabalhava em um hospital. A morte do irmão a fez voltar para Marabá em 2020.

Num domingo, 25 de outubro, começou a sentir fortes dores, estava com 4 meses de gestação. A irmã Raimunda Batista, de 61 anos, a levou ao HMI. Como ultrassons não eram realizados aos finais de semana, o médico informou: “ela está bem, nós vamos internar ela aqui só para fazer o ultrassom na segunda”, lembra Raimunda, que questionou a avaliação diante dos gritos da irmã. Ela não pôde acompanhar a irmã, por ser período de Covid-19, mas ficou na recepção aguardando notícias.

No dia seguinte, uma conhecida que trabalhava no hospital avisou por telefone que Sharleana estava indo fazer o ultrassom. Raimunda, então, burlou a orientação e entrou no corredor para vê-la. Foi quando encontrou Sharleana numa cadeira de rodas, com os braços caídos, o pescoço e a cabeça abaixada. “Eu corri até lá. Quando eu levanto o rosto dela, vejo o lado todo roxo. O ombro roxo. Ela era negra, mas você via a cor. Estava na cor de açaí. Eu falei ‘meu amor, que foi isso que aconteceu com você?’, e a única palavra que ela falou foi: ‘caí'”, recorda. O ferimento, segundo Raimunda soube depois, teria ocorrido porque a irmã tentou pedir água, mas ninguém a ajudou. Então, mesmo fraca, ela teria decidido buscar sozinha. E caiu da maca.

Durante o ultrassom o médico deu a notícia: “‘Sharleana, o seu bebê está morto’, só que ela já não respondia mais”, conta a irmã. Mais tarde naquele dia, Sharleana deu entrada na UTI. A reportagem acessou o pedido de internação, que dizia “puérpera com TCE pós queda em quadro comatoso” — admitindo que Sharleana havia sofrido uma queda, apresentava traumatismo craniano e estava em coma.

“Porque minha filha era negra. Deixaram morrer”

Às 22h, Sharleana passou por uma curetagem; e às 22h30, segundo anotações da enfermagem, teve uma parada cardiorrespiratória. Às 23h, uma equipe do SAMU foi acionada para transferi-la para o Hospital Regional, mas ela teve outra parada cardíaca. A morte foi constatada às 23h45 de 26 de outubro de 2020.

No atestado de óbito, a causa é descrita como: “parada cardiorespiratória, edema agudo no pulmão, síndrome hellp”. “Hellp é uma complicação da pré-eclâmpsia, uma condição hipertensiva específica da gestação, que apresenta repercussões na saúde da mãe e do feto”, explica Jardeliny Côrrea da Penha, enfermeira obstetra e professora de enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Ainda segundo Jardeliny, “o pré-natal de qualidade, com estratificação do risco obstétrico, permite a identificação precoce de mulheres com fatores de risco para a pré-eclâmpsia, bem como daquelas com quadro hipertensivo, o que favorecerá a tomada de decisão, com implementação de cuidados em tempo oportuno”, visto que “a pré-eclâmpsia é uma das condições que mais adoece e mata mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal.”

A mãe de Sharleana, Maria José, desabafa sua revolta entre lágrimas. “A menina que estava do lado dela diz que ela gritava de sede. Acho que foi porque minha filha era negra. Deixaram minha filha morrer.”

Regiane com as fotos da filha Tereza e do neto: violência obstétrica (Foto: João Paulo Guimarães)

Cinco mortes maternas por ano

De acordo com os dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do governo federal, entre 2014 e 2024, Marabá registrou 49 mortes maternas em hospitais por causas obstétricas diretas — aquelas relacionadas a complicações específicas da gravidez, parto ou puerpério.

Ao longo desse período, a média anual de mortalidade materna no município foi de 78 mortes por 100 mil nascidos vivos. A taxa é 39% maior que a média estadual do Pará (56 por 100 mil) e 123% superior à média nacional (35). Os dados indicam que, proporcionalmente, Marabá teve desempenho sistematicamente pior que o restante do país.

