O disputado endereço da inclusão

Crianças atendidas na Dona Meca. Foto: Divulgação

Obra Social Dona Meca

Por Claudia Silva Jacobs | Mapa das ONGs • Publicada em 23 de outubro de 2017 - 10:05 • Atualizada em 25 de outubro de 2017 - 17:36

Crianças atendidas na Dona Meca. Foto: Divulgação
Terapia através da arte, na Dona Meca: ONG é referência no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

Tudo começou nos fundos do Casa Espírita Eurípedes Barsanulfo, em 1992. O trabalho social foi se expandindo e deu frutos. Hoje, a Obra Social Dona Meca, na Taquara, em Jacarepaguá, atende a 273 crianças e jovens com deficiência e ainda possui duas casas de acolhimento – uma para pequenos em situação de negligência familiar, de 0 a 6 anos, a Casa Lar Balthazar, e outra para crianças e jovens com deficiência. Cada uma com capacidade para acolher até 20 menores, à espera de adoção. As atividades oferecidas vão desde sessões de fonoaudiologia, fisioterapia e reforço escolar a atividades esportivas, que se transformaram em um dos grandes destaques da organização. Os resultados são tão significativos que a ONG já vislumbra ter atletas em competições de deficientes.

[g1_quote author_name=”Raquel Peres de Souza” author_description=”Coodenadora de projetos esportivos” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]

Tudo é um ciclo. Terapias precisam incluir o colégio e a família. É na escola que se pode derrubar barreiras, combater o bullying… O processo precisa ser integrado, beneficiando a todos

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Com uma sede de mais de mil metros quadrados e outras duas casas de acolhimento, a Dona Meca é referência no atendimento de  portadores do espectro autista, meninos e meninas com paralisia cerebral e com problemas motores em geral, entre outros. Hoje, cerca de 100 estão na fila de espera para usufruir das diversas atividades oferecidas no espaço, como  sessões de fonoaudiologia, natação, hidroterapia, arteterapia, fisioterapia respiratória, musicoterapia, pedagogia, psicomotricidade, psicologia e terapia ocupacional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida e contribuir para a inclusão social de crianças e jovens com deficiência.

O primeiro torneio de bocha, em setembro de 2017: inclusão através do esporte. Foto: Divulgação

De acordo com Raquel Peres de Souza, coordenadora dos projetos esportivos, cerca de cem crianças estão praticando capoeira, dança, natação, atletismo e bocha. Outras 60 aguardam uma vaga para participar das atividades esportivas. Para estimular a garotada e mostrar como o esporte pode mudar suas vidas e a de suas famílias, a instituição já recebeu a visita de atletas paraolímpicos, de diferentes países.

A Dona Meca trabalha lado a lado com as escolas e as famílias dos pequenos atendidos na instituição. “Tudo é um ciclo. Terapias precisam incluir o colégio e a família. É na escola que se pode derrubar barreiras, combater o bullying… O processo precisa ser integrado, beneficiando a todos”, diz Raquel.

Atividades na piscina da ONG. Foto: Divulgação

Dentro da lógica de inclusão inversa, a instituição vai  receber crianças de escolas públicas e particulares para participar de um festival de natação, em suas instalações. A ideia é que elas, conhecendo o trabalho desenvolvido no espaço, entendam a importância da inclusão para as pessoas com deficiência.

Uma das grandes preocupações dos administradores da ONG é com o futuro de adolescentes com deficiência que estão chegado à idade limite de 18 anos e ainda não foram adotados. A organização começa a buscar uma forma de viabilizar a construção de mais uma casa, uma espécie de residência assistida, para os que atingirem a maioridade. Para isso, estão em busca de financiadores e incentivando o sistema de apadrinhamento. Os interessados podem fazer doações genericamente para o Programa a partir de R$ 30 ou escolher uma criança para apadrinhar, com doações mensais a partir de R$ 60..

Claudia Silva Jacobs

Carioca, formada em Jornalismo pela PUC- RJ. Trabalhou no Jornal dos Sports, na Última Hora e n'O Globo. Mudou-se para a Europa onde estudou Relacões Políticas e Internacionais no Ceris (Bruxelas) e Gerenciamento de Novas Mídias no Birkbeck College (Londres). Foi produtora do Serviço Brasileiro da BBC, em Londres, onde participou de diversas coberturas e ganhou o prêmio Ayrton Senna de reportagem de rádio com a série Trabalho Infantil no Brasil. Foi diretora de comunicação da Riotur por seis anos e agora é freelancer e editora do site CarnavaleSamba.Rio. Está em fase de conclusão do portal cidadaoautista.rio. E-mail: claudiasilvajacobs@gmail.com

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Um comentário em “O disputado endereço da inclusão

  1. Angela Freire da Rocha disse:

    Boa noite! Sou professora tenho um filho de seis anos e ele tem atraso global de desenvolvimento. Preciso de ajuda para ajudá-lo. Por favor me ajudem

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