Furacões, enchentes, seca e incêndios, ondas de calor intenso ou de frio intenso, um clima sem bússola e atípico: o cenário do planeta aponta para emergência de frear o aquecimento global e, ao mesmo tempo, enfrentar o aumento das demandas de seus oito bilhões de habitantes. Esse tema, central na COP30 que será realizada em novembro em Belém, também vai conduzir os debates da 10ª edição do Seminário Cidades Verdes, organizado no Rio de Janeiro pelo Instituto Onda Azul, organização não governamental fundada há 20 anos, pelo ambientalista Alfredo Sirkis (1950-2020).
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O Cidades Verdes será realizado em dois dias: 10 e 11 de setembro, na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), no centro da capital fluminense. No primeiro dia, o foco estará em Cidades Azuis, conceito que tem ganhado corpo pelo mundo: o Estado do Rio de Janeiro tem demonstrado interesse em se transformar numa Metrópole Azul. Como isso vai acontecer? Como dialogar com os desafios urbanos já postos, como mobilidade, urbanismo e arquitetura urbana? – são questões que será discutidas nesta quarta (10/09). O segundo dia vai focar em transição energética. O debate deve considerar que as fontes de energia são várias e que cabe à nossa civilização diversificá-las e escolher aquelas que menos emitem gases de efeito estufa e causem menos impacto ao meio ambiente.
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Veja o que já enviamosComo nos eventos anteriores, a 10ª edição do Cidades Verdes – desta vez com o tema ‘Cidades Azuis e a transição energética: desafios e oportunidades’ – contará com a participação de representantes da academia, da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente do COP30, será o palestrante especial no segundo dia. As inscrições – gratuitas – devem ser feitas pela internet. A sede da Firjan fica Avenida Graça Aranha, 1 – Centro, Rio de Janeiro.
Cidades Verdes 2025: Programação
1º Dia – 10 de setembro
8h30: Credenciamento e recepção
9h: Welcome Coffee
9h30: Abertura Institucional
– André Esteves- Diretor Executivo do Instituto Onda AZul
– Aguinaldo Ballon- Presidente da CEDAE
– Aspásia Camargo- Socióloga e Decana do Cidades Verdes
– Richele Cabral- Diretora de Mobilidade Urbana da Semove
– Representante da Firjan
10h00: Mesa 1– Projeto Guanabara Azul e a visão para o desenvolvimento da Economia Azul Sustentável no Estado do Rio de Janeiro.
A meta do governo do estado é criar no Rio uma metrópole azul. Para isso, a missão é conectar o oceano com economia e qualidade de vida de forma sustentável. Serão debatidos, nessa mesa, os caminhos que podem ajudar nessa empreitada.
– Ana Asti- Subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro- SEAS
– Aspásia Camargo- Socióloga e coord do Colégio de Altos Estudos da UFRJ;
– Bruno Sasson- Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro- AGENERSA
– Jorge Peron- Gerente de Sustentabilidade da FIRJAN
– Sonia Araripe- Mediadora- Revista Plurale
11h15: Perguntas e interação com o público
11h30: Mesa 2 – Verde e azul precisam andar junto para se criar uma sociedade resiliente e sustentável.
Iniciativas como a recuperação das praias do litoral carioca são importantes. As parcerias estratégicas que dão certo. Nessa mesa, o debate será sobre o papel das empresas e da sociedade civil para a construção de um ambiente que ofereça mais qualidade de vida aos cidadãos e cidadãs, sob a ótica da economia azul.
– Allan Borges- Chefe de Gabinete e presidente do comitê de sustentabilidade da CEDAE;
– Ricardo Gomes- Diretor Executivo do Instituto Mar Urbano;
– Matheus Monica- Secretário de Economia Azul de Cabo Frio;
– Fabiano Thompson- Professor Titular da UFRJ;
– Giane Gatti- Mediadora – Jornalista
12h45: Perguntas e interação com o público
14h00: Mesa 3 – As cidades precisam oferecer qualidade de vida a seus cidadãos
Neste sentido, a mobilidade urbana é fundamental, e um grande desafio quanto maior for a cidade. No cenário de transição energética, o ideal é conciliar veículos urbanos que possam utilizar fontes renováveis de energia. A mobilidade urbana sustentável enfrenta desafios como a infraestrutura inadequada para meios de transportes alternativos e a alta dependência de combustíveis fósseis.
– Richele Cabral- Diretora de mobilidade urbana da SEMOVE
– Clarisse Linke- Diretora Executiva do Instituto de Políticas Públicas de Transporte e Desenvolvimento – ITDP Brasil
– Jerson Kelman- Engenheiro, foi professor da Coppe-UFRJ e dirigente de ANA, Aneel, Light, Enersul e Sabesp.
– Andrea Santos -Coordenadora do laboratório de transporte sustentável do programa de engenharia- Coppe/UFRJ
– Agostinho Vieira – Mediador – Jornalista, fundador do #Colabora
15h15: Perguntas e interação com o público
15:30: Mesa 4 As cidades azuis e seus desafios
O conceito de “cidade azul” envolve a sustentabilidade ambiental, social, econômica, cultural e na governança dos municípios e do estado– integrando políticas públicas, ações de cidadania e instituições conectadas com o oceano. No conceito, é importantíssimo a gestão adequada da água que garante o abastecimento para a população e a manutenção de ecossistemas, sendo um pilar para a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano sustentável. Mas há desafios, e não são poucos, como o estresse hídrico, provocado por seca, um evento extremo provocado pelas mudanças climáticas. O crescimento populacional, sobretudo nas regiões urbanas, só aumenta o problema. Outro desafio é manter o saneamento básico para oferecer qualidade de vida aos moradores das cidades, sejam elas megalópoles ou não. Esta mesa vai se destinar a falar sobre esses desafios e como superá-los. Onde se juntam, por exemplo, a expansão do saneamento básico, a gestão das águas e a arquitetura sustentável no projeto de uma metrópole azul?
– Aguinaldo Ballon- Presidente da Cedae
– Aline Felix- Gerente de Relações Institucionais da Águas do Rio
– Leonardo Soares- Diretor Institucional da Iguá Saneamento
– Aspásia Camargo- Mediação
16h30: Perguntas e interação com o público
16h45: Apresentação do documentário “Quanto Vale o Azul?”, do jornalista Ricardo Gomes Presidente do Instituto Mar Urbano.
17h15h- Considerações Finais e encerramento
Programação 2º dia: 11 de setembro
8h30 Credenciamento e recepção
9h: Welcome coffee
9h30 – Keynote Speaker – Embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30
10h: Mesa 1 – A melhor fonte de energia para as cidades
Como conciliar a demanda de grandes populações com a escala das energias renováveis? Como conciliar a necessidade de se ter tecnologias de ponta para resolver questões emergentes para as cidades enfrentarem os eventos extremos, sem demandar mais energia? Como sair desse imbróglio?
– Amanda Schutze- Coordenadora da FGV- Clima SP
– Ilan Cuperstein- Coord. de relações internacionais da prefeitura do RJ
– Andrea Santos – Coordenadora do laboratório de transporte sustentável do programa de engenharia- Coppe/UFRJ
– Sérgio Bessermann- Presidente do Instituto Jardim Botânico- IJB
– Amelia Gonzalez- Mediadora- Blog Ser Sustentável
11h15: Perguntas e interação com o público
11h30: Mesa 2 – Nunca houve tanta aposta nas energias renováveis, mas os investimentos em fósseis continuam alto.
O mundo ainda não está preparado para acabar totalmente com o uso do combustível fóssil, mas ao mesmo tempo está percebendo que será necessário adaptar-se a outras fontes de energia. Posição estratégica para incorporar e acelerar o uso de fontes limpas é um fator crítico de sucesso? Matriz limpa incentiva a diversificação. Qual a melhor? O que cada uma pode oferecer para substituir o petróleo e quando?
– Guilherme Wilson- Gerente de Sustentabilidade da SEMOVE
– Gabriel Krospch- Sinegás e ACRJ
– Rafael Almada- Reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro- IFRJ
– Carlos Nobre – Climatologista (mensagem em vídeo)
– Gabriel Vasconcelos- Jornalista – Mediação
12h45: Perguntas e interação com o público
14h15: Mesa 3- O papel da sociedade civil e o chamado à ação
A sociedade civil e a iniciativa privada desempenham um papel crucial na discussão e formulação de políticas de transição energética, atuando como agentes de transformação e fiscalização, garantindo que a mudança atenda às necessidades e expectativas da comunidade de forma justa, inclusiva e sustentável. O debate multissetorial amplia os cenários e as possibilidades de convergências.
– Edmar de Almeida- presidente da Associação Internacional de Economia da Energia- PUC- RJ
– Marie Ikemoto- Subsecretária de mudanças do clima e conservação da biodiversidade do Estado do RJ
– Isaque Ouverney- Gerente de Infraestrutura da Firjan
– Alice Hagge- Secretária executiva da ANNAMA RIO DE JANEIRO
– Thiago Magno- Jornalista SEBRAE RJ
15h30: Perguntas e interação com o público
15:45h Mesa 4 – Avanço tecnológico e novas soluções sustentáveis
As tecnologias podem ser fundamentais na transição para cidades mais resilientes, sustentáveis e boas de se morar. No entanto, elas também emitem muitos gases de efeito estufa. A digitalização das empresas e o uso da IA, por exemplo, estão provocando um boom na construção e expansão de data centers. Como conciliar essas agendas de desenvolvimento e a transição energética sustentável?
– Nelson Rocha- Presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Estado RJ
– Gustavo Naciff- Empresa Pública de Energia-EPE
– Thauan Santos- Doutor em Planejamento Energético- COPPE-UFRJ
– Sydnei Menezes- Presidente do Conselho de Arquitetos e Urbanistas do RJ
– Eduardo Mack- Jornalista e mediação
17h – Perguntas e interação com o público
17h15 – Considerações Finais e Encerramento do seminário Cidades Verdes