Em 2024, dados preliminares mostram que a taxa de mortalidade materna no município foi de 80,6 por 100 mil nascidos vivos — 60% maior que a média estadual (50,2) e quase 140% maior que a nacional (33,7). Ao longo da série histórica analisada, Marabá apresentou taxas superiores às do estado em todos os anos, com exceção de 2022 e 2023. Ainda assim, mesmo nos anos em que os índices caíram, a taxa local seguiu acima da média nacional.

Os números têm nome, sobrenome e endereço. Tereza Bianca Nunes de Castro morreu aos 23 anos, com 8 meses de gestação, por complicações após um parto no Hospital Materno-Infantil (HMI). Antes de falecer, a jovem relatou à família que tentaram fazer um parto normal, mas ela estava aguentando de dor e desmaiou. “Aí, ela acordou de novo. Mandaram sentar e aplicaram anestesia nela e não viu mais nada”, fala Regiane Nunes de Castro, 41 anos, sua mãe.

“Quando Tereza acordou, já estava no quarto, sem o bebê”, que, tão logo foi trazido, retornou à UTI. Um documento obtido pela reportagem, feito pelo HMI, diz: “RN com úmero direito avaliado por ortopedista. Onde foi imobilizado o membro.” Isso quer dizer que o bebê teve fratura no braço.

A jovem de 22 anos e o filho receberam alta de manhã e voltaram ao HMI de madrugada. “Deram alta para ela, vomitando sangue. O bebê chorava com febre e o braço engessado”, conta. Eram 4h quando Regiane encontrou a filha na espera da unidade hospitalar com a barriga inchada, gemendo de dor, enquanto o neto chorava ininterruptamente.

“Cuida dos meus filhos, não aguento mais”

Tereza e a filha só foram transferidas para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), às 9h, onde começaria uma via-sacra cirúrgica que duraria meses. Documentos do HMM mostram que Tereza chegou à UTI com suspeita de abdome agudo inflamatório – condição grave que pode indicar infecção ou perfuração de órgãos internos.

Ela fez uma laparotomia exploratória (cirurgia para investigar a causa de dores ou infecções internas), seguida de lise de aderências (remoção de tecidos cicatriciais que se formam anormalmente e podem colar órgãos entre si). O procedimento foi finalizado com drenagem de abscesso intracavitário (retirada de acúmulo de pus dentro da cavidade abdominal, causado por infecção).

Durante a internação, uma psicóloga documentou que Tereza estava ansiosa e apresentava “fragilidades emocionais em virtude do seu quadro clínico e situações pessoais”. Além disso, registrou que ela recebia acompanhamento “para enfrentar possíveis efeitos negativos relacionados a eventos traumáticos, ao sentimento de insegurança, de medo intenso e ansiedade recorrentes.”

Regiane registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento de Crianças e Adolescentes (DEACA) de Marabá, por lesão corporal ao neto, e solicitou um exame pericial para investigar a fratura. Também fez uma notícia de fato no Ministério Público, pedindo a transferência da filha para o Hospital Regional.

A mãe de Tereza revezava entre os cuidados com Tereza, em estado grave no hospital, os netos que ficaram em sua casa e as faxinas para sustentar a família. Regiane ficou com a responsabilidade de cuidar de todos, sem que lhe fosse oferecido qualquer suporte. Tereza morreu em 27 de janeiro de 2024, 96 dias após dar entrada no hospital para o parto do filho. A certidão de óbito aponta“choque séptico abdominal, abscesso pélvico, cesariana” como causa da morte.

Durante a nossa entrevista, Regiane chorou ao revisitar as últimas memórias com a filha: “Ela falou, ‘mãe, eu não vou mais aguentar. A senhora cuida dos meus filhos. Acabou. Acabaram com a minha vida”.

Quadro de avisos do HMI de Marabá com alerta sobre violência obstétrica: acúmulo de denúncias (Foto: João Paulo Guimarães)

O cenário da tragédia

O HMI ocupa metade de um quarteirão no bairro Velha Marabá, em um prédio verde cercado por grades. A reportagem d’AzMina esteve no hospital, em abril de 2025, e encontrou mulheres esperando atendimento: algumas em cadeiras convencionais, outras em assentos improvisados ou em pé.

