O projeto #Colabora está completando dez dias de vida. Estamos muito felizes. O bebê é bonito, saudável, esperto e a sua foto vem sendo compartilhada por um monte de gente nas redes sociais. Em poucos dias, mais de onze mil pessoas passaram pelo nosso site e conseguimos quase 2,5 mil fãs no Facebook. Perfeito, né? Mais ou menos. Como todo jovem, precoce e atrevido, decidimos que já era hora de mudar de fase, sair do berço. E foi aí que começaram a surgir as primeiras dificuldades.
Como a maioria de vocês já sabe, somos um projeto jornalístico sem fins lucrativos e sem vinculação partidária. Diferentemente de outros veículos de comunicação, não somos vendidos em bancas, não temos assinaturas e nem estamos ligados a um grande portal. Nossa informação é gratuita, está na palma da mão, na mesa de trabalho, pronta para ser lida. A internet funciona para nós como uma imensa banca de jornais e cada leitor é um vendedor, que partilha com os amigos o que viu e, principalmente, o que gostou.
[g1_quote author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Nossa informação é gratuita, está na palma da mão, na mesa de trabalho, pronta para ser lida
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Veja o que já enviamosPara muitas pessoas, ter fãs numa rede social, sejam 2 mil, 10 mil ou 100 mil, significa que eles gostam do que você faz e estão dispostos a franquear suas páginas para receber o seu conteúdo. Simples assim. Só que não. Apenas uma pequena fração dos nossos seguidores, algo entre 10% e 20%, recebe o que publicamos. Quem decide isso? Os principais players desse enorme mercado digital. Uma reportagem do jornal inglês The Guardian, publicada no final do ano passado, mostrou um documento oficial do Facebook que dizia: “esperamos que a distribuição orgânica (leia-se gratuita) de mensagens de marcas seja reduzida gradativamente ao longo do tempo”.
Oficialmente, o argumento é de que é preciso melhorar a experiência dos usuários, evitando que avisos publicitários ocupem demasiadamente esses espaços. No nosso caso, há dois problemas nessa frase. O primeiro é que não estamos vendendo nada. Distribuímos conteúdo. O segundo é que não invadimos a página de ninguém, fomos convidados. Na verdade, o que está acontecendo é que algumas redes sociais, que serviriam para aproximar as pessoas, estão cada vez mais antissociais. O tempo que se gasta navegando é valioso e pode render um bom dinheiro para quem controla a ferramenta. É o que os americanos chamam de “pay-to-play”.
E esse play tem um comando claro e rigoroso. Ele é o dono da bola, das camisas, do campo e decide quem vai jogar. O problema dessa brincadeira é que não estamos falando de batatas, sapatos, torradeiras ou objetos de decoração. Falamos de informação, de conteúdo, que deveria circular livremente. Informação é poder e informação é também um dos pilares do regime democrático.
Mas essa é outra conversa. Hoje, esse texto é apenas para informar que decidimos brincar no play. Não gostaríamos de pagar para isso. Mas essa é a regra do jogo. Quem não sabe brincar não desce para o play, lembra? Não se assuste se vir algum link patrocinado com a marca do #Colabora no Facebook, no Google ou em outros lugares. Somos nós, usando o dinheiro que poderia ser aplicado em conteúdo para garantir que todos vejam o que estamos produzindo.
Essa jornada, no entanto, pode ser bem mais amena se você nos ajudar. Existem dois caminhos. O primeiro é partilhar o nosso conteúdo cada vez mais. Se gosta do que fazemos, partilhe, convide os amigos. O segundo, e muito importante, é pedir para receber o nosso boletim semanal. Não custa nada e é simples. Basta botar o seu nome e e-mail que nós passaremos a enviar semanalmente o que de mais relevante publicamos por aqui. Venha, vamos brincar juntos nesse play. Colabore.
Muito bacana a iniciativa!!!
Tenho adorado o que leio no Colabora. Parabéns a toda equipe, aliás das mais brilhantes que conheço.
Quero receber o Boletim Semanal e, sobretudo, ajudá-los nesse projeto, que reúne não só amigos muito queridos como o que há de melhor no jornalismo brasileiro.
Parabéns!!!!
Angela, obrigado pelo carinho de sempre. Vamos combinar a sua colaboração. Será uma honra.