ODS 1
Crescimento demoeconômico e emergência climática
Reduzir o consumo desnecessário e estabilizar o crescimento da população são duas tarefas imprescindíveis para garantir as conquistas civilizatórias
O mundo vive uma emergência climática e ambiental e os jovens de todo o mundo lançaram uma centelha que serviu de base para catalisar a erupção da primeira revolta planetária da história. Pessoas de diferentes gêneros, gerações, raças, línguas e culturas – de Norte a Sul e de Leste a Oeste – saíram às ruas em defesa da vida no Planeta. Nos dias 20 e 27 de setembro de 2019, mais de 7 milhões de cidadãos e cidadãs dos quatro cantos do mundo, em mais de 180 países, em mais de 6 mil cidades, protestaram contra a inação e a procrastinação das autoridades locais, nacionais e internacionais. A maior mobilização global de todos os tempos teve como ponto de partida a greve dos estudantes que não aceitam pagar o alto custo da degradação ambiental e não querem deixar como herança para as futuras gerações uma Terra inóspita e inabitável, tal qual se vislumbra em um cenário distópico, cada vez mais provável, sintetizado no livro “The uninhabitable earth: life after warming” (2019), do jornalista David Wallace-Wells.
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Veja o que já enviamosA vida humana e não humana está em perigo. Há uma possibilidade real de um cataclismo climático. Na reunião anual do Fórum Econômico de Davos, em 2019, a jovem ativista Greta Thunberg disse à elite do empresariado mundial: “Quero que vocês ajam como fariam em uma crise. Quero que vocês ajam como se nossa casa estivesse pegando fogo. Porque está” (Thunberg, 20/01/2019). Na Cúpula da Ação Climática de Nova York, convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, a adolescente sueca disse: “Está tudo errado (…) As pessoas estão sofrendo. Pessoas estão morrendo. Ecossistemas inteiros estão entrando em colapso. Estamos no início de uma extinção em massa. E tudo o que vocês falam é sobre dinheiro e sobre o conto de fadas do eterno crescimento econômico. Como vocês se atrevem!” (Thunberg, 23/09/2019).
De fato, o crescimento das atividades antrópicas está, simultaneamente, por trás das conquistas (demográficas, sociais, etc.) e das derrotas (climáticas, ecológicas, etc.) ocorridas ao longo da grande aceleração do processo civilizatório de dominação humana que desaguou no Antropoceno. A dinâmica da população e da economia difere de local a local e de país a país, mas o desenvolvimento desigual e combinado das partes produz um impacto global que degrada o meio ambiente de maneira inexorável.
Como mostrou Herman Daly (2005) – um dos principais autores da Economia Ecológica – o crescimento demográfico e econômico trouxe muitos benefícios para a humanidade quando havia um “mundo vazio” (baixa pegada ecológica e elevada biocapacidade do Planeta), mas se transformou em “crescimento deseconômico” no “mundo cheio” (elevada pegada ecológica e baixa biocapacidade).
No mundo cheio (com sobrecarga da Terra), o tripé da sustentabilidade (social, econômico e ambiental) virou um trilema e o desenvolvimento sustentável virou um oximoro (Martine e Alves, 2015). Por isso, não dá para desconsiderar que no “conto de fadas” do crescimento exponencial o “príncipe virou sapo” e os sapos estão desaparecendo na 6ª extinção em massa das espécies.
Crescimento demoeconômico e crise climática
Nunca na história da humanidade houve um crescimento demoeconômico tão elevado quanto nos últimos 250 anos, desde o início da Revolução Industrial e Energética. Entre 1768 e 2018, a população mundial cresceu 9,2 vezes, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 134 vezes e a renda per capita cresceu 14,6 vezes. Este período único e excepcional possibilitou uma impressionante redução da mortalidade infantil, um inédito aumento da esperança de vida e uma melhoria geral das condições de vida da humanidade. Porém, todo o enriquecimento humano ocorreu às custas do empobrecimento do meio ambiente.
