Mais de 150 anos separam a Baroneza – primeira locomotiva a vapor do Brasil, construída na Inglaterra a mando do Barão de Mauá – do trem japonês recém-chegado ao porto do Rio. A história das ferrovias no Brasil se mistura com a do abandono das máquinas, dos trilhos, das estações e do povo, majoritariamente pobre, que as usa. Neste ensaio fotográfico, é possível passear pelos vagões, conhecer um pouco dos subúrbios da Central, visitar Paracambi, Belford Roxo e até a vila de casas viradas para a linha do trem em Rocha Miranda. Boa viagem.
Nos trilhos do abandono
Fotógrafo de imprensa há 36 anos, Custodio Coimbra, 61 anos, passou pelos principais jornais do Rio e há 25 anos trabalha no jornal O Globo. Nascido no Rio de Janeiro, é hoje um artista requisitado entre colecionadores do mercado de fotografia de arte. Além de fotos divulgadas em jornais e revistas mundo afora, participou de dezenas de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Tem sua obra identificada com a história e a paisagem do Rio de Janeiro.