Picnic Brasil

Rio recebe evento sobre economia criativa, sustentabilidade e tecnologia

Por Carlos Albuquerque | ODS 17 • Publicada em 3 de novembro de 2016 - 18:39 • Atualizada em 4 de novembro de 2016 - 13:00

Show na última edição do Picnic na Holanda. Foto Divulgação
Show na última edição do Picnic na Holanda. Foto Divulgação
Show na última edição do Picnic na Holanda. Foto Divulgação

Em vez de pães, frutas, queijos e sucos, ideias vão ser o principal aperitivo servido pelo Picnic Brasil, que estende sua toalha imaginária no Parque Lage, de hoje (quinta-feira) até sábado, de 10h às 20h.  São ideias sobre robótica, impressão 3D, realidade virtual, hackerativismo e bitcoin, entre outras, que serão debatidas na primeira edição local do evento, nascido em 2006 na Holanda. Ao longo de uma década sendo realizado em Amsterdã, ele se consagrou como um dos mais importantes encontros sobre economia criativa, sustentabilidade e tecnologia da Europa. Fechado esse ciclo, atravessou o Atlântico e ganhou uma nova sede.

[g1_quote author_name=”Daniela Brayner” author_description=”Diretora-Geral do Picnic Brasil” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]

A discussão proposta é em torno de um crescimento global, sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas, sobre urbanismo e as chamadas “smart cities”.

[/g1_quote]

– Estive no Picnic da Holanda pela primeira vez em 2011, quando pude conhecer melhor o evento. Percebi que existia um vácuo na agenda do Rio para um evento assim. Desde então, tentamos viabilizar sua vinda ao Brasil – conta Daniela Brayner, diretora –geral do Picnic Brasil. – Em 2014, com a ajuda do meu sócio, Andre Eppinghaus, conseguimos definir um formato próprio e, enfim, finalizar essa transição. O Picnic da Holanda deixa de existir e a partir de agora passa a acontecer no Brasil nos próximos cinco anos, inicialmente no Rio.

Gostando do conteúdo? Nossas notícias também podem chegar no seu e-mail.

Veja o que já enviamos

O tema da primeira edição é “Redesenhando o crescimento”. Num momento em que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) surge como um controverso modelo para o desenvolvimento do país nos próximos anos, é inevitável pensar que tipo de redesenho e de crescimento vai ser abordado pelo Picnic Brasil.

A feira de tecnologia Makers Fairs estará aberta ao público apenas no sábado. Foto Divulgação

– O tema central foi levantado pela direção holandesa e, naturalmente, precede a PEC. A discussão proposta é macro, é em torno de um crescimento global, é sobre o impacto da tecnologia em nossas vidas, sobre urbanismo, sobre as chamadas “smart cities” etc – diz Daniela. – Nossa curadoria local buscou desenvolver esse tema principal e distribuí-lo em subtemas.  Queremos pensar como isso pode acontecer no Brasil, como ideias inovadoras podem afetar o nosso dia a dia, como podemos acelerar processos para colocá-las em prática.

A programação – com ingressos variando entre R$ 220 (um dia) e R$ 590 (três dias) – inclui 35 palestras e laboratórios, onde estarão presentes especialistas como Mitch Altman (EUA), hacker e pioneiro em realidade virtual, Tiburcio de La Carcova (Argentina), diretor da Xapo, uma das principais empresas do Vale do Silício dedicadas ao bitcoin e Peter Bickerton (Inglaterra), botânico, criador da ONG Thought for Food. Vai acontecer também uma feira de tecnologia aberta ao público, Makers Fairs, apenas no sábado.

– O Tiburcio vai abordar o impacto do bitcoin no sistema financeiro e em nossas vidas. Já o Peter Bickerton descobriu que uma dieta rica em insetos pode ser bastante eficaz para combater o colesterol alto.  São exemplos dos diálogos, propostas e percepções inovadoras que queremos ter no Picnic Brasil – explica Daniela, que destaca também a presença de elementos de arte e cultura no evento. – Teremos uma palestra sobre inteligência artificial na arte e um workshop sobre instrumentos eletroacústicos.  A ideia do Picnic é termos conversas com todas as áreas do conhecimento, pensando principalmente em quem tem pouco. Só assim poderemos evoluir coletivamente, de forma justa e sustentável.

Carlos Albuquerque

Carlos Albuquerque (ou Calbuque) é jornalista de cultura, biólogo, DJ (daqueles que ainda usam vinil) e ocasional surfista de ondas ridiculamente pequenas. Escreve com a mão esquerda e Darwin é seu pastor.

Newsletter do #Colabora

A ansiedade climática e a busca por informação te fizeram chegar até aqui? Receba nossa newsletter e siga por dentro de tudo sobre sustentabilidade e direitos humanos. É de graça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe:

Sair da versão mobile