Pobreza menstrual: 25% das adolescentes brasileiras não têm acesso a absorventes

Estudo do Banco Mundial estima que pelo menos 500 milhões de mulheres no mundo não dispõem de instalações adequadas para a higiene no período menstrual.

Veto de Bolsonaro ao projeto que previa distribuição de absorventes expõe a miséria e a vulnerabilidade de mulheres que usam até miolo de pão durante a menstruação

Por #Colabora | ODS 10ODS 3 • Publicada em 8 de outubro de 2021 - 17:46 • Atualizada em 19 de outubro de 2021 - 08:56

Estudo do Banco Mundial estima que pelo menos 500 milhões de mulheres no mundo não dispõem de instalações adequadas para a higiene no período menstrual.

(Por Bruna Rangel, Cecile Mendonça, Juliana Sá e Luiza Maia (*) – “A gente não pode tirar o pão da boca do filho da gente para poder comprar absorventes. Na realidade, a fome dói. A gente vê um filho da gente chorando por falta de um alimento. A  menstruação a gente supre com outra coisa, um forrinho, um papel higiênico.”

Esse é um relato anônimo de uma mulher que vive na pele o dilema entre comprar itens de higiene para o período de menstruação ou garantir o alimento diário. Um problema que passa muitas vezes despercebido, mas que evidencia ainda mais a desigualdade social. A falta de acesso a recursos, infraestrutura e até informação em relação a cuidados que envolvem o próprio corpo e a menstruação caracteriza a precariedade ou pobreza menstrual. Segundo uma estimativa do Banco Mundial, de 2018, pelo menos 500 milhões de mulheres no mundo não dispõem de instalações adequadas para a higiene no período menstrual.

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O cenário atinge pessoas em vulnerabilidade nas comunidades, nas ruas, nas prisões, onde muitas vezes o acesso à higiene básica não é garantido, e tem um grande impacto principalmente entre os mais jovens. Dados do Unicef revelam que 713 mil meninas brasileiras vivem sem banheiro ou chuveiro em casa. Já um levantamento da marca Sempre Livre mostra que 22% das jovens de 12 a 14 anos no Brasil não têm acesso a produtos de higiene no período menstrual. Quando se trata de adolescentes entre 15 e 17, o número sobe para 26%.

Com a falta de serviços básicos e sem condições de menstruar de maneira digna, as consequências são diversas, desde riscos à saúde, até prejuízos no dia a dia. No caso das jovens, os estudos principalmente acabam sofrendo esse impacto. Segundo a pesquisa da Unicef, meninas perdem até 45 dias de aula por ano por não conseguirem ter acesso à higiene adequada durante a menstruação.

Quem pode comprar todos os meses os seus produtos menstruais sem sentir um grande peso no bolso talvez não perceba o impacto que esse gasto acumulado pode causar. A situação muda no caso de famílias que tentam sobreviver com até R$ 246,00, como mostra uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, em fevereiro de 2021, o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza ultrapassou 27 milhões.

Ao longo da vida, pessoas que menstruam passam por cerca de 450 ciclos menstruais, o que significa uma média de 10.000 absorventes utilizados durante a idade fértil. Estimando o valor médio de 60 centavos por unidade de absorvente, o gasto total da menstruação giraria em torno de 6.000 reais.

No dia a dia, a vulnerabilidade faz com que essas pessoas recorram a outras alternativas para conter o sangue menstrual, como panos velhos, jornais, papel higiênico e até mesmo miolo de pão amassado. Os riscos desse uso vão de alergias na região da vagina até infecções ginecológicas: “Esses métodos inadequados podem acabar provocando desequilíbrios na flora vaginal, levando a vulvovaginites, surgimento de infecções urinárias, cistites, entre outros problemas graves”, explica Mariana Ferreira, ginecologista do coletivo “NegreX” e da Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras.

Por essas razões, desde 2014, o acesso a itens de higiene básica é considerado uma questão de saúde pública e de direitos humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Frente ao desconhecimento que o tema ainda gera, já está mais do que na hora de falar abertamente sobre menstruação – seja nas salas de aula, em locais de vulnerabilidade, e, é claro, no meio virtual.