Nos corredores, quadros de recados exibiam cartazes sobre violência obstétrica, citando a lei estadual que obriga maternidades a informarem sobre canais de denúncia. Outro lembra da Semana Municipal de Conscientização contra a Violência Obstétrica. Os recados não inibem as violações que familiares afirmam que acontecem ali dentro.

Para além das experiências individuais, mulheres ouvidas pela reportagem relataram situações padrões: todas foram proibidas de usar celular na internação e tiveram o direito a acompanhante negado ou dificultado em procedimentos cirúrgicos.

Um comunicado no mural da unidade diz que toda gestante em trabalho de parto tem direito a acompanhante no centro obstétrico, mas não inclui as demais que estão para avaliação e curetagem (intervenção para raspagem do útero após parto ou aborto). Embora socialmente questionável, a decisão era legal. A Lei do Acompanhante estabelece que é obrigatório acompanhante para a parturiente em todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto, sem mencionar outros procedimentos obstétricos.

É por isso que, em maio deste ano (2025), foi aprovada a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, que, entre outras definições, assegura “a participação, durante o parto do natimorto, de acompanhante escolhido pela mãe.”

Sendo assim, após essa data, casos de acompanhantes negados durante a curetagem, como os mencionados na reportagem, passam a descumprir a nova Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. Quanto à proibição do uso de celulares, a médica Suellen Oliveira, da FIOCRUZ, no Rio de Janeiro, é categórica: “você pode ter o seu celular com você durante a internação […] você não está num presídio”. A ressalva é não fotografar funcionários em exercício.

Lidiane morreu após dar luz ao filho: bebê com fraturas (Foto: Arquivo familiar – Arte: AzMina)

Mulheres negras e indígenas são principais vítimas

Entre as denunciantes há uma característica comum: a maioria é não-branca. Regilanne, tia de Yapê, acredita que a jovem foi vítima de racismo, assim como Maria José, que defende que a filha “não recebeu atendimento digno por ser negra.”

Para a psicóloga Carolina Aita Flores, doutoranda em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social, “a violência obstétrica possui um caráter interseccional, em que os marcadores sociais de diferença se cruzam e criam experiências únicas de discriminação e violência.” Isso se comprova quando quem conta as mortes são outras mulheres: mães, irmãs, tias. A violência obstétrica é uma violência de gênero não apenas por ser cometida contra mulheres, mas por ter raízes patriarcais.

A vivência de Lidiane Teixeira Cavalvanti, de 33 anos, é mais um exemplo dessa violência sistêmica: morreu após o parto em que o bebê nasceu com fraturas. Quem relata sua história é a irmã, Inês Teixeira Cavalcanti, de 47 anos.

Lidiane chegou ao HMI em trabalho de parto com muita dor. Ao tentar chamar ajuda, ela teria contato que caiu no chão e o médico mandou deixá-la ali. “Uma enfermeira subiu na barriga dela e o médico ficou puxando o bebê”, diz Inês, que ouviu esse relato da irmã.

A prática de subir na barriga é conhecida como manobra de Kristeller, um procedimento que consiste em pressionar a parte superior do útero de uma gestante para tentar forçar a saída do bebê durante o parto. É considerada prática de violência obstétrica e a realização por enfermeiros é vedada pelo conselho profissional da categoria.

O bebê nasceu com fraturas no braço e clavícula. Após o parto, Lidiane enfrentou um quadro severo de hemorragia. Teve alta no dia 4 de novembro, mas voltou ao hospital no dia seguinte em estado grave: havia infecção por resíduos de parto no útero. A mulher foi transferida ao Hospital Regional e morreu em 11 de novembro de 2021. Na certidão de óbito, a causa foi: “choque cardiogênico, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal aguda, infecção puerperal”. Deixou três filhos. O seu bebê sobreviveu, mas ficou com deficiência permanente no braço.

Violência obstétrica: quem pode praticar? (Arte: AzMina)

Ministério Público apura casos do HMI

A família da adolescente Yapê, caso que abre essa reportagem, enfrenta obstáculos burocráticos na busca por justiça. “Se a gente que tinha o jurídico ao nosso lado, passou por tudo isso, imagina as pessoas que não têm esse conhecimento”, questiona Regilanne, tia da adolescente.

