Siria, da beleza ao caos

Imagens mostram o patrimônio da humanidade antes e depois da guerra

Por Laura Antunes | Fotogaleria • Publicada em 11 de fevereiro de 2016 - 08:47 • Atualizada em 11 de fevereiro de 2016 - 11:40

Mesquita de Aleppo antes do bombardeio
Mesquita destruída em Hama
Mesquita destruída em Hama

Conhecer países do Oriente Médio sempre foi para mim um daqueles desejos que a gente inclui na lista de resoluções para o ano seguinte. Cultura, costumes, arquitetura… Tudo me encantava. E comecei minhas viagens por essa região do planeta no início dos anos 2000. A Síria, claro, estava no meu top 5. Cercado de vizinhos que viviam se estranhando, o país era totalmente aberto ao turismo e transparecia relativa tranquilidade, apesar da população estar submetida, há décadas, a um regime autoritário.

E lá fui eu para a Síria, em novembro de 2010, ansiosa para, enfim, conhecer o espetacular sítio arqueológico de Palmira, as belas ruínas da cidade de Bosha, os famosos moinhos de água do lugarejo de Hama e, claro, a capital Damasco. Apenas para a cidade de Aleppo, a segunda maior da Síria, reservei uma semana para ter tempo de conhecer com tranquilidade os principais pontos turísticos: a imponente cidadela, a bela mesquita (a mais importante do país) e o gigantesco souk (o maior e mais famoso da Síria) com suas centenas de lojas, por onde bati perna quase diariamente.

A viagem foi perfeita. O que eu não sabia é que, três meses depois, o país mergulharia num ciclo de manifestações e confrontos que evoluiu para esta longa guerra, que já matou milhares de pessoas e culminou com o avanço dos militantes do Estado Islâmico. Tive o privilégio de conhecer esse inestimável acervo histórico ‑ quase todo ele recebeu da Unesco status de Patrimônio da Humanidade – que, segundo relatos e fotos, foi arruinado, como, por exemplo, o souk e a mesquita de Allepo, assim como Palmira. A seguir, imagens de algumas das atrações da Síria, em tempos de paz e de guerra. As dos tempos de paz foram feitas por mim, as da guerra são da Agência France Presse.

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Laura Antunes

Depois de duas décadas dedicadas à cobertura da vida cotidiana do Rio de Janeiro, a jornalista Laura Antunes não esconde sua preferência pelos temas de comportamento e mobilidade urbana. Ela circula pela cidade sempre com o olhar atento em busca de curiosidades, novas tendências e personagens interessantes. Laura é formada pela UFRJ.

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2 comentários “Siria, da beleza ao caos

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