O que possibilitou o extraordinário progresso civilizacional no Antropoceno foi o uso generalizado dos combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás). A eficiência da energia fóssil é inigualável, pois três colheres de petróleo contêm o equivalente à energia média de oito horas de trabalho humano. A energia extrassomática propiciada pelos combustíveis fósseis equivale ao trabalho de cerca de 350 bilhões de pessoas. É como se cada habitante global tivesse “50 escravos à disposição” (Smil, 2017).
Acontece que a queima de combustíveis fósseis está intrinsicamente associada à emissão de dióxido de carbono (CO2), principal componente do efeito estufa. A concentração de CO2 na atmosfera estava abaixo de 280 partes por milhão (ppm) em todo o Holoceno (últimos 12 mil anos), mas vai ultrapassar 410 ppm em 2019 (e continua subindo cerca de 2,5 ppm por ano).
Os gráficos abaixo mostram que existe uma forte correlação entre o aumento das emissões de carbono e a elevação da temperatura global. Fica claro, no painel da esquerda, que o aumento da temperatura acompanha o aumento das emissões globais de CO2. A reta de tendência linear entre as duas variáveis (do painel da direita) indica que 84,7% da variabilidade da temperatura global está associada positivamente aos valores das emissões globais de CO2, ao longo dos anos de 1880 e 2018.
Sem dúvida, a Terra está passando por uma mudança significativa na composição química da atmosfera que, ao contrário das mudanças anteriores, tem sido induzida pelas atividades humanas. Nos últimos 3 milhões de anos – desde o surgimento dos primeiros ancestrais do Homo sapiens – nunca houve um aquecimento global tão elevado. Desde os primórdios da humanidade, os seres humanos nunca conviveram com uma temperatura tão elevada. E as consequências do aquecimento ininterrupto podem ser catastróficas.
O aquecimento global é um dos elos fracos das “Fronteira Planetárias” do Sistema Terra e pode provocar um grande desastre ecológico. No longo prazo, pode haver uma catástrofe para a biodiversidade e para a humanidade. Esta possibilidade foi descrita em influente estudo, publicado ano passado (Steffen, 2018), que indicou que a Terra pode entrar em uma situação inédita, com clima tão quente que pode jogar as temperaturas médias globais até cinco graus Celsius acima das temperaturas pré-industriais. Isto teria várias implicações danosas, como acidificação dos solos e das águas, ondas letais de calor e aumento no nível dos oceanos acima de 10 metros.
O referido estudo mostra que basta um aquecimento global de 2º Celsius para desencadear outros processos de retroalimentação, podendo ativar a liberação incontrolável do carbono e do metano armazenado no permafrost, nas calotas polares, etc. Em função do efeito dominó, as “esponjas” que absorvem carbono podem se tornar fontes de emissão de CO2 e piorar significativamente os problemas da temperatura. Isto provocaria o fenômeno “Terra Estufa”, o que levaria à temperatura ao recorde dos últimos 1,2 milhão de anos. Os seja, caso este cenário se torne realidade, seria algo parecido com um apocalipse para a vida humana e não humana no Planeta.
Indubitavelmente, a crise é séria, já tem trazido danos irreparáveis e o tempo tem ficado cada vez mais curto para evitar o pior cenário. Segundo relatório recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2018) o mundo tem apenas 12 anos para evitar um colapso ecológico, pois para que a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris, de 1,5°C, seja atingida, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) teriam que ser reduzidas, em relação aos níveis de 2010, em cerca de 50% até 2030, chegando a zero por volta de 2050.
O grande desafio atual se deve ao fato de que as emissões globais de GEE não só cresceram muito na segunda metade do século XX, quanto continuam crescendo no século XXI. As emissões globais de CO2 eram de 4,3 bilhões no final da Segunda Guerra, em 1945, quadruplicaram para 18,6 bilhões em 1978 e dobraram entre 1978 e 2018, chegando a 37,1 bilhões de toneladas. Após o Acordo de Paris, entre 2015 e 2018, o aumento das emissões foi de 5% (cerca de 2 bilhões de toneladas em 3 anos). Segundo o IPCC, as emissões globais de CO2 precisam cair para 18,5 bilhões de toneladas até 2030 e para zero até 2050, para evitar que a temperatura global ultrapasse 1,5º C em relação ao período pré-industrial.
Todavia, não é simples reduzir as emissões de GEE num quadro de crescimento contínuo da população e da economia. Infelizmente, a maioria dos economistas, dos políticos e do público em geral continua acreditando na miragem do crescimento demoeconômico infinito num Planeta finito. Mas, como veremos a seguir, as evidências científicas dos impactos do crescimento da população e do Produto Interno Bruto (PIB) sobre o aumento das emissões de dióxido de carbono são irrefutáveis.
Crescimento da população e aquecimento global
Não existe população sem consumo e nem consumo sem população. Para sobreviver no mundo moderno, além das necessidades básicas, os habitantes da Terra precisam de moradia, transporte, equipamentos domésticos (fogão, geladeira, móveis, televisão, rádio, telefone, computador, etc.) serviços de saúde, educação, telecomunicações, lazer, turismo, etc. Todas as pessoas precisam de uma porção mínima de alimento e não é simples produzir comida para saciar o apetite de quase 8 bilhões de habitantes.
O relatório do IPCC, “Climate Change and Land”, publicado em agosto de 2019, indica que os solos tem se aquecido duas vezes mais rápido que a atmosfera do Planeta. Mais de 70% da terra sem gelo já é moldada pela atividade humana. À medida que as árvores são derrubadas e as fazendas tomam seu lugar, essa terra explorada pelas atividades antrópicas emite cerca de um quarto da poluição global provocada por gases do efeito estufa a cada ano, incluindo 13% de dióxido de carbono e 44% do metano. Segundo o IPCC, o aumento da produção e consumo de alimentos contribuiu para o aumento das emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE), perda de ecossistemas naturais e diminuição da biodiversidade. O sistema alimentar responde por cerca de 30% de todas as emissões de GEE e 80% do desmatamento global.
Os gráficos abaixo mostram a inequívoca correlação entre o crescimento da população mundial e a elevação da temperatura global. Fica claro (no painel da esquerda) que o aumento da temperatura acompanha o aumento do número de habitantes. A reta de tendência linear entre as duas variáveis (painel da direita), indica que 86,9% da variabilidade da temperatura global está associada, diretamente, ao crescimento demográfico ao longo dos anos de 1880 e 2018.
Considerando a correlação entre o crescimento da população mundial e a o aumento das emissões globais de CO2, os gráficos abaixo mostram, de maneira ainda mais impactante, a enorme correlação entre o crescimento demográfico e o aumento das emissões globais de CO2. A reta de tendência linear (painel da direita), indica que significativos 99% da variabilidade da emissão global de CO2 está associada diretamente à variação da população mundial ao longo dos anos de 1880 e 2018.
Para os “céticos da demografia” – aquelas pessoas que se recusam a considerar os impactos negativos de um elevado volume de habitantes (“mundo cheio”) sobre o meio ambiente -, os gráficos acima servem para mostrar que o ritmo ascendente de variação populacional importa, impacta e tem uma correlação enorme com a crise climática.
Crescimento da economia e aquecimento global
Evidentemente, a dinâmica demográfica não atua no vácuo, pois a resultante do aumento do número de habitantes sobre as mudanças climáticas acontece juntamente com o incremento do padrão de consumo.
Os gráficos abaixo mostram que também existe uma forte correlação entre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo e o aumento da temperatura global. O painel da esquerda mostra que o aumento da temperatura acompanha o crescimento do PIB global. A reta de tendência linear entre as duas variáveis (painel da direita), indica que 85% da variabilidade da temperatura global está associada diretamente com o crescimento do PIB mundial ao longo dos anos de 1880 e 2018. Nota-se que a correlação entre economia e temperatura global, mesmo sendo bastante significativa, é um pouco menor do que a correlação entre população e temperatura global.
Mas a correlação é ainda maior entre o crescimento da economia e a emissão de carbono. Os gráficos abaixo mostram a associação entre o crescimento do PIB global e o aumento da emissão mundial de CO2. Fica claro, no painel da esquerda, que o aumento das emissões acompanha o crescimento da produção de bens e serviços. A reta de tendência linear entre as duas variáveis (painel da direita), indica que significativos 94,8% da variabilidade da emissão global de CO2 está associada diretamente ao crescimento da economia mundial ao longo dos anos de 1880 e 2018. Também se pode observar que as emissões, em relação ao PIB, eram maiores na época do petróleo barato e que, nas últimas décadas, as emissões reduziram o ritmo em relação ao crescimento do PIB.
O conjunto de dados indica claramente que existe uma forte correlação entre o crescimento da população e da economia e as emissões globais de CO2, assim como entre as emissões de CO2 e a temperatura global. Considerando o efeito conjunto do crescimento demoeconômico – via renda per capita – nossa pesquisa indica que a associação com as emissões chega a 99,4%.
Dinâmica desigual das emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento
Se o ritmo do crescimento da população e da economia influencia as emissões de CO2, as diferentes dinâmicas demoeconômicas, locais, nacionais e regionais, tendem a ter, naturalmente, efeitos diferenciados.
Considerando os 36 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como sendo uma proxy dos países ricos, nota-se que a existe de uma correlação de 84,1% entre o crescimento da população e das emissões de CO2, entre os anos de 1959 a 2017. Observa-se, no painel da direita, que as emissões cresceram mais rapidamente que a população na OCDE quando o preço do petróleo estava baixo, havia um bônus demográfico e um alto crescimento econômico nestes países. Contudo, com a redução do crescimento econômico, o envelhecimento populacional e a mudança da matriz energética (com aumento da participação das energias renováveis e redução do consumo de carvão) as emissões de CO2 começaram a cair em termos absolutos na OCDE, especialmente depois da crise financeira de 2008 e 2009.
Na atual década, os países da OCDE tem apresentado lento crescimento demoeconômico e conseguido reduzir as emissões de CO2, embora continuem com alta emissão por habitante. Em 1959, a emissão per capita na OCDE era de 7,4 toneladas de CO2, passou para 11,7 toneladas em 2004 e caiu para 9,8 toneladas per capita em 2017. No total, em 2017, a OCDE tinha uma população de 1,3 bilhão de habitantes e emitia 12,7 bilhões de toneladas de CO2, respondendo por 35% das emissões globais.
Considerando todos os demais países do mundo (não pertencentes à OCDE) – que incluem países pobres e de renda média – a correlação entre o crescimento da população e das emissões é de 92,2%, entre os anos de 1959 e 2017. A associação é, pois, inquestionável. Nota-se que, ao contrário dos países ricos da OCDE, o ritmo das emissões de CO2 aumentou nos anos 2000, refletindo, principalmente, a veloz trajetória do crescimento econômico dos países emergentes, em especial, China e Índia, os dois países mais populosos do mundo.
No geral, os países em desenvolvimento (não OCDE) apresentaram alto crescimento demoeconômico no período. Em 1959, tinham uma população de 2,2 bilhões de habitantes e emitiam 2,8 bilhões de toneladas de CO2, com emissões per capita de 1,3 toneladas por habitante. Em 2017, a população dos países em desenvolvimento passou para 6,3 bilhões de habitantes, com emissões totais de 22,1 bilhões de toneladas, representando 61% das emissões globais (4% das emissões se devem ao transporte internacional e às diferenças estatísticas). As emissões per capita passaram para 3,5 toneladas de CO2 em 2017.
O novo quadro mostra que os países desenvolvidos emitiram mais gases de efeito estufa no passado, porém, os países em desenvolvimento emitem mais GEE atualmente. O gráfico abaixo mostra como se deu essa mudança. Em 1959, num total de 9 bilhões de toneladas de CO2 emitidas globalmente, os países da OCDE emitiram 5,8 bilhões (representando 64,6% do total) e os países em desenvolvimento (não OCDE) emitiram 2,8 bilhões (representando 31,5%). Em 2017, num total de 36,1 bilhões de toneladas de CO2 emitidas globalmente, os países da OCDE emitiram 12,7 bilhões (representando 35% do total) e os países em desenvolvimento emitiram 22 bilhões (representando 61,1%).
Desta forma, embora tenham padrões de vida bastante desiguais, o impacto negativo do crescimento demoeconômico sobre a crise climática, no século XXI, virá, em maior proporção, das economias emergentes. Mesmo com emissões per capita quase 3 vezes menor, os países em desenvolvimento emitem em maior volume devido à uma população quase 5 vezes maior.
Todos estes dados mostram o tamanho do desafio contemporâneo da relação entre população, economia e aquecimento global. Os países ricos já estão diminuindo as emissões de CO2, mas precisam reduzir mais rapidamente as emissões per capita. Já os países em desenvolvimento precisam reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida de suas populações, mas sem perder controle das emissões e sem agravar ainda mais a crise climática e ambiental.
Mais de 11 mil cientistas de todo o mundo publicaram, no dia 05 de novembro de 2019, na Revista BioScience, um alerta sobre a ameaça de uma iminente catástrofe ambiental e reafirmaram a noção de que o Planeta está enfrentando uma emergência climática. Entre os “sinais vitais” apresentados está a questão do crescimento demoeconômico. O documento diz: “O crescimento econômico e populacional está entre os mais importantes fatores do aumento das emissões de CO2 em decorrência da combustão de combustíveis fósseis”. E afirmam: “Ainda crescendo em torno de 80 milhões pessoas por ano, ou mais de 200.000 por dia, a população mundial precisa ser estabilizada e, idealmente, reduzida gradualmente”.
Em síntese, reduzir o consumo conspícuo dos ricos e estabilizar o crescimento da população mundial são duas tarefas imprescindíveis para evitar um caos climático que pode colocar em risco, não só a vida selvagem e a sobrevivência dos ecossistemas, mas a própria existência da humanidade e a permanência de suas conquistas civilizatórias. As novas e as futuras gerações não desejam herdar uma “Terra Estufa” e não querem ser traídas pelas lideranças atuais.
Referências:
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https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/08/4.-SPM_Approved_Microsite_FINAL.pdf
MARTINE, G. ALVES, JED. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21: tripé ou trilema da sustentabilidade? R. bras. Est. Pop. Rebep, n. 32, v. 3, 2015 http://www.scielo.br/pdf/rbepop/2015nahead/0102-3098-rbepop-S0102-3098201500000027P.pdf
SMIL, Vaclav Energy and Civilization – A History, Cambridge, MA: The MIT Press, 2017
https://scholar.harvard.edu/files/laurencedelina/files/2019-delina-review-of-smil-proof.pdf
STEFFEN et. al. Trajectories of the Earth System in the Anthropocene, PNAS August 6, 2018. 06/08/2018 http://www.pnas.org/content/early/2018/07/31/1810141115
THUNBERG, Greta. Our House Is On Fire, The Guardian, 20/01/2019
THUNBERG, Greta. If world leaders choose to fail us, my generation will never forgive them, The Guardian, 23/09/2019
WALLACE-WELLS, D. The Uninhabitable Earth: Life After Warming, 2019
WILLIAM J RIPPLE, et. al. World Scientists’ Warning of a Climate Emergency, BioScience, 05/11/2019
https://academic.oup.com/bioscience/advance-article/doi/10.1093/biosci/biz088/5610806
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José Eustáquio Diniz Alves é sociólogo, mestre em economia, doutor em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG), pesquisador aposentado do IBGE, colaborador do Projeto #Colabora e autor do livro "ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século" (com a colaboração de F. Galiza), editado pela Escola de Negócios e Seguro, Rio de Janeiro, 2022.
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