A morte de Yapê expôs a ausência do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) em Marabá, essencial para analisar mortes suspeitas. Além disso, ao denunciar a violência obstétrica, a família foi desencorajada pelas autoridades locais, que alegaram ser “muito difícil processar médico”.

Em nota, o Ministério Público do Pará (MPPA) confirmou dois procedimentos: um para “apurar as circunstâncias relativas à ausência de SVO”. O outro “apura questões específicas relativas às implicações penais de eventual ocorrência de condutas negligentes, imprudentes ou carentes da necessária perícia” pelos profissionais que atenderam Yapê.

O Ministério Público Federal também investiga o caso e busca “atuação conjunta entre MPF e MPPA” na área cível, afirmou, por meio de nota. O MPF enviou ofício à Secretaria Municipal de Saúde cobrando medidas para prevenir violência obstétrica e dados sobre mortalidade materna no HMI.

A Polícia Civil informou, em nota, que “apura as circunstâncias da morte por meio da Seccional de Marabá. Perícias foram solicitadas e testemunhas estão sendo ouvidas”, e que Yapê foi transferida do HMI “em estado gravíssimo, já entubada e com histórico de hemorragia e duas paradas cardiorrespiratórias.”

O filho de Yapê sobreviveu e está sob cuidados dos avós na aldeia. AzMina mostra na segunda reportagem sobre o HMI que há também casos de morte neonatal e violência contra recém-nascidos, revelando outra face da crise no atendimento obstétrico da região.

Prefeitura de Marabá confirma restrição a celulares

Em nota, a Prefeitura de Marabá respondeu que “se entristece e se solidariza com os relatos das experiências traumáticas de mulheres e famílias que procuraram o HMI” e que “nenhum óbito materno ou perinatal evitável deve ser encarado como aceitável, mas motivo para indignação e de ações na busca de melhorias”. A administração afirmou ainda que busca “mudanças que promovam segurança nos cuidados a essas mulheres, assim como tratamento respeitoso”.

Sobre a proibição de celulares no centro obstétrico, a gestão justificou que a medida “baseia-se em norma interna do próprio hospital” devido à “falta de apartamentos individuais no centro obstétrico”, o que “implica em risco de desrespeito do pudor individual de cada mulher, pois durante o trabalho de parto, as partes íntimas da mulher ficam expostas a acompanhantes de terceiros que portam celulares”. A prefeitura prometeu que “a ampliação da estrutura física do hospital garantirá o porte do celular pelas mulheres e seus acompanhantes”.

A administração listou ações implementadas para combater a violência obstétrica, incluindo “adoção de protocolo assistencial”, “cartilha sobre violência obstétrica”, “1ª Jornada para redução da mortalidade materna de Marabá” e “interação com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher”. Além disso, afirmou que “já se posicionou com cuidados para o cumprimento da lei do luto parental, que tem seu prazo para adaptação hospitalar encerrado no próximo mês de agosto”.

A reportagem também solicitou, por e-mail, um posicionamento ao Governo do Estado do Pará e à Secretaria de Saúde do Estado, questionando sobre ações estaduais voltadas à redução das taxas de mortalidade materna e neonatal no município de Marabá. Até o fechamento desta edição, nenhuma das instâncias estaduais deu retorno.

Buscamos o Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA), por e-mail, para questionar o número de denúncias recebidas contra profissionais do HMI, incluindo os médicos citados em relatos obtidos durante a apuração, e se existem procedimentos ético-disciplinares em curso, mas, até o fechamento desta edição, não houve resposta.

*Mariana Rossetti, formada em Comunicação Social e Jornalismo e pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal, é repórter, produtora, e podcaster: fundou o Marias&Anas, um podcast de entrevistas que conta a história de mulheres com diferentes vivências; João Paulo Guimarães é fotojornalista, fotodocumentarista, jornalista, ativista socioambiental e escritor: acaba de lançar o livro O Caçador de Trolls

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