Todos sabemos que, com o avanço da tecnologia, há também o surgimento de maneiras simplificadas de realizar desde as tarefas mundanas do dia a dia (como o robô que é aspirador de pó) até as mais complexas e necessárias técnicas laboratoriais na ciência, por exemplo.
E por que não na academia como um todo? Visando a auxiliar na produção de artigos científicos e na linguagem da ciência? A área acadêmica sempre enfrentou o empecilho de padronizar a sua forma de se comunicar pelo fato de diferentes regiões possuírem diferentes dialetos e características linguísticas próprias. Isso nos primórdios da ciência moderna.
Uma maneira de solucionar esse problema foi exatamente o estabelecimento de regras e padrões de normatização linguística na academia. No Brasil, a entidade responsável por tal padronização é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). E como dito, com o avanço da tecnologia, não é de muita surpresa o surgimento de ferramentas que busquem facilitar não só essa padronização, mas a comunicação acadêmica como um todo. E como comunicação, digo também que hoje há como se procurar um projeto de TCC pronto, por exemplo no Google Scholar, coisa que definitivamente não seria possível nos séculos passados.
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Veja o que já enviamosAfinal, sabe-se que célebres cientistas se comunicavam por cartas, o que, convenhamos, consumia um tempo considerável de possível comunicação e contribuição mútua para pesquisas. Mas, as ferramentas disponíveis hoje se tornaram uma simples muleta? Essa é a grande questão que iremos explorar hoje.
Grau de dificuldade no uso de programas e sites
O primeiro ponto a se tocar nesse assunto é: o grau de acessibilidade e facilidade de uso em relação às tecnologias disponíveis.
Obter domínio em relação a plataformas digitais no meio acadêmico ou tecnologias recentes disponíveis não é uma tarefa fácil. Isso inclui seu próprio tempo de aprendizado e dedicação, ou seja, existe um esforço e um trajeto de aprendizado a ser percorrido para dominar algo que veio auxiliar.
Um grande exemplo disso é o programa R, voltado para aplicações estatísticas em diversas áreas e finalidades.
Aprender a interface, os comandos e scripts responsáveis pela execução do programa pode ser de imensa complexidade para alguns, apesar de seu propósito de facilitar a execução de cálculos estatísticos e aritméticos. Logo, um operador não terá capacidade de executar o programa se não possuir conhecimento em relação a ele e, também, se o não tiver claro discernimento sobre os dados a serem inseridos no programa.
Portanto, vemos que para a utilização plena de um programa desse calibre existe um processo de aprendizado e domínio de dados que pode exigir tempo. Como algo que consome tempo, requer dedicação, atenção e domínio pode ser chamado simplesmente de “muleta”?
Plataformas de busca e consulta de artigos
Obviamente, buscar artigos, teses, monografias ou formatar seus artigos utilizando programas ou a internet não é algo tão complexo quanto utilizar um programa voltado para a realização de cálculos estatísticos e geração de dados.
No entanto, para pessoas mais leigas no mundo virtual, isso também pode ser um desafio. Logo, iremos comentar brevemente sobre algumas plataformas, sites e dar algumas dicas de como fazer boas pesquisas.
Existem diversos sites e revistas em formato digital que disponibilizam pesquisas, artigos e que noticiam novas descobertas em inúmeras áreas e também diversas plataformas para a geração e formatação de artigos científicos:
Plataforma: | Endereço: | Finalidade: |
Google Scholar | scholar.google.com | Consulta e Busca |
SciHub | sci-hub.do | Consulta e Busca |
Nature | www.nature.com | Revista Científica |
Science | www.sciencemag.org | Revista Científica |
Journal Of Immunology | www.jimmunol.org | Revista Científica |
Contudo, o enfoque deste texto está no Scholar Google e no SciHub. Ambos são sites especializados em buscas de conteúdo acadêmico referenciado. O Scholar funciona de forma similar ao Google, pode se realizar uma busca sobre determinado assunto, e os resultados serão artigos acadêmicos sobre este assunto de diversos sites, podendo ser pagos ou gratuitos para acesso e consulta.
Já o SciHub é uma plataforma que disponibiliza artigos de inúmeras áreas produzidos ao redor do mundo. Foi idealizado por uma russa e a ideia principal, que até se tornou uma frase que acompanha o site, é ‘’removendo barreiras na ciência’’.
Muitos estudantes e pesquisadores consultam o SciHub, que atualmente conta com mais de 85 milhões de artigos contidos em sua biblioteca. A forma de utilização do site é bem simples e intuitiva, oferecendo uma barra de pesquisa onde você pode inserir o endereço de algum site em específico que possua um artigo bloqueado.
O que o SciHub fará então é abrir o artigo na íntegra para você poder realizar suas consultas diretamente na versão original da publicação.
Consulta para formatação de artigo e geradores de referências
Além da consulta direta a artigos, algo que a tecnologia também trouxe foi o surgimento de softwares e plataformas que geram e formatam o artigo desejado de maneira automática, de acordo com a inserção de dados:
- Scholar Google
- MORE
- Mettzer
- Portal IFRN
- Menthor
A primeira grande dica de formatação de artigos está presente no próprio Scholar Google, as aspas logo abaixo dos resultados da pesquisa em questão. Como dito, os resultados mostrados no Scholar são de artigos acadêmicos e cada um deles possui essas aspas abaixo de si.
Basta um clique nelas que se abrirá uma janela mostrando como referenciar o artigo em diversos formatos e normas da ABNT. Bem simples, não?
Outro site extremamente intuitivo e simples de se utilizar é o MORE da Universidade Federal de Santa Catarina. O Mecanismo Online para Referências é utilizado em larga escala e possui inúmeras funcionalidades, como a busca por normas específicas para monografia, periódicos, artigos, revistas científicas e vários outros formatos.
Além disso, no MORE existe uma guia específica para criar referências, ou seja, é só inserir os dados e o próprio site gera ela pra você! Já, dentro do Portal IFRN, existe um link que irá te direcionar diretamente para a página do MORE, facilitando o acesso a essa plataforma através do ingresso por mais de um site.
Já o Menthor e o Mettzer são sites que requerem um login e um cadastro prévio para acessar seus serviços. No entanto, são plataformas superintuitivas e profissionais que possuem uma interface bem simples de ser utilizada.
Potencializar produção em massa
O cerne deste texto é levantar o ponto de que existe, sim, um fator de grande complexidade para se utilizar as mais variadas ferramentas e tecnologias em seu favor. No entanto, existem algumas plataformas simples e intuitivas para se buscar artigos e consultar regras para referências bibliográficas.
Logo, todo auxílio que possa potencializar a produção em massa de artigos científicos é extremamente bem-vindo!