Quando se pensa em Justiça e Sustentabilidade, ambas com letras maiúsculas para reafirmar sua importância, pensamos em processos ágeis, sem que sejam afoitos, em amplo direito de defesa, sem que haja procrastinação e, principalmente, em redução da impunidade, sem que haja injustiça. No entanto, existem outras formas de tornar o nosso Judiciário mais sustentável e esse foi um passo dado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) no início da semana, coincidindo com a abertura da COP21, em Paris.
A iniciativa, que recebeu o nome de Plano de Logística Sustentável, prevê a redução no consumo de água, a reciclagem dos resíduos sólidos, a melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho, licitações ambientalmente corretas e até programas de comunicação e sensibilização da comunidade. Parece pouco? Agora multiplique isso pelas 1.500 unidades que compõem do Poder Judiciário do Estado. São 154 imóveis onde circulam 800 magistrados, 16 mil servidores e cinco mil terceirizados, além de todo o público flutuante que gira em torno de dois milhões de novos processos anuais.
Em 2010, o Tribunal de Justiça do Rio já havia aderido ao convênio proposto pelo Ministério do Meio Ambiente para tornar toda a administração pública brasileira mais consciente do ponto de vista socioambiental. O responsável pelo projeto, desembargador Jessé Torres, acredita que o rigor na gestão de recursos é fundamental para que “nada venha a nos faltar agora, nem para as próximas gerações”.
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Veja o que já enviamosEm 2012, o TJRJ assinou um convênio com a Eletrobrás para incentivar a eficiência energética nos seus projetos. A edificação piloto foi o fórum de Niterói, que recebeu o selo PROCEL de construção energeticamente eficiente. Hoje, 11 prédios já possuem teto verde, 7 fóruns possuem painéis solares, bem como 19 prédios, incluindo as Lâminas III e o prédio anexo da Comarca da Capital, possuem sistema de reuso das águas pluviais.