Mudando o cenário

Reconhecendo essa situação preocupante e a necessidade de mobilização, iniciativas sociais dedicadas ao combate à pobreza menstrual vêm ganhando mais visibilidade. Diversos grupos espalhados pelo Brasil atuam pela democratização do acesso ao absorvente, para que deixe de ser um “item de luxo”.

O agravamento da crise econômica durante o período de pandemia foi um dos fatores que mobilizaram alguns grupos a doarem para quem mais precisava. Foi o caso do projeto “Todas por Todas”. Tudo começou quando a profissional de ciências contábeis Elise Bustamante teve contato com um grupo que doava cestas básicas para uma ocupação em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e decidiu contribuir com a arrecadação.

Mas foi quando ela conheceu o projeto “TPM”, um grupo de São Paulo que realiza ações de doação e conscientização sobre a precariedade menstrual, que ela percebeu a importância de expandir o foco das arrecadações. Espelhando-se na iniciativa, ela decidiu convidar mais pessoas através das suas redes sociais para criar um projeto no Rio.

Ouça o nosso podcast sobre pobreza menstrual

Foi assim que mais 6 mulheres se juntaram a essa causa e Elise conseguiu tirar o projeto do papel. Na época, o tema ainda era pouco conhecido por elas. “Quando eu conheci o projeto “TPM” o meu primeiro sentimento foi de susto, porque a menstruação sempre foi um aspecto muito natural para mim. Saber que tantas pessoas vivem nessa situação foi como acordar de um transe”, afirma a engenheira Marina Mota, uma das integrantes do coletivo.

No entanto, o cenário se revelou logo na primeira ação do grupo, quando elas viram a tamanha necessidade das mulheres que viviam naquela ocupação. Em um espaço conjunto onde vivem 200 famílias, existem apenas dois banheiros femininos compartilhados.

Diante da necessidade, o grupo passou a entregar kits que, além dos absorventes, levam calcinhas, papel higiênico e lenços umedecidos. “Antes, nós tínhamos até um receio de levar as doações, porque pensávamos que o principal eram os alimentos. Mas os kits foram muito bem recebidos”, conta Elise.

O coletivo “Todas por Todas” distribui absorventes, calcinhas, papel higiênico e lenços umedecidos. Foto Divulgação

Logo no primeiro mês de arrecadação, o Todas por Todas bateu a meta em apenas dez dias, conseguindo comprar e distribuir 200 conjuntos. Mais de um ano após o começo do projeto, por meio de ações realizadas com iniciativas parceiras que ajudam pessoas em situação de rua e nas comunidades do Rio, o projeto já conseguiu doar 2.000 absorventes.

Além das doações, o grupo adotou como bandeira a divulgação do tema para mais pessoas. Por meio das redes sociais, principalmente do Instagram, a iniciativa compartilha dados, pesquisas e debates sobre questões ligadas à menstruação.

“Nós nos surpreendemos com o engajamento das pessoas porque muitos passaram a nos acompanhar e dizer que não faziam ideia desse problema. E através dessas informações nós queremos alcançar todas as pessoas, até porque não só mulheres, como alguns homens trans e não-binários menstruam, sendo muito importante fomentar essa questão”, afirma Marina Mota.

O conhecimento acaba sendo uma das formas mais importantes para quebrar esse tabu. E as informações sobre o tema têm também chegado às salas de aula. Um exemplo disso é a ONG Absorvendo Amor, criada em 2018 por estudantes do ensino médio da escola Eleva, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para conversar sobre a pobreza menstrual.

Cientes dos seus privilégios, os alunos resolveram se mobilizar por quem não tem condições de higiene íntima de qualidade, movidos pelo desejo de ajudar e transformar essa realidade. Além de arrecadar absorventes para distribuir em escolas públicas e comunidades, os jovens também promovem debates e palestras educativas sobre saúde feminina com especialistas, já que muitas vezes a falta de acesso acompanha a falta de informação sobre a menstruação.

