A justiça de Egon Schiele

Museu austríaco devolve duas aquarelas do artista que foram roubadas pelos nazistas à família dos verdadeiros donos

Por France Presse | FotogaleriaODS 9 • Publicada em 7 de abril de 2016 - 16:20 • Atualizada em 7 de abril de 2016 - 16:42

Elisabeth Leopold com o autorretrato de Schiele, que será devolvido

Eva Zirkl tem 95 anos e é descendente de Karl Maylaender, um colecionador de arte deportado da Áustria para os Estados Undios em 1941. Como muitas outras obras de arte, parte de sua coleção foi roubada pelos nazistas durante a Segunda Guerra. Entre as obras estavam cinco aquarelas do também austríaco Egon Schiele (1890-1918). Depois de uma negociação que levou duas décadas, o Museu Leopold, de Viena, decidiu devolver duas delas a seus reais proprietários. As outras três obras ficarão com a instituição, que tem a maior exposição permanente do pupilo de Klimt no mundo.

Milhares de obras roubadas pelos nazistas foram devolvidas pela Áustria, desde que, em 1988, uma lei sobre o tema foi aprovada. Mesmo o Museu Leopold já havia pagado US$ 19 milhões a um colecionador judeu, num acordo para ficar com o “Retrato de Wally”, também de Schiele. Na época o governo austríaco recomendou a negociação das aquarelas, mas como o museu é uma instituição privada não estava obrigado pela legislação.

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