Rápido, feliz ou sustentável, qual caminho você prefere?

Ciclistas passeiam ao redor do Central Park, em Nova York. Foto Ed Jones/AFP. Abril/2021

Com o uso de Inteligência Artificial, Google Maps oferece opções de rotas que emitam menos gases de efeito estufa

Por #Colabora | ODS 13 • Publicada em 21 de abril de 2021 - 09:11 • Atualizada em 22 de abril de 2021 - 14:47

Ciclistas passeiam ao redor do Central Park, em Nova York. Foto Ed Jones/AFP. Abril/2021

Qual caminho o senhor prefere, doutor? A pergunta clássica dos motoristas de táxi e Uber em todo o mundo tende a ficar um pouco mais complexa. Como parte de uma série de atualizações alimentadas por Inteligência Artificial (IA), o Google Maps passará a oferecer, ainda este ano, opções de rotas que levem os motoristas ao mesmo destino, porém, com a menor pegada de carbono possível. Usando informações disponibilizadas pelo Laboratório Nacional de Energia Renovável do Departamento de Energia dos EUA, o Google começará a otimizar os roteiros com base no consumo de combustível, levando em conta fatores como a inclinação da estrada e o tempo gasto nos engarrafamentos, para que o caminho seja mais sustentável.

As rotas ecologicamente mais corretas serão identificadas com o ícone de uma folha verde. Os motoristas, obviamente, poderão optar pelo caminho mais rápido. Mas se o tempo estimado de chegada for semelhante, a alternativa mais sustentável será apresentada como padrão. De qualquer maneira, o impacto de cada decisão para o planeta estará na palma da mão do motorista. Segundo o Google, o recurso será lançado nos Estados Unidos para iOS e Android ainda este ano, “com uma expansão global a caminho” e deve incluir alertas que sinalizem quando o motorista entrar em zonas de baixa emissão. A empresa informou que ainda não há previsão de quando a atualização deve chegar ao Brasil.

Para quem acha que escolher entre o caminho sustentável e o rápido é pouco, o engenheiro de computação Daniele Quercia oferece mais um: o caminho feliz. O italiano Quercia, que trabalha no Bell Labs, em Cambridge, no Reino Unido, criou o projeto quando fazia pós-doutorado no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Todos os dias ele pegava a sua bicicleta e fazia o caminho mais curto até a universidade. Um dia cansou da mesmice urbana e optou por um desvio, descobrindo ruas arborizadas e tranquilas. Daí nasceu o conceito dos happy maps, os “mapas felizes”, que ainda não estão em aplicativos como o Google Maps, mas nem por isso deixam de ser interessantes e oportunos.

A nova versão do Google Maps faz parte de um pacote de 100 melhorias que estão sendo anunciadas pelo Google, todas com o uso de Inteligência Artificial. Entre as mais curiosas está a Live View, uma ferramenta de navegação para locais internos.

“Se você estiver pegando um avião ou trem, o Live View pode ajudá-lo a encontrar o elevador e escadas rolantes mais próximos, seu portão, plataforma, retirada de bagagem, balcões de check-in, bilheteria, banheiros, caixas eletrônicos e muito mais. As setas e as instruções que as acompanham indicarão o caminho correto. E se você precisar comprar algo no shopping, use o Live View para ver em que andar fica uma loja e como chegar lá para que você possa entrar e sair em um piscar de olhos”, explica Dane Glasgow, vice-presidente de produto do Google Maps.

O Indoor Live View já está disponível em alguns shoppings nos Estados Unidos e começará a ser implantado em aeroportos, shoppings e estações de trânsito em Tóquio e Zurique nos próximos meses.

#Colabora

Texto produzido pelos jornalistas da redação do #Colabora.

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