“Levamos médicos para explicarem como o corpo funciona, como usar os absorventes e a importância da valorização da saúde. Também tiramos dúvidas sobre a menstruação no nosso Instagram, que é uma das principais plataformas educacionais que nós temos”, diz a estudante Paula Neves, de 17 anos, que atua na comunicação do Absorvendo Amor.

A ONG Absorvendo Amor reúne jovens de uma escola da Zona Sul do Rio. Foto Divulgação

No meio digital, o projeto discute e dá visibilidade a pautas importantes como mitos sobre a menstruação, o funcionamento do ciclo menstrual, a importância do autoconhecimento e a conscientização e educação sobre a desigualdade menstrual.

A ideia de fundar o Absorvendo Amor surgiu quando uma das fundadoras, Constanza Del Posso, de 17 anos, reuniu seus colegas de turma para falar sobre o seu desejo de ajudar as meninas do Rio de Janeiro sem acesso a itens considerados tão básicos em sua rotina.

Logo, todos se familiarizaram com a causa e, desde então, a ação funciona em três áreas, divididas entre os 14 participantes do projeto. Na logística, organizam toda a parte financeira e as arrecadações; na comunicação, os jovens entram em contato com as pessoas e buscam parcerias, e o setor de mídia social fica encarregado das redes sociais do projeto. Para Paula Neves, o maior desafio é a falta de engajamento do público em geral e a ausência de políticas públicas, propagandas e incentivos em torno de distribuição de informação e dos próprios absorventes.

Realizando esse trabalho voluntário, os adolescentes também percebem que a pobreza menstrual gera problemas complexos, além da falta de acesso no dia a dia: “Nós conversamos com meninas de uma região muito precária aqui no Rio que falaram que preferiam engravidar e não menstruar por 9 meses. Por isso nós aumentamos a frequência de doações, para que as meninas reconsiderem esse pensamento”, conta Paula.

Buscando ajudar cada vez mais, os estudantes atuam tanto através de parcerias e da vaquinha online para reverter o valor arrecadado na compra dos absorventes, quanto com doações físicas e pontos de coleta dos itens. A cada 50 reais doados, oferecem a uma menina o acesso a 1 ano de absorventes, totalizando mais de 100.000 absorventes doados.

 Os impactos ambientais

Garantir o acesso aos absorventes é o primeiro passo para combater a pobreza menstrual. Mas quando falamos de menstruação, há também outros prejuízos que estão interligados, como o impacto dos absorventes descartáveis para o meio ambiente. A estimativa é que uma pessoa que menstrua produz 3 quilos de lixo por ano ao utilizar esses itens, que podem levar até 500 anos para se decompor na natureza. Por isso, a transição para métodos mais sustentáveis, reutilizáveis e menos nocivos ao meio ambiente tem sido incentivada. Exemplos disso são os absorventes de pano, o coletor menstrual e as calcinhas absorventes.

No caso de quem não possui condições adequadas para lavar e esterilizar os itens, as opções se tornam mais difíceis para aderir. Ainda há a questão do custo inicial. Um coletor, por exemplo, geralmente é encontrado na faixa entre os 70 e 100 reais. Os kits de calcinhas menstruais também costumam chegar a esses preços. Já os absorventes de pano podem variar entre 20 reais e 50 reais, cada unidade.

Reconhecendo as vantagens e a falta de conhecimento sobre essas alternativas, o “Dona do meu Fluxo” foi criado em 2017 pelo projeto Raízes em parceria com a empresa Korui. A iniciativa é uma das pioneiras no combate à pobreza menstrual no Brasil, com a doação de coletores menstruais. Além das doações dos copinhos, como são chamados os coletores, também atuam promovendo debates sobre empoderamento feminino.

Com esse objetivo, as voluntárias organizam rodas de conversa e workshops para conectar as pessoas assistidas e discutir a importância da liberdade de escolha e de serem donas do fluxo menstrual e da própria vida. Nas redes sociais, também aproveitam para dar visibilidade a temas importantes relativos à menstruação e ao uso do coletor, abrindo um espaço para trocas.

“O retorno tem sido muito positivo. A aceitação tem sido grande principalmente porque não só entregamos o coletor, como também esclarecemos os tabus envolvidos em usar o coletor, como é o corpo feminino e o que significa menstruar”, declara Mariana Madureira, cocriadora do projeto.

Nesses encontros, realizados em lugares remotos em que as mulheres são mais vulneráveis, como em comunidades e aldeias indígenas sem coleta de lixo, o Dona do meu Fluxo também se dedica a levar os copinhos para evitar que os absorventes sejam descartados com frequência nos rios, impactando ainda mais o ambiente.

Nas expedições, que já ocorreram em locais mais remotos como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e na região do Rio Xingu, no Pará, as voluntárias apresentam as vantagens econômicas e ecológicas dos coletores. O projeto já ultrapassou a marca de 3.000 coletores distribuídos.

“Um coletor, se bem cuidado, pode durar até 10 anos e a conta, por alto, que a gente faz é que, com um coletor, a mulher deixa de consumir 2.000 absorventes. Nossa estimativa é que já poupamos o meio ambiente de 6 milhões de absorventes”, completa Mariana.

Um grande desafio ao realizar esse trabalho é o desconhecimento, já que muitas nunca tinham tido contato com os coletores menstruais antes do projeto. “Nós não tentamos impor o uso, mas esclarecer sobre essa possibilidade. Buscamos também sempre respeitar as culturas e, ao mesmo tempo, apresentar esse convite”, ressalta a fundadora.

O grupo “Dona do meu Fluxo” já organizou ações no Vale do Jequitinhonha e pelo Xingú. Foto Divulgação

Cobrando novas leis

Acessibilidade, informação e sustentabilidade são temas que vêm ganhando cada vez mais espaço, principalmente com a mobilização das gerações mais jovens. Por todo o país, uma rede de meninas tem se engajado para mobilizar as lideranças em torno da precariedade menstrual.

Desde 2020, o “Girl Up Brasil” tem reunido diferentes adolescentes para tornar a pauta ainda mais visível e debatida. A iniciativa se trata de um movimento global da Fundação das Nações Unidas, que atua no Brasil desde 2018 para empoderar meninas e torná-las líderes. Junto à “ONG Nossas”, o grupo realiza a campanha “Livre para Menstruar”, que defende ações para o fim da pobreza menstrual.

O foco principal é a mobilização e criação de novas políticas públicas que facilitem o acesso aos itens menstruais. “Nós entramos em contato com políticos e advogados e assim recebemos toda a assistência necessária para a criação de uma política pública, para que aquele projeto possa ser protocolado”, explica Melissa Simplício, uma das líderes do “Girl Up Nise da Silveira”, clube do Rio de Janeiro.

Além disso, as jovens também fomentam a repercussão de ações como essa nas redes sociais para que mais autoridades reconheçam e somem forças ao debate. Nesses espaços, divulgam uma série de informações e dados sobre a pobreza menstrual, estimulando mais jovens a participarem do movimento: “Queremos fomentar mudanças sistêmicas e incentivar outras iniciativas e organizações a incluírem absorventes em suas causas, a fim de garantir os direitos humanos dessas mulheres”, afirma Gabriela Veneno, participante também no Rio.

O “Girl Up” trabalha pela criação de novas políticas públicas que facilitem o acesso aos itens menstruais. Foto Divulgação

A ideia de recorrer às autoridades surgiu através de muita pesquisa. Estudando os dados sobre pobreza menstrual no Brasil, as adolescentes perceberam que os resultados refletiam a negligência e a falta de acesso em boa parte do país. Assim, entenderam que precisavam com urgência de ações governamentais e não apenas sociais.

Articuladas em vários estados, foi no Rio de Janeiro que as meninas do “Girl Up” alcançaram uma primeira grande vitória. Com o apoio do deputado Renan Ferreirinha e outros parlamentares, desenvolveram um projeto de lei pela inclusão de absorventes nas cestas básicas. A proposta foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro em julho de 2020, virando lei.

Apesar de ser uma medida pioneira no estado, ela ainda não garante que os itens estejam presentes em todas as cestas básicas. O que muda com essa lei é a cotação dos produtos, que reduz com a diminuição dos impostos. O acesso para todas segue sendo uma das metas sonhadas pelo projeto.

No entanto, outra enorme conquista foi alcançada pelo grupo recentemente no estado. O governador Cláudio Castro sancionou, no dia 17 de setembro, o Projeto de Lei 1065/2019, que autoriza a distribuição de absorventes higiênicos de forma gratuita em escolas públicas estaduais do Rio. Com a aprovação da medida, os produtos deverão ser distribuídos nas secretarias e coordenadorias, e cada unidade deverá afixar cartazes que informem a disponibilidade dos kits.

A gratuidade dos absorventes já é uma realidade em outros locais do mundo, como na Escócia, que se tornou em novembro de 2020 o 1º país do mundo a liberar a distribuição dos produtos menstruais. Outros países também possuem leis de acesso aos itens nas escolas, como a Inglaterra, que aprovou a medida em janeiro de 2020, e algumas regiões nos Estados Unidos.

O Brasil chegou perto dessa meta da gratuidade, mas ainda não conseguiu avançar. No dia 14 de setembro, o Senado aprovou um projeto para distribuição gratuita dos absorventes para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação vulnerável e presidiárias.

Entretanto, ao passar pela avaliação do presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de outubro, os artigos que estipulavam a entrega dos absorventes para esses grupos foram vetados. Segundo Bolsonaro, o Congresso não previu fonte de custeio para essas ações. Porém, o texto determina que o dinheiro seria destinado pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Fundo Penitenciário Nacional, no caso das presidiárias.

Mas ainda há uma chance. Com a repercussão negativa dessa medida, milhares de pessoas, ONGs e projetos nas redes sociais têm se mobilizado para pedir ao Congresso que o veto do presidente seja derrubado. Agora, os parlamentares terão até 30 dias para tomar essa decisão.

Mobilizadas em diferentes cantos do Brasil, nas redes, em escolas ou entre grupos de amigos, cada uma das iniciativas apresentadas têm algo em comum: a esperança. Conectando pessoas que decidiram estourar suas bolhas de privilégios e reivindicar os direitos dos mais vulneráveis, projetos como esses têm sido fio condutor no combate à pobreza menstrual.

Cada item doado e informação divulgada é um passo à frente em direção a um futuro em que seja possível menstruar de maneira digna, livre de estigmas, constrangimentos e, principalmente, onde o acesso não seja um privilégio.

E se você se interessa em somar forças nessa causa tão necessária, saiba que há várias formas de participar ativamente dessa transformação. Seja doando seu tempo como voluntário, contribuindo com a quantia que puder, doando itens de higiene básica ou divulgando os projetos, a sua ajuda pode fazer toda a diferença. Saiba mais a seguir.

 Como ajudar

TODAS POR TODAS

Ajude o grupo a continuar entregando itens de higiene menstrual através das doações. O projeto possui planos mensais pela plataforma PagSeguro (21, 24, 36, 48 ou 96 reais) e opção de doação única para uma conta do Nubank. Para doar por PIX, é só tranferir pela chave: todas.por.todass@gmail.com.

https://linktr.ee/todasportodas

ABSORVENDO AMOR

Para ajudar o projeto, você pode doar por meio de uma vaquinha on-line ou via PIX (chave: 40.127.752/0001-32). Entre em contato com o Absorvendo amor para mais oportunidades de participação e voluntariado.

https://absorvendoamor.com.br/

LIVRE PARA MENSTRUAR

Participe da aprovação de projetos de lei em diferentes estados do país para garantir o fornecimento de produtos menstruais. Basta acessar a plataforma e preencher um formulário ao assinar uma petição.

https://livreparamenstruar.org/

DONA DO MEU FLUXO

Ao comprar um coletor da Korui você ajuda a financiar o projeto. Outra forma é adquirindo a camisa Dona do Meu Fluxo, com lucro 100% revertido para a causa. Você também pode fazer parte da iniciativa se voluntariando, seja para participar das ações, somar na parte administrativa ou no time de comunicação.

https://linktr.ee/donadomeufluxo

(*) As quatro autoras desta reportagem são alunas de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense

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Texto produzido pelos jornalistas da redação do #Colabora.

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