Difícil dizer hoje se o #Colabora vai durar um ano, dez anos ou cem anos. Mas uma coisa é certa, este primeiro mês de vida foi muito bom. Superou as nossas melhores expectativas. E não estou falando só de audiência ou de receitas e despesas. Falo de colaboração, no sentido original da palavra. Foi gratificante receber quatro ou cinco mensagens diárias de pessoas querendo participar, ajudar, fazer qualquer coisa. Gente se oferecendo para cuidar de gestão de pessoal, organização das redes sociais e divulgação.
Tivemos, obviamente, um grupo grande de jornalistas que encontrou no projeto um espaço adequado e independente para contar boas histórias. Serão sempre muito bem-vindos. Mas um dos melhores exemplos deste período foi o de um professor que pedia sugestões de artigos e vídeos sobre consumismo. Ele queria debater o tema com os alunos, precisava de informação e concluía a mensagem, enviada pelo Facebook, dizendo: “Foi essa a forma que eu encontrei de colaborar”. Perfeito.
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Veja o que já enviamosÉ claro que também tivemos problemas, críticas e percalços. Quem não os têm? Mas mesmo estes foram causados, em parte, por uma dificuldade de entender o projeto, o seu propósito e objetivos. Colaborativo, sem fins lucrativos e apartidário? Fala de sustentabilidade mas acompanha temas como o atentado de Paris e a morte dos jovens em Costa Barros? É isso mesmo, estamos falando de vida, da nossa vida, de um mundo real. Só seremos sustentáveis quando houver educação e saúde de qualidade. Quando o saneamento for realmente básico e quando reduzirmos as desigualdades, os preconceitos e a intolerância. Quando deixar o carro na garagem e usar o transporte público for tão importante quanto dar bom dia ao porteiro.
[g1_quote author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Só seremos sustentáveis quando houver educação e saúde de qualidade. Quando o saneamento for realmente básico e quando reduzirmos as desigualdades, os preconceitos e a intolerância. Quando deixar o carro na garagem e usar o transporte público for tão importante quanto dar bom dia ao porteiro.
[/g1_quote]Para celebrar este início de jornada, temos três novidades. A primeira é a apresentação do nosso vídeo institucional, feito pelos colaboradores Ricardo Mello e Maria Caldas, da PraiaPixel. Espero que gostem. A segunda é um novo espaço que explica melhor as diversas formas de colaborar. Ele sugere seis caminhos para a colaboração, mas certamente existem muitos outros e vamos encontrá-los juntos. Um deles é contar a sua história de colaboração, como fez o professor do exemplo acima. Esses casos serão replicados nas nossas páginas nas redes sociais e podem servir de inspiração para muita gente.
Por último, mas não menos importante, estamos cumprindo a promessa de dar transparência aos nossos números de audiência e financeiros. Basta ir no menu do site, clicar em “Quem Somos” e depois em “Números”. Ali é possível ver que 35 mil pessoas visitaram as nossas páginas e que elas foram vistas 69 mil vezes. Vai saber também que até o último dia de novembro publicamos 110 histórias diferentes e que a mais lida foi a que mostrava que o rio Doce não tinha morrido. Mas terá curiosidades também, como o fato de termos 58 colaboradores e apenas 36 seguidores no Linkedin.
Na parte de receitas e despesas, verá quem são os nossos financiadores e saberá que no primeiro mês de existência tivemos um prejuízo de R$ 3.871,45. Está tudo lá. Só não dá para dizer que é preto no branco porque os gráficos são verdes e brancos. Alguns podem achar que isso é surpreendente, inusitado. Não é. Nos Estados Unidos e na Europa, sites jornalísticos independentes e sem fins lucrativos como o #Colabora já fazem isso há bastante tempo. Não estamos inovando. Estamos apenas sendo